Sondagens e presidentes

Sem "embandeiramentos em arco" nem "whisful thinking", parece-me que a leitura mais serena e realista das sondagens recentes sobre eleições presidenciais, está aqui e aqui. Ao contrário de Pedro Magalhães, não considero "perturbadora" a circunstância de os portugueses acharem que o presidente "deve ter mais poderes" e deve "ajudar a resolver os problemas do país". Após uns míseros seis meses de governação com maioria absoluta, a seguir ao desvario "santanista", a "confiança", de facto, devia ser outra. Mas as coisas são o que são e os homens valem o que valem. Este aparente fenómeno de "transferência" da "esperança" para "o senhor que se segue" (Sócrates, primeiro, o PR, em 2006) é revelador do que vai na "alma" do país. Sampaio, depois disto, ficará na história como um mero "interregno" esquecível. A candidatura de Soares, aliás, faz o favor de lhe recordar isso todos os dias.

Publicado por João Gonçalves 11:42:00  

5 Comments:

  1. Anónimo said...
    Esta é a mudança que se segue para o sistema politico nacional, para a qual as eleições presidenciais são mais um passo necessário e arricado. por isso tantas movimentações à esquerda e tabus à direita.

    "My Goal Is To Cut Government
    In Half In Twenty-Five Years,
    To Get It Down To The Size Where
    We Can Drown It In The Bathtub."

    Grover Norquist, Major Strategist
    Behind Bush's Tax Policy
    Anónimo said...
    Esta é a mudança que se segue para o sistema politico nacional, para a qual as eleições presidenciais são mais um passo necessário e arricado. por isso tantas movimentações à esquerda e tabus à direita.

    "My Goal Is To Cut Government
    In Half In Twenty-Five Years,
    To Get It Down To The Size Where
    We Can Drown It In The Bathtub."

    Grover Norquist, Major Strategist
    Behind Bush's Tax Policy
    Anónimo said...
    As reformas profundas que o governo está a fazer, bem como os planos de investimentos previstos, vão mudar o país, para muito melhor. Há que esperar pelos resultados, que só começarão a aparecer dentro de uns dois anos e se prolongarão por muitos mais. É preciso ver que algumas reformas, já aprovadas em CM, ainda têm de ser aprovadas no parlamento.
    Por isso apoio sem reservas este governo, que me parece ser o mais corajoso, o mais eficiente e mais pogressista das últimas décadas.
    Anónimo said...
    2 anos?!?! Nem daqui a 10!!! Se, por acaso, funcionassem!!!
    Anónimo said...
    ao anonimo das 12:54,

    Algumas reformas na administração pública começarão a ter efeitos em 2006 mas os resultados começarão a ser visíveis em 2007, quando se conhecerem as contas de 2006. Outras terão efeitos mais a prazo.
    Mas alguns investimentos começarão a ser realizados em 2006 e 2007, embora se prolonguem por vários anos, e nem sequer estou a pensar no aeroporto nem no TGV, mas noutros, no ambiente, na água, na energia, nas rodovias, etc. Para não falar de outras reformas na Justiça, na Educação, na saúde, etc., cujos efeitos se sentirão a mais longo prazo.

    Se este governo se aguentar e levar avante as reformas e investimentos anunciados, Portugal vai finalmente dar um pulo significativo, isso é evidente.

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