Metro do Porto, S.A.

O Governo, que em última instância é quem paga sempre a factura, decidiu, legitimamente e bem, 'limitar' a administração do Metro do Porto à gestão corrente impedindo-a de se meter em novas aventuras que impliquem novos encargos financeiros. Ora, se já não bastavam as espantosas declarações, ontem, de Narciso Miranda, a criticar a decisão, hoje, o PSD, versão grupo parlamentar, o que se contextualiza não desculpa tudo, pela voz de Jorge Costa, um personagem assaz curioso que chegou até (oriunda da Câmara de... Gondomar) a secretário de estado das obras públicas dos governos de Barroso pela quota de Valentim Loureiro, vem também criticar a decisão, refugiando-se em questiúnculas formais. Uma absoluta vergonha.

Numa altura em que tanto se fala de rigor, e de poupança, a centralização numa única entidade, no caso o Governo da responsabilização pelos gastos, e 'desvios', devia ser absolutamente bem vinda. Como estão as coisas, em que não se sabe quem manda ao certo, em que uns amuam e desamuam (vide as recentes birras de Oliveira Marques), com concursos públicos anulados (!), e em que tudo depende dos (voláteis) estados de espírito dos autarcas da Área Metropolitana do Porto é que as coisas não podiam continuar. De mais a mais, não se percebe sequer o motivo da irritação. Passa pela cabeça de alguém que a Metro do Porto se possa comprometer em obras para as quais só estado/governo pode dar cabimentação financeira sem prévia concertação com este ? Passa mesmo? Haja decoro, por favor.

Publicado por Manuel 15:54:00  

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