O socialismo ainda é o que era

Soares defende reabertura de troço não rentável da linha do Douro. Os utentes da congestionada e insegura Linha de Sintra da CP que o paguem.

Publicado por Nino 21:17:00  

15 Comments:

  1. av said...
    Foi realmente uma pena acabar com alinha de comboio masi bela, mais panoramica do país, nao se conseguindo cativar o turismo para tornar a linha rentável.

    Existem muitas linhas ferroviarias no mundo apenas turisticas. Essa era certamente uma que devia ser patrimonio.
    zazie said...
    rentáveis não são nenhumas: os transportes públicos não rendem. Mas era uma excelente ideia que se salcaguardassem as boas e belas coisas que ainda vamos tendo. Que abra! e seja exlorada por particulares ou que se pague bilhete turístico, tanto faz.

    Também já me começa a chatear esta mania de se macaquear o novo-riquismo americano...
    zazie said...
    e se isto se chama socialismo ou apenas luxo e bom-gosto estou-me marimbado.
    zazie said...
    o contrário- deixar perder uma paisagem destas pelo meio de transporte mais agradavel que existe é que é só pode ser defendido em nome da bimbalhice
    Nino said...
    Se for economicamente viável, não tenho dúvida que a CP, ou outra empresa, retomará um dia a linha.

    Injusto seria cobrar aos utentes pobres das linhas saturadas de Lisboa e do Porto o dinheiro adicional requerido na manutenção uma linha de que desfrutariam apenas os mais ricos e ociosos. Se estes reclamam a reactivação, que se juntem e a paguem.
    av said...
    está enganado. Lembro-me inclusive que o comboio chegava a uma certa altura era tao rapido, tao rapido que as crianças se divertiam saltando do comboio e andando a passo para apanhar a carruagem da frente. :)

    Uma festa!
    zazie said...
    « Se estes reclamam a reactivação, que se juntem e a paguem.»

    cá temos mais uma versaõ da comuna livre maoista à João Miranda...

    que treta, toda a gente sabe que as pessoas não se juntam pra nada e muito menos para coisas de tal modo técnicas que só uma empresa as pode resolver.
    Não sei é qual é o problema de reactivar uma linha que até faz falta para além de ser lindíssima. Imagino que o Ninno só conheça esses locais de automóvel mas eu conheço-os de transporte público, como aliás conheço o resto do país e garanto-lhe que até para os locais seria óptimo- em troca têm aquelas camionetas poluentas com que se decidiu inundar o país em mais um gosto imbecil. Devemos ser o país da europa em que menos se utiliza o comboio.
    Agora que façam circuitos turísticos com outros preços também não vejo qual o impedimento.
    Nem encontro lógica alguma no post do Ninno.
    zazie said...
    economicamente viável é uma treta de uma frase porque, como já dissem os transportes públicos não dão lucro.
    Por isso a única coisa inteligente era colocar na balança um lugar lindíssimo, assim desbaratado e defender que continue a sê-lo em nome do "socialismo da linha de Sintra", ou reactivar uma das coisas mais belas que temos.
    Não há terceira via- a comuna livre nem com o camarada Mao resultou
    zazie said...
    o chuta para o teto fez auto-golo, por certo. Se há coisa em que não me passam a perna é em conhecer Portugal continental e ilhas todo feio de mochila às costas e transportes públicos, meus caros... e se quisermos sair daqui e ir para outros lados também duvido que me ultrapassem ";O)
    Jose Silva said...
    Novamente lisboetas a falarem do que não sabem ! Enfim...

    1. Os espanhois estão a recuperar a linha Barca d'Alva - La Fregeneda para fins turísticos;

    2. É mais barato reconverter a linha do Douro para a ligação em CVE Norte-Salamanca-Madrid do que criar a linha Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca-Madrid.
    zazie said...
    por mim... que recuperem espanhois ou tugas não me incomoda, desde que recuperem. Até era uma boa ideia essa ligação a Salamanca que por agora só existem umas camiontes para emigrantes com um horário perfeitamente louco.
    contra-baixo said...
    Além do mais um linha do Douro moderna com a ligação restabelecida até Barca de Alva, mais a ligação a Miranda do Douro a partir do Pocinho, seria um importante contributo para o desenvolvimento económico de toda a região. Para além de não interferir com a beleza da paisagem.
    zazie said...
    eu também penso assim mas hoje em dia para se estar in tem de se falar sempre em cifrões e na pimbalhice dos impostos ehehehe
    ou então argumentar-se com a comuna livre que deve ela mesmo reactivar a linha com as suas próprias mãos ":O))))
    António Viriato said...
    Pior do que ter defendido a reactivação da linha de comboio, que até se pode aceitar, em certas circunstãncias, foi Mário Soares ter repetido as velhas baboseiras sobre as gravuras que ali representavam um bem inestimável para a Humanidade, mas na zona do Alqueva já seriam pacificamente submergíveis por mais 100 anos, etc., e tal, com as inanidades do costume. Em Foz Cõa, a demagogia pseudo-cultural da família bem-pensante portuguesa, largamente esquerdizante, conseguiu paralizar uma obra de interesse múltiplo para Portugal, como reserva de água, como elemento regulador de caudais no Douro e como fonte não poluente de energia eléctrica. Num país que importa praticamente tudo, incluindo fontes de energia primária - petróleo, carvão e gás natural ; que não possui centrais nucleares, nem solares; que só conta com uma diminuta produção de energia eléctrica de origem eólica e, não obstante, ainda se permite desperdiçar os poucos recursos energéticos de origem hídrica de que dispõe, tal atitude representa uma leviandade criminosa, que as gerações vindouras hão-de julgar, se as actuais não forem capazes de corrigir o clamoroso erro estratégico praticado pelo pusilãnime Guterres, comprometendo seriamente o desenvolvimento autónomo do País, de resto, agravado com o atraso ou desleixo com o projecto do Baixo Sabor, há dez anos parado, pela mesma inépcia, incompetência e demagogia juntas. Ai Portugal, que futuro, deveria agora repetir o reincidente candidato Soares !
    contra-baixo said...
    E já que estamos a falar de momentos cósmicos a subir o Douro, acescento aquele em que o comboio atravessa o rio, sem se dar conta, e a vista para o rio passa a ser a partir da janela do lado esquerdo da carruagem.

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