apostilha II

Oh, meu caro... na mouche, na mouche! Mas precisamente por o voto (dever) ser ideológico é que convinha discutir o futuro, e projectos para este, e não perder tempo a chorar por um passado e um tempo que não volta para trás... É que há por ai muita vergonha contida em muita crítica que se faz... Vergonha de dizer que se é de esquerda, porque se é de esquerda, e - mais grave - vergonha em explicar o que é - no século XXI - a 'esquerda'... Afinal, nada dos males de que é acusado Cavaco - nem um deles - não pode ser também imputado a (outros) governos de esquerda... O drama é que, para a esquerda, Cavaco não é um deles, não pelo que fez, pelo que não fez, não pelo que defende, ou deixa de defender, mas por uma questão orgânica. Oelo que a Cavaco, se aplica um grau de exigência, e de exegese, de que libertam os 'camaradas'...

Publicado por Manuel 17:47:00  

1 Comment:

  1. irreflexoes said...
    Falta de vergonha é comigo mesmo. Sou de esquerda. Pois sou.

    E o meu problema com Cavaco não é orgânico, sabe-se, até porque não gosto de nenhum dos (muitos) candidatos de esquerda.

    O meu problema com Cavaco é só este: olhando para o passado não o quero no meu futuro.

    Legitimo, não?

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