o Costa dos murmúrios...
quinta-feira, novembro 03, 2005
Publicado por Manuel 21:29:00
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Publicado por Manuel 21:29:00
Todos os Homens honestos mataram César. A alguns faltou arte, a outros coragem e a outros oportunidade mas a nenhum faltou a vontade
Marcus Tullius Cicero, Philippicae
Henrique Medina Carreira
José
Mangadalpaca
Nicodemos
André
jg -João Gonçalves
Viúva Negra
Visconti
Il Assessore
Irreflexões
Contra-Baixo
I San
K. Zagalo - M.I. secretário do Conde de Abranhos
E as palavras da capa: se ele recebeu a dobrar , é porque tinha razao, né? e se tinha razao quem o demitiu estava errado, né?
e se calhar o estudo encomendado nao foi para o compensar de nada, né?
e entao.. qual é o problema?
este jornalismo, vai de mal a pior
Se há razão para investigação, espero ao menos que quem colocou o texto tenha contactado a Judiciária, nem que seja por email. Ou alternativamente enviado os dados para um jornalista competente que investigue de forma profissional e publique, devidamente assinadas, as suas conclusões.
Opinião anónima a mim não incomoda e até me parece útil em muitas circunstâncias. Mas já me incomodam denúncias anónimas, na blogosfera, que visam pessoas concretas.
Já agora, devo esclarecer que pessoalmente não tenho qualquer informação ou opinião sobre este caso. Não faço ideia se houve ou não alguma acção pouco recomendável.
lição sobre como lidar com o ministro Alberto Costa.
Não deixando de defender o bom nome da advocacia – aliás, na justa medida em que a defesa se impunha, concedendo que existem deficiências que todos conhecemos... – evitou o embate estéril com a demagogia ministerial, optando por confrontar o ministro com as suas responsabilidades de reformador do actual regime do apoio judiciário, diagnosticando os principais problemas e avançando algumas sugestões.
Em lugar de “marrar no capote” que o ministro abanou (para usar uma expressão já aqui glosada...) - provavelmente na expectativa de mais uma reacção “corporativa” que lhe desse azo a armar em paladino do combate a “privilégios” em lugar de governar, tarefa reconhecidamente mais difícil e maçadora - o Bastonário encostou S. Exa. às tábuas, advogando, na óptica do cidadão, as reformas que se impõem em matéria de acesso ao Direito e aos Tribunais.
Desta vez, tiro o chapéu ao Senhor Bastonário.
Os Exms. dirigentes sindicais das magistraturas talvez possam encontrar aqui substância para uma proveitosa reflexão.
Não sei quem colocou o comentário anónimo que ontem li e agora aparece apagado. Não sei também quem apagou, nem isso interessa agora.
Mas interessa dizer o seguinte:
Nós sabemos quem V. é porque tem vários blogs assinalados com o nome por baixo.Até o conheço de um encontro no Porto, a propósito do Blasfémias. Assim, não me considero um anónimo, sem mais e por isso posso dizer-lhe o seguinte:
Assume o nome naquilo que escreve. Muito bem. Foi opção sua e pelos vistos embirra com anónimos.
Eu também, sempre que despejam insultos gratuitos ou invadem a caixa de comentários a colocar propaganda acéfala.
No caso concreto, o comentário mencionava questões concretas de quem sabe do que está a falar.
Não insinuava mais do que aquilo que os factos diziam por si mesmos.
As dúvidas que se levantam tem a ver com a transparência do funcionamento das instituições que é um valor a preservar e cultivar, parece-me. Por todos: os conhecidos e os anónimos e anódinos.
Sugere que o comentador faça uma denúncia à PJ?! Para quê, se a responsabilidade não for abertamente criminal?! Para fazer um Inquérito que pode ser arquivado liminarmente?!
Ha responsabilidades que não são criminais mas nem por isso devem passar ao lado de quem pode e deve escrutinar, neste caso "o público".
Então poderíamos perguntar qual o motivo da indignação do comentador anónimo. E aí, surgem várias perplexidades que foram muito bem colocadas, sem ofender seja quem for, no comentário em causa, mesmo que as perguntas sejam muito incómodas para responsáveis pelo ministério da Justiça.
Sugere que o comentador envie os dados a "um jornalista competente" e "investigue de forma profissional e publique, devidamente assinadas, as suas conclusões."
V. sabe muito bem como se faz algum jornalismo em Portugal, com fontes anónimas que os jornalistas ouvem e não revelam.E sabe que há censura e escolha de notícias nos media. Acha que algum jornalistas do DN ia pegar neste assunto, por exemplo?
Acha que nas tv´s teria alguma hipótese?
Quem são os jornalistas de investigação que temos?! Um? Dois?!
Aqui temos uma exposição que não chega a ser uma denúncia.
Mas é um alerta para o que se passa no ministério e parece-me que se as perguntas fossem respondidas por quemd e direito, acabava mesmo aqui a questão.
Então, porque pretende censurar o comentador?
Por ser anónimo?
Porque as perguntas não lhe aprecemra pertinentes?
Porque não gosta de "denúncias anónimas" mesmo que elas o não sejam?
Porque não gosta de ver nomes de pessoas que exercem cargos públicos, cujo exercício desses cargos sejam questionado abertamente, mesmo de foram anónima?
Então prefere que se espalhem boatos em mesas de café ou na rua?!
Prefere que as questões concretas que foram levantadas sejam pura e simplesmente atiradas ao lixo só porque são anónima?!
V. deveria saber muito bem que quem está nos serviços públicos e conhece a realidade dos factos, merece credibilidade desde que aquilo que disser tenha também credibilidade suficiente.
Será esse o caso?
Só analisando. Quem não deve não deve temer e os factos relatados no comentário pareciam-me suficientemente interessantes para serem colocadas as questões que me lembro de ler.E compreendo que quem os escreveu não o fez por má fé mas por indignação. E que não terá escrito o nome porque pode haver pessoas que podem retaliar por isso mesmo e não duvido que o fazem.
Neste blog como noutros, não se fazem julgamentos a não ser em forma de opinião que vale o que vale.
Mas quando se levantam questões concretas e precisas, mesmo com suspeitas de que algo não correu bem na administração pública, deve entender-se que essas questões não são logo e à partida ignominiosas.
E se o forem, podem e devem ter resposta.
Aqui, na caixa de comentários ou em postal aberto.
Assim, o que V. defende é a omertá.
Um sistema fechado de silêncios e cumplicidades que passam pelo medo.
E isso, parafraseando o ministro da Justiça, não está bem.
Acha bem?!
Sei que poderá argumentar com os argumentos politicamente correctos. Poupe-me.
Se entender, aduza outros que se forem atendíveis e quiser dar-se ao trabalho, atenderei.
Obrigado.
Tanta coisa que eu pelos vistos defendo sem nunca me ter apercebido disso… ;-)
1) Eu não tenho nada contra anónimos. Foi isso aliás que eu escrevi aqui. O que acho é que há coisas que não se devem dizer anonimamente. Nesse aspecto, uma referência para mim é o Arq. Pulido Valente. Quando ele fala em casos concretos, diz sempre nomes, datas, referências. E assina por baixo. Veja-se isto ainda ontem.
2) Esse argumento do medo, das represálias, comigo não colhe. Quem quer ajudar a endireitar o mundo não pode recorrer aos métodos tortos… Senão é mais do mesmo. Claro que pode haver consequências desagradáveis. E depois? Nem sempre a vida é fácil. Mais: as consequências só seriam provavelmente graves precisamente para quem gere a sua vida baseado em favores, cumplicidades, conveniências. Quem faz as coisas abertamente e com transparências tem menos a recear quanto a represálias. Em qualquer caso custa, pois custa. Paciência, não há outro remédio.
3) Aquilo que aqui estava relatado tem aspectos do foro criminal. As supostas negociatas de bastidores que eram denunciadas seriam no mínimo tráfico de influências, recurso abusivo a adjudicações directas, conflitos de interesses dissimulados com dolo, etc. Não sou especialista mas muito me admirava que, se fosse verdade o que foi escrito e havendo investigação policial séria, ninguém fosse condenado…
4) Eu não sei se é verdade ou não o que aqui estava publicado. Mas se for mentira (ou apenas ignorância negligente, por exemplo), a quem é que os visados pedem contas pela difamação?
5) Portugal não melhora com meias medidas, meias acções, meias palavras. Se está mal denuncia-se, assina-se, age-se. Abertamente, responsabilizando-nos pelo que dizemos e fazemos.
--
http://taf.net/opiniao/
http://porto.taf.net/
A maior parte das coisas que se dizem e que incomodam poderes instituidos, dizem-se anonimamente.
Arranjou-se foi uma maneira enviesada de fazer passar a mensagem: falam-se aos jornalistas que podem ouvir e estes é que fazem a triagem.
Como é que se faz esssa triagem?
Nas redacções, em conversas, em especulações.
O mundo português é pequenino. Nas TV´s e nos jornais, quem manda realmente é conhecido e conhece, por seu turno, outra gente.
É indesmentível como facto, a promiscuidade entre o mundo jornalístico e o da política com vocação governamental.
Para sustentar a minha afirmação, aponto virtualmente, todos os nomes que foram nomeados assessores de imprensa e a quem foram entregues cargos bem remunerados e seguros, nas áreas de governo.
Poderia começar por onde? E quando?
Só um caso: Carneiro Jacinto. Lembro-me bem dele, na SIC a animar debates sobre coisas importantes, como hoje faz a Fátima Campos Ferreira ( que lê blogs...). Onde pára o nosso SICman?
E quantos assessores estão actualmente em cargos de poder relativo ( o acesso a informação, por exemplo e que nem podem usar..., no governo, só para...para quê, afinal?!
Lembro outro caso: Pedro Guerra, o intérprido repórter do Indy de outros tempos.
O homem que fez cair o Carmo e a Trindade de certos poderes fácticos caídos em desgraça.
Onde está o nosso Indyman?!
Por falar no Indy: foi este jornal quem espoletou quase todos os casos mediaticamente importantes nos últimos 17 anos em Portugal!
COmo começaram todos esses casos: o fax de Melancia; o do Ministério da Saúde; o da Partex; o caso Beleza; o da Moderna. etc etc, numa miríade de casos e casinhos que originaram denúncias organizadas em processos crime que em alguns casos deram resultados e noutros, por deficiências graves do nosso sistema processual e jurídico penal, deram em águas de bacalhau.
Pelo seu critério, de silenciamento de denúncias anónimas, estaríamos melhor ou pior como democracia?!
Mais: O Independente apanhou com processos crime. Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso que o digam!
Justa ou injustamente?
Ora bem: alguns processos crime forma instaurados por ofendidos, sabendo que abusavam do seu direito, mas ainda assim, como podeiam e sabima que isso produziria o efeito de gerador de medos, avançavam.
Quem trabalha como funcionário público modesto e honrado e que vê todos os dias desmandos e roubos, para além de peculatos e corrupções, o que deve fazer?!
Calar ou falar?
Dir-me-á: Falar, pois claro!
Pois...poderá sempre fazer como aquele porteiro do hospital de Faro que em tempos pediu a identificação a um primeiro minsitro, por não perceber instintivamente o senso comum...e corrente. Nesse caso, lixa-se bem lixado, caro TAF! Não tenha qualquer dúvida.
E assim, que fazer?!
Se defendermos aquilo que defende e que é o peito aberto às balas dos superiores hierárquicos ou de quem manda, numa corajosa atitude própria de um engenhoso Fidalgo, então tenho que lhe dizer que quem é mesmo ingénuo será V.
E note que há uma distância entre o ataque cobarde e difamatório que pode logo ser desmontado- basta a reacção imediata do visado- e a denúncia de boa fé.
Para quem é intrinseca e estruturalmente corrupto - e não falo apenas no aspecto criminalizável- as denúncias anónimas representam o diabo em pessoa.
COmo se sabe, este personagem nada mitológico, tapa com uma mão e...decobre com a outra.
Deixemos por isso andar e não nos preocupemos muito com o anonimato das denúncias.
Pela minha parte, até já tive uma experiência em directo, aquio nos blogs, daquilo que pode representar uma difamação. É soez; baixa; de nível rasca.
Mas tem uma vantagem: pode sempre responder-se-lhe e rebater a mesma.
E apontar factos e nomes que nunca poderemos fazer se o boato se espalha por sítios anónimos.
Desses é que eu tenho medo, caro TAF!
Tenho mais medo dos sítios anónimos do que dos denunciantes anónimos de praça pública.
Grande repórter da fonte anónima!
A "maneira enviesada" funciona. Um jornalista tem capacidade e poder para investigar mais do que o "pobre cidadão indefeso" que o josé quer proteger. E ao investigar faz de facto a triagem, por um lado, e assume a responsabilidade do que escreve, por outro.
Quanto ao "funcionário público modesto e honrado", esse é de longe o que mais protegido está no sistema! Ninguém o consegue despedir, mesmo tantas vezes quando há evidente justa causa! O processo é tão imbricado que os superiores hierárquicos acabam normalmente por desistir. Se me falasse do funcionário com um contrato precário numa empresa privada qualquer...
Vamos pôr as coisas no seu lugar: os perigos e represálias de que se fala nestes casos "normais" são pequenos em termos absolutos. Não se espera que haja perigo de morte, ou sequer risco de despedimento. Estaremos a falar de chatices adicionais para obter uma promoção, em dificuldades de acesso ao cargo com que se contava, da probabilidade de ter de ir testemunhar a tribunal, da perda de um contrato que normalmente seria ganho com lealdade, de atritos com colegas, etc. É chato, mas aguenta-se.
O que as pessoas queriam é resolver os problemas sem custo nenhum. Não é possível. Os fins legítimos não justificam os meios menos próprios.
responda-me ( se assim entender por bem) só a uma questão:
Acha que qualquer denúncia anónima recebida pela polícia ou pelo MP ( entidades que têm o dever estrito de investigar crimes) deve ser arquivada liminarmente, sem investigação por ser anónima?
A resposta é: pelo contrário, quando a denúncia pretende ser anónima deve ser feita precisamente à Polícia ou ao MP, e nunca colocada publicamente num blog ou noutro lado qq.
Para ser pública, envolvendo pessoas concretas, não deve ser anónima. Mas a Polícia e o MP devem investigar TODAs as informações que recebem, tenham elas a proveniência que tiverem. Desse ponto de vista ser anónimo poderá apenas afectar a respectiva credibilidade e/ou dificultar a obtenção de prova, mas de modo nenhum é impeditivo de uma investigação.
Já percebi claramente sobre o aspecto em questão. Mas olhe que há quem defenda o contrário com o mesmo naipe de razões que apontou, ou seja, o lado ignominioso da coisa.
Agora quanto aos jornalistas. Aí, não estou de acordo.
Pelo seguinte:
Se um jornalista qualquer recebe uma exposição dessas, pode fazer o que faz o SIS: guardar e coligir elementos. Mas nada. E depois?
Depois fica com informação anónima que até pode ser verdadeira mas sem qualquer controlo de espécie alguma. Nem precisa de ter, pois o que esperamos de um jornalista é que seja bom profissional e nos dê notícia do que se passa. E tudo o que se passa, às vezes não passa...nem da TSF nem nas Tv´s nem sequer nos jornais. Mas a informação lá fica, a circular nas redacções sob a forma de boato.
Estou em crer que é assim que muita coisa se vai espalhando por aí.
Num blog, torna-se instantaneamente público.
Quem não deve não deve temer até porque pode sempre defender-se publicamente se for o caso.
E os casos que são relatados em blogs têm quase todos a ver com interesses públicos e notórios.
Por isso, não adianta argumentar com privacidades e direitos congéneres.
Que me diz a isto?
Os rumores que eventualmente vivam apenas dentro das redacções não merecem qualquer credibilidade e por isso são, desse ponto de vista, relativamente inócuos. Não acredito que TODOS os jornalistas sejam alforrecas, e portanto se houvesse alguma base de verdade mais tarde ou mais cedo as coisas saltavam para o domínio público, devidamente investigadas.
Quanto ao denunciante anónimo, nada o obriga a desistir se ele vir que o jornalista a quem forneceu a informação não actua. Há mais jornalistas, há a polícia, há o MP e, em último caso, pode sempre arranjar coragem para vir a público ele próprio. Ainda não estamos propriamente na Coreia do Norte ou no Far-west... ;-)
Se as pessoas não são capazes de ter atitudes mais frontais também não merecem um país melhor.
A partir daqui, só saltando o muro.
Haverá muro, ou é apenas uma ilusão?
Vou pensar.
BOm fim de semana.
Bom fim de semana! :-)
Acho que já está a saltar o muro...
Eu comecei por dizer que o anonimato é aceitável para algumas coisas mas que não é para outras. Mas, apesar de não ser o meu caso quanto a este assunto porque não vejo aqui argumentos mais fortes que os meus, também nada tenho contra evoluções do pensamento, pelo contrário.
Onde acaba o aceitável e começa o inaceitável?
Quem o define?
Não vale a pena repetir o que ficou escrito.
Só menciono um aspecto que pode parecer nada ter a ver( mas o postal até é sobre isso), mas revela a subjectividade de certos assuntos para a comunicação social:
Os recentes desenvolvmentos acerca das deambulações do ministro Alberto Costa, em Macau, e as vergonhosas ocorrências que lhe estão associadas ( e documentadas) foram publicamente referidas já em Março deste ano pelo jornalista Joaquim Vieira na GR. COmo hoje lá vem referido.
"Ninguém" ligou.
Agora, o Independente repete a dose.
E a entrevista da semana passada fez mossa. Ai fez, fez.
Assim, que critérios tem o jornalismo? A oportunidade do momento político? o "feeling"?
A manipulação da opinião?
A instrumentalização da opinião com fins políticos?
A junção da fome (de alguns políticos) com a vontade de comer ( de vender jornais)?
Who knows?
Repito o que disse: o anonimato é a principal fonte de notícias.
E o jornalista apenas o medianeiro.
Nada muda se este for responsabilizado.
E nos blogs, a responsabilidade pode ser imediata. Basta que haja caixa de comentários. Ou que outrém publique um outro blog ( que se faz em 10 minutos) e desminta o que se diz num outro.
O anonimato nos blogs é secundário a estes problemas.
Quer melhor forma de controlo?!
Um deles (aquele a que eu me referia) é quando de facto não se sabe quem é o autor de uma determinada afirmação e este se recusa a divulgar a sua identidade, nem sequer à polícia.
O outro é quando não é possível saber o autor mas, se confrontado com uma queixa na Judiciária, por exemplo, ele se apresenta para responder pelas suas responsabilidades. Este é um caso bem diferente do primeiro e, neste contexto, nem sequer é "anónimo" no sentido que eu tinha em mente.
Quanto à questão da fronteira entre o que é aceitável anonimamente e o que não é, não sei se seria capaz de defini-la com exactidão. O que sei é que aquilo que eu estou a escrever poderia perfeitamente ser anónimo, e que acusações de comportamentos criminosos a pessoas concretas não o deveriam ser.
Não há melhor forma de controlo do que uma queixa directa aos órgãos competentes. ;-)
E, se esses órgãos não actuarem, uma queixa contra esses órgãos.
Veja-se o exemplo de Pulido Valente no Porto: denuncia-se um caso à Câmara. Se a Câmara não actua, é ela que é posta em tribunal. Se o tribunal inventa argumentos como "PDMs retroactivos", denuncia-se isso na imprensa... E por aí fora.
Obrigado por reconsiderar e colocar outra vez as perguntas que podem e devem ser feitas.
Agora pergunto eu:
Caro TAF: onde é que vê, neste texto, algo que não possa nem deva ser publicado anonimamente?
Eram os nomes iniciais que lhe dava o efeito perverso? Mas os nomes...são nomes. E o que interessa são os factos.
Algum jornalista vai pegar num assunto destes?!
1) Não sou especialista, mas há na situação relatada aspectos que me parecem claramente do foro criminal.
2) Há alguma razão para que o nosso amigo desconhecido (mesmo anonimamente, e já que parece conhecer bem o caso) não apresente este assunto a quem tem obrigação de investigar, ou até à instância hierarquicamente superior no Governo? Será que o fez apenas aqui nos comentários da Grande Loja?
3) Por que razão é que não há-de haver jornalistas (a quem seja fornecida informação suficiente para credibilizar a denúncia) que peguem também no caso? Já se tentou?
4) Continuo a achar que as afirmações aqui feitas (mesmo sob a forma de pergunta de retórica...) são graves e que, se por hipótese fossem falsas, o seu autor deveria apresentar-se caso houvesse uma queixa por parte dos visados. Se tivesse sido eu a estudar este caso, teria "postado" o assunto como TAF, ou então não teria "postado". :-)
Esclareçam-me os entendidos: a quem deveria ser apresentado este caso para eventual investigação: à Polícia Judiciária, talvez? A que departamento? Isso já foi feito, ou não? Mesmo do ponto de vista da eventual defesa do nome pelos envolvidos, este parece-me ser um passo a dar, complementado eventualmente por outros. Depois de levantado o assunto, não se pode deixá-lo cair no esquecimento como se nada fosse. Não é bom para quem denuncia, nem para quem é acusado, nem para a sociedade em geral.
Não nos podemos queixar das instituições se não recorremos a elas quando achamos que há razões para isso!