intermezzo

Este ainda leva

O responsável do DIAP de Coimbra pôs a boca no trombone e disse umas tantas verdades: que a maior corrupção estava na adjudicação de obras públicas, uma fonte de rendimento para muitos empresários e, claro, para os partidos políticos, os tais pilares da democracia. Que, como se sabe, também são os pilares da corrupção. Querem ver que o homem vai á vida, que começam a pedir a sua demissão, que ainda o acusam de ulguma malfeitoria? Neste sítio é assim, como diz Coelho: quem dá leva a matar. Que o digam os seis jovens do processo Casa Pia que ainda vão parar a tribunal por difamarem o senhor Paulo Pedroso. Isto sim é a justiça que eles, os corruptos e os seus imensos amigos, na política, nos negócios, na comunicação social e na magistratura sempre quiseram. Aí a têm.

A Palmadinha de Barcelos


Grande espectáculo, grande espalhafato. Um fulano, a quem Soares chamou 'atrasado mental', disse que o candidato era vigarista, berrou-lhe uns insultos e a comitiva, tão inocentes, coitados, fez tudo para que o homem tivesse o ex-Presidente à mão de semear. E assim foi. A coisa ficou por uma palmada no braço. E pronto, estava montado o número. A comunicação social berrou, gritou, indignou-se, fez um barulho dos diabos. Ouviu amigos, adversários e até Sampaio botou palavra. Pois é. As coisas estão difíceis e o sonho da Marinha Grande passa pela cabecinha de muito socialista desesperado. Mas nunca ouviram falar das tragédias e das farsas. E, já agora, ouviram Marcelo lembrar o atentado forjado pelo mon ami Mitterrand? Vá lá. O jogo está tão sujo que até cheira à distância. E os senhores jornalistas, que nunca conseguiram falar com o agressor da Marinha Grande, vão saber quem é o homem? Em que partido vota, onde vive, se é casado ou solteiro, funcionário partidário ou do Estado? Vá lá, o povo está doido por saber quem é o personagem.

António Ribeiro Ferreira, no Estado do Sítio

Publicado por Manuel 20:40:00  

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