A mitomania Alegre
quarta-feira, janeiro 25, 2006
A tonteria que envolveu a campanha de Manuel Alegre pretende prolongar-se. "O poder dos cidadãos", uma coisa que Alegre parece ter descoberto nesta fase tardia da sua vida política, depois de ter estado mais de trinta anos em actividades exclusivamente partidárias, comove alguns dos seus mais afoitos apoiantes. Era bom que alguém explicasse a essas almas duas ou três coisas. Em democracias da natureza da nossa, e embora a representatividade política não se deva esgotar nos partidos, é fundamentalmente com eles que a coisa funciona. Até o general Eanes, que era alérgico, acabou por fundar um. Ou seja, as criaturas que berram que "ninguém pára Alegre", ou querem um PS "novo", ou querem outra coisa parecida e nada filantrópica. Depois, fazia-lhes igualmente bem perceberem que os votos de domingo se esgotaram naquela eleição. Quer os do candidato vencedor - que realçou claramente este aspecto -, quer os dos outros todos, mesmo os tribunícios que apareceram apenas para contar os deles. O ter ficado à frente ou atrás só interessa para efeitos domésticos, logo, de partido, a tal entidade de que os apoiantes de Alegre querem aparentemente fugir. A mitomania Alegre terminará oportunamente como começou. É só dar tempo ao tempo.
Publicado por João Gonçalves 18:47:00
1 Comment:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O amigo está ver bem?
Olhe que isto é um sinal claro que os partidos estão cada vez mais isolados da sociedade.