manobras de diversão

Cavaco declarou esta tarde o óbvio, que não contassem com ele para simples 'mestre de cerimónias', e figura decorativa. Parece simples, mas não é. Em antecipação mesmo à esquerda já há nas 'direitas' quem se excite com o fantasma da presidencialização do regime - uma inevitabilidade 'inexorável', para Rui Albuquerque. Ficava-lhes melhor, e era intelectualmente mais honesto, dizerem simplesmente que querem que Cavaco perca, ponto.

Publicado por Manuel 20:50:00  

3 Comments:

  1. André Carvalho said...
    O Super Balelas

    Mário Soares representa hoje em dia o que pior existe na nossa Democracia, e é por este motivo que é um idiotismo puro dizer-se que ele é «o pai da pátria». Quanto muito, é pai dos filhos dele.

    Demagogo por excelência, vive no seu mundo virtual onde as únicas realidades que reconhece são as meias-verdades e as meias-mentiras. Um mundo onde o que é hoje a mais pura das verdades, amanhã poderá passar a ser - sem a mínima dificuldade - a mais pérfida das mentiras.

    É em grande medida devido a esta sua forma de estar na sociedade portuguesa que os portugueses têm a imagem que têm da política e dos políticos. Não deve ser por este motivo que Soares diz ter muita honra em ser político… e segundo consta, também ter imenso proveito em o ser.

    A total deslealdade que demonstrou publicamente para com Manuel Alegre - seu “amigo” de longa data - e a forma como a vem justificando, só surpreende os mais incautos.

    “Respeito”, é uma palavra que não consta no seu dicionário pessoal. Denegrir publicamente um GNR mandando-o “desaparecer”, arrastar a vida privada dos seus adversários políticos na praça pública, ou apelar ao voto em determinados candidatos da sua conveniência em pleno dia de eleições, são formas de estar já comuns em Soares.

    Mas Mário Soares considera-se um distinto cidadão, acima de tudo e de todos. Por isso só gosta de falar do que lhe interessa, quando lhe convém, e da forma que melhor lhe apraz. Só que a fase em que era ele a marcar a agenda política já acabou – felizmente. Por isso, anda agora muito assombrado por ter de andar a marcar passo, atrás dos “agendamentos” dos outros.

    Como primeiro-ministro foi - na melhor das hipóteses - medíocre, mas quem ouve os seus constantes auto elogios até pode ser levado a pensar o inverso. Contudo, aqueles que ainda se lembram dos seus desgovernos – inclusive os seus correligionários – nunca mais o quiseram ver por lá. A sua prestação como primeiro-ministro foi tão boa que inclusivamente levou o PS à maior derrota de sempre numas legislativas.

    Enquanto Presidente da República esteve nas suas sete quintas, e apesar de ter andado a esbanjar verdadeiras fortunas do erário público em constantes viagens pelo mundo inteiro com o seu séquito privado, os seus dois mandatos presidenciais foram, “aparentemente”, uma das melhores fases da sua vida política. Digo “aparentemente”, porque até hoje nunca o ouvi desmentir a versão feita livro do seu antigo braço direito, Rui Mateus.

    Para um homem que gosta tanto de falar e de esclarecer tudo, é no mínimo surpreendente o seu silêncio sobre um assunto que em nada abona a sua conduta enquanto Presidente da República Portuguesa e que inclusivamente o atinge directamente na sua “honra” pessoal.

    Quanto ao seu tão badalado “prestígio” internacional, aparentemente primou pela vacuidade quando da sua última prestação como deputado europeu.

    Na entrevista que concedeu ontem à TVI reafirmou que quando disse há uns meses que não se candidatava à presidência da república, não era bem isso que ele queria dizer. Tal como quando disse que Cavaco Silva era um bom candidato, também não era bem isso que ele queria dizer. Assim como o ataque que desferiu ontem a Guterres, num futuro próximo - se lá chegar - irá também dizer que foi mal interpretado. Pois, o habitual. O que todos os portugueses já sabem é que Mário Soares nunca diz bem aquilo que quer dizer, e que há sempre mais uma ou outra coisa que fica por dizer – só que nem ele sabe bem o que é. Enfim… soarices.

    A ideia que melhor caracteriza Mário Soares é uma locução que o próprio gosta muito de empregar: “é só balelas”.

    Nas duas últimas eleições presidenciais a que concorreu, defendeu que era importante que o Presidente da República não fosse da mesma cor política do Governo – de forma a existir um certo equilíbrio de poderes. Era, segundo Soares, até bom para a Democracia. E que os portugueses sabiam bem colocar os pesos certos nos pratos da balança. Hoje, já não é bem assim. Nas suas próprias palavras, se Sócrates o tiver como companhia na Presidência, “todos os portugueses vão poder dormir mais descansados”. Está-se mesmo a ver o descanso. Eu fico descansado é quando esta lapa política cheia de “balelas”desgrudar de vez…

    Como a sua candidatura não está a ter o impacto que ele almejava, não é pois de estranhar que utilize todos os meios que tem ao seu dispor para denegrir a imagem do seu “único” adversário. É também o único caminho que conhece bem.

    O problema de Mário Soares não é a idade, porque ele sempre foi assim. A idade só vem agravar ainda mais o seu problema congénito.

    http://geracao-rasca.blogspot.com
    josé said...
    Pedro M.

    Aqui não há magistrados a escrever. Ponto. Não pode haver porque os magistrados exercem um múnus ( a palavra nem é cara, algums é que não a podem comprar...)que aqui não pode de forma alguma ser exercido.
    Logo, quem aqui escreve, mesmo que faça da magistratura modo de vida profissional, não poderia exercer aqui a profissão.

    Assim, quanto ao pedido para torcer o pescoço ao nosso cuco nonó:
    Não vale a pena! Há-de acabar por entender que é um bobo.
    Demora o seu tempo, o que denota a grande esperteza do nosso estimado nonó, mas há-de perceber...

    Por mim, deixá-lo. Quanto mais aqui vier; quanto mais depressa estiver, mais rapidamente as pessoas percebem o estado de palermice obsessiva de de um nonó deste tipo.
    maior obsessão, só comheço uma: a do grande Abrantes da Câmara. Parecidos, aliás.
    Enfim, são custos da liberdade de expressão.
    Arrebenta said...
    No dia 22 de Janeiro de 2006, às 20.00 h. do Continente, (Oligopólio Belmedo de Azevírus), o Avô Babado estará postado à porta do gabinete de partos do Centro de Saúde de Boliqueime -- o médico vai lá uma vez por mês, "se t'arrebentarem as àguas, filha, lança a mão a um balde, até que o senhor doutor venha!..." --,
    dizia eu
    de
    que,
    a seu lado,
    lívida e enfiada num "tailleur gris" da Madame Bettencourt
    (Largo da Misericórdia, não-sei-o-número, segundo andar sem elevador),
    Mari"e", modest"e" e modist"iiiiiiii",
    aguarda pelo parto eleitoral.
    .
    O momento é grave:
    o Grande Timoneiro sabe
    de
    que,
    quando aparecer no pequeno ecrã a bocarra pintada e repintada da Manela Boca Guedes,
    o seu destino estará traçado,
    ou o estrelato fátuo e autoritário de um pequeno país falido,
    fruto do seu inapagável período governativo do
    THE GREAT PORTUGUESE DISASTER,
    ou o regresso a uma via de sombras,
    um envelhecer provinciano,
    um arrastar dos tamancos paternais pelas feiras de imitações Nike e Levis,
    boné descaído sobre a queixada,
    o ranho a cair nas mãos das ciganas,
    um pouco de álcool e uma snifadela,
    de quando em quando,
    de "gasoil" à boca da mangueira,
    uma reforma de miséria,
    o centro de dia,
    a sueca e a batota,
    "Ó, Aníbàliiii, conta aquiiii à velhada outra vez daquela vez que tu fostiiii primeiriiii-ministriiii, lá em Lisboa, home, que mentirosiii que nos saístiii,"
    depois,
    a algália
    as quatros tábuas baratuchas,
    com uma bandeira da aldeia por cima,
    e um epitáfio,
    duas datas,
    apenas
    e
    miseráveis...
    .
    20.00 h:
    a boca mais célebre da TV portuguesa,
    uma coisa a que nem o Dali da "Mae West" se atreveu,
    avança,
    o Grande Timoneiro fecha os olhos e enfia os dedos nos ouvidos,
    1,
    2,
    3,
    4,
    5,
    6,
    7,
    8,
    9,
    10 longos angustiantes segundos:
    depois,
    abre os olhos e vira-se para a sua modesta cinderela,
    que lhe abana desanimadoramente a cabeça,
    olhos rasos de lágimas,
    e uma malha muito,
    muito feia,
    acabada de fazer,
    nas suas baratuchas meias de vidro:
    "Querido...
    não foi desta...
    .
    (O Grande Timoneiro tem um dos seus célebres chiliques, e cai no chão, ao cair do pano)

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