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segunda-feira, setembro 19, 2005
AINDA O REFERENDO SOBRE O ABORTO
[1145] -- Alguém me explica por que motivo Luís Marques Mendes não sugere uma data alternativa para o referendo sobre o aborto? Sejamos claros. A jogada do PS é pura chico-espertice política. Mas a verdade é que o PSD não tem tido nesta matéria uma conduta política construtiva. A imagem que transmite sugere que o PSD, na verdade, não quer realizar um referendo. O PSD parece também ele jogar com os mecanismos legais, o que inevitavelmente lhe retira parte da legitimidade que teria para criticar o PS. Se o PSD sugerir uma data alternativa -- depois das eleições presidenciais -- Marques Mendes será o grande vencedor desta trapalhada. Mais. O PS fica sem argumentos substantivos para recusar a data proposta pelo PSD.
Paulo Gorjão
Publicado por Manuel 18:26:00
16 Comments:
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Talvez se possa pedir a Leonor Beleza para fixar a data.
É que essa Senhora, ao contrário de outros senhores do mesmo partido, teve a coragem de dizer que não se sentia com autoridade moral para apelar ao Não, depois da hipocrisia das atitudes dos que defenderam essa posição no último referendo e depois nada fizeram em defesa da "Vida".
Marques Mendes continua consistente, igual a si próprio. No vácuo.
JUSTINA
A questão está lançada na AR e agora o presidente da república que decida como entender.
Não vale a pena andar a escrever tretas partidárias sobre o assunto nem a dar dicas à oposição só para atrapalhar o PS.
As mulheres portuguesas estão fartas de esperar pela sua libertação.
A libertação das mulheres não passa pelo referendo á lei do aborto, passa sim pelo respeito desta sociedade cada vez mais "masculinizada" e esquizofrenica pela condição femenina e consequentemente pela maternidade.
Podem dar as voltas que quiserem, mas a felicidade do ser humano passa obrigatoriamente por uma convivencia pacifica com a sua natureza.
Neste assunto não está em causa a liberdade de ninguem, está em causa o direito á vida, de uma vida frágil e dependente que nada tem a haver com as preversidades e irresponsabilidades de algumas pessoas, que confundem tudo, vivem focadas no acessório e condenam á morte o essencial.
A despenalização do aborto é um erro monumental.
A lei que existe já é suficientemente abrangente para casos extremos.
Recordo que estamos a falar de uma vida ou de um projecto de vida, como preferirem, que abrir mais um precedente vai aumentar ainda mais o numero de abortos, que quem opta por os fazer, raramente é por questões económicas, as mulheres com menos meios são hoje em dia as que melhor recebem a chegada de um filho, são as mulheres que acreditam que a vida se planeia numa agenda , as mulheres com carreira, com outro tipo de "responsabilidades", que optam irresponsavelmente pelo o aborto.
Não sou contra o aborto por razões morais ou religiosas, sou contra o aborto por razões naturais.
" Na Selva quem protege as crias é a fêmea", e nesta selva a fêmea é a mulher, caso alguém se tenha esquecido disso.
É um erro seguir pelo caminho pelo qual as mulheres hoje optaram para vencer no mundo do trabalho, é um erro quererem se parecer cada vez mais com o homem para competir com o homem, a mulher não é por natureza uma alternativa ao homem é um oposto logo, assumir tranquilamente a sua condição só pode ser um trunfo em qualquer área da sua vida.
A opção pelo aborto passa pelo egoísmo cego da mulher e pela comodidade tão típica da raça masculina.
Para o poder, é mais uma questão de números, sai mais barato ao Estado "financiar" abortos, do que dar o seu contributo na educação de cidadãos responsáveis, libertando estas mentalidades cativas da mediocridade e dependentes do consumismo, é comum ouvir-se a afirmação surreal, de que "fiz um aborto, porque sabia que não ia poder dar ao meu filho um computador, uma boa escola, uma consola, uns ténis de marca etc... e depois ele não ia ser feliz.".
A única coisa que um filho precisa é amor desde o momento em que é gerado
e se por qualquer razão anormal, a mãe não sente esse vinculo, o que não faltam é mulheres capazes de dar esse amor.
A vinda de um novo ser é sempre motivo de alegria para a humanidade, é alguém único e irrepetível que vai contribuir e interagir, que tem direito à vida como todos nós tivemos, que como nós, não vai nascer com um atestado de felicidade, mas como nós tem o direito de lutar por ela.
Por isso o aborto tem de ser uma discussão pública, por isso o aborto não pode nunca ser visto como um decisão pessoal, um direito ou uma liberdade adquirida.
Desde o momento em que outra vida é gerada dentro de mim, a minha liberdade fica limitada, não posso decidir a vida de outro só porque essa vida depende de mim, o meu corpo deixa de ser o meu santuário para passar a ser o santuário de outra vida durante 9 meses.
Aborto é sim um crime, e é uma lei dos homens que serve mais uma vez os homens e não as mulheres.
Uma grande parte das mulheres aborta pressionada ou pela ausência ou pela vontade do pai da criança, a liberdade que apregoam vem servir mais uma vez a liberdade e a irresponsabilidade masculina, que tem vindo cada vez mais a asfixiar o universo feminino, dando lugar a corpos moldados com silicone com sinais graves de distúrbios alimentares e uma estrutura de vida descomprometida, egoísta e acomodada que nada tem a ver com o ser livre, querem mesmo prisão mais vil que esta?
Depois não se queixem dos esquadrões G e dos Catelo-Brancos da vida, foi este desprezo pela feminilidade e maternidade da mulher que deu origem a uma sociedade populada por estes verdadeiros abortos.
Nem li a vossa "femenina" -errozinho ortográfico..- até ao fim porque já li esse catecismo bacoco e desinformado´, há muito tempo. MAS ESTÃO PLENAMENTE LIVRES PARA SEGUI-LO. Ninguém vos obriga a abandoná-lo. Mas mandem somente nas vossas falhas menstruais e não pretendam mandar nas falhas menstruais de todas as mulheres portuguesas.Sois vós que não quereis maternidade consciente e harmónica. Vocês querem mas é Leonores Cipriano.
Mas estas pessoas pindéricas ainda pensam que nos chantageiam com o seu paleio "da vida". "Da vida" é outra coisa que elas desejam a garotas de 12 e 13 anos, geralmente pobres,sem escolaridade útil, dependentes economicamente de pais alcoólicos.
Além de que, aprendam minhas caras, de uma vez por todas, que um embrião não tem personalidade jurídica, nem é sujeito de direito. E já agora, encomendem de Kabul umas burkazinhas que vos vão ficar na mouche.
Condessa de Viana
Deixem lá os V. Fimininos. Vou aproveitar para dar um passeio pelo Blog Bomba Sexy e tirar uns "apontamentos"
Ás mulheres que de facto têm aversão á ideia de poderem ter uma gravidez não planeada, relembro que nada é planeável nesta vida, fomos induzidos a acreditar que sim, mas a vida encarrega-se mais cedo ou mais tarde de nos provar o contrário, aceitar a precaridade da nossa condição neste mundo é um passo para viver tranquilo e respeitar outras vidas para além da nossa.
Para as outras mulheres, as que optam por nunca ser mães, existem operações simples e eficazes, que asseguram de uma forma permanente, que nunca correrão o risco de engravidar e dessa forma estarão livres para opinar e fazer o que entederem, sem que a humanidade tenha de viver sobresaltada com os caprichos e anormalidades de criaturas peculiares.
Deixarão de ser uma ameaça á vida frágil e dependente, pois nunca a carregarão dentro de si.
Para grandes males, grandes remédios.
Muito respeitável o seu ponto de vista, sobretudo porque é dos raros momentos de defesa do "Não" que não invoa a "superioridade moral" da posição.
Respeitando e aceitando a maior parte do que diz, sobram-me algumas inquietações:
- Estipula o seu argumento que a maternidade (toda, presumo) usufrui do tal "direito natural", a que se soma o argumento de que "nem tudo é planeável", ou "a vida é mesmo assim" (nada disto são citações suas, mas sim interpretações do que diz);
- então, à luz disto tudo, como pode concordar com a lei actual, que permite o aborto por razões de violação ("a vida é mesmo assim", não é?),
ou por mal-formações do feto (ninguém nasce com um "atestado de felicidade", pois não?) ??
E acredita mesmo que são essas mulheres modernaças cheias de ambições de carreira, que vivem na Linha e trabalham em Lisboa, que vão ser as principais utentes desta nova lei??
Eperimente imaginar-se com 16 anos, no Vale do Ave, com trabalho este mês (350 € e uns apalpões) e no próximo talvez não, imagine essas famílias tão "ambiciosas" e "estruturadas" em que até os maridos estimulam as mulheres a prostituirem-se; siga o raciocínio por aí e conte-nos lá a história que iria contar à Ana Bivar quando ela chegasse a casa grávida e encarasse o tal pai alcoólico e proxeneta.
É que é um pouco prepotente estabelecer princípios, sejam morais ou não, que têm que se aplicar a todos mas são motivados apenas pela consciência individual e pela nossa visão do mundo.
É que há muito mais Portugal para além da Avenida de Roma... se bem que é aí que as pessoas têm mais tempo livre para desenvolver as suas filosofias superiores...
Quanto aos argumentos Bivar, nem comento, pois não têm qualquer fundamentação científica séria, sociológica, de saúde pública, mental ou física . Limitamn-se a clichés requentados e a crenças autistas inabaláveis, para as quais só se pode apelar á clemência de admitir outras formas de pensar, que aliás existem, há muitos anos, nos demais países civilizados.
Como diz a Ana Vivar, há técnicas (fáceis, muito mais cómodas, sem riscos e muito mais económicas-acrescento eu e a madame conhece bem), que resolveriam essas situações de gravidez indesejada, lute por elas e eu estarei consigo e provàvelmente todo o Povo português e até alguns clérigos
Reafirmo todas as consideraçôes que fiz em relação á vida.
E penso que a actual lei "serve", os abortistas, daí a afirmar que concordo com ela..., é uma coisa completamente diferente.
Ao contrário de que o Fernando foi inexplicavelmente levado a pensar,as minhas opniões são motivadas pela minha expriência pessoal, quer no trabalho, quer pelos sitios onde eu tenho vivido, onde tenho tido o privilégio de conhecer mulheres umas mais maduras, outras ainda adolescentes dos mais baixos extractos sociais, que engravidaram, que foram abandonadas pelo pai da criança que foram postas fora de casa,que por essa razão foram ilegalmente despedidas do seu emprego, em que o patrão se ofereceu para cobrir as despesas do aborto, em que tudo era adverso ao nascimento de um bébé, mas que mesmo assim assisti á luta dessas mulheres que não tinham mais nada na vida a não ser um enorme amor pelos seus filhos, hoje umas conseguiram estabilizar as suas vidas, outras continuam a sua luta solitária.
Foi também sem espanto que durante anos tenho vindo a constatar que quem decide abortar, são as mulheres de extractos sociais mais elevados e de quem eu me encontro tambem bastante próxima.
São sim estas as mulheres que optam pelo o aborto, inclusivamente mais do que uma vez durante as suas vidas, porque não querem perder o namorado, porque a carreira não lhes permite ou por e simplesmente por considerarem que não é a estação do ano oportuna e a viagem a Bali não pode esperar.
Apesar de existirem concerteza outros casos pontuais, não pode ser bandeira dos abortistas a "justiça social", pois isso é pura demgogia.
Nas minhas motivações está também a minha experiência recente, de ter tido um filho que assumi sozinha em condições bastante adversas, esse facto permitiu-me ter hoje legitimidade para dizer, que o aborto é sim um crime, um crime hediondo e brutal, e se alguem tem duvidas não fale sem antes ter sentido uma vida frágil e desprotegida, dependente de si, á mercê de um mundo preverso que não quer que nasça. Se não é a mãe a proteger essa vida que vive dentro de si, é porque qualquer se passa de errado e cabe á sociedade velar por essa vida, essa é uma responsabilidade que todos temos que assumir, e não carece de discursos ridiculos sobre liberdades que não são para aqui chamadas.
A liberdade do ser humano passa pela dignidade e não há dignidade num aborto, não vai ser uma lei que vai tornar este crime mais leve ou mais pesado, vai ser a nossa condição humana que naturalmente o vai negar.
Aos homens que não têm o privilégio das mulheres de dar á luz, sugiro que assistam a uma ecografia, das que se fazem nas primeiras semanas de gravidez, e encontrem-se cara a cara com essa "personalidade juridica" sem direitos.
Não, não trabalho na "Ajuda de Berço", nem sou assitente social, não vou ao Domingo á missa e considero a posição da Igreja hipócrita, pois defende a vida para fins em proveito dos interesses da Igreja e a vida ´merece ser defendida por si só, sem contrapartidas, sem demagogias, pois é o bem mais valioso que o homem pode ter.