nojo

Há milhares de razões para se ser contra uma nova candidatura do Dr. Soares, até para nunca se ter votado nele, nem concordar com as ideias dele mas, nenhuma delas está expressa num texto odioso, vergonhoso, nojento e imbecil publicado hoje na secção de opinião do Diário de Notícias. Goste-se ou não, Soares é uma figura incontornável da nossa história recente, e - apesar dos erros, muitos - o país deve-lhe muito. Dito isto, não percebo que critério editorial (- Allô, João Morgado, Allô!) justifica a publicação, presume-se que paga, já que o artista é cronista regular, de tamanho monte de barbaridades, falsidades, quando não calúnias. Até porque se a ideia é passar/associar uma mensagem/imagem de radicalismo das hostes à direita do Dr. Soares, é melhor tirar o cavalinho da chuva porque o Prof. Cavaco, será o primeiro a sentir nojo e repúdio pela forma, e conteúdo, da prosa, que não pode aliás servir de justificação para coisíssima nenhuma muito menos como argumento para retaliações espúrias. Resta pois aguardar para se saber quanto tempo vai demorar o DN a fazer 'desaparecer' este tipo de lixo, das suas páginas.

Publicado por Manuel 18:42:00  

14 Comments:

  1. Anónimo said...
    A opinião é livre. O disparate também. Pode não gostar da opinião sobre soares mas os adjectivos que utilizou, se aplicados ao DN significam censura. Por falar em opinião e DN não "opina" lá Ruben de Carvalho?

    Rui Carmo
    Anónimo said...
    Lamento desapontá-lo mas li tambémo artigo em questão . Embora excessivamente agressivo contém muito de verdade . O Dr. M. Soares é um dos grandes e maiores «blufs» nacionais.Soube sempre rodear-se de fieis a quem ,quando no poder,pagou generosamente com o impostos te todos nós. Aconselho-o a ler o livro do ex-companheiro Rui Mateus. Está lá tudo sobre o carácter do personagem que aqui defende .
    Não esquecer por ex. o seu 2ºmandato em que sabotou o governo do País (do Prof.C. Silva) com as suas Presidências Abertas em particular uma aos bairros de barracas da periferia de Lisboa em que aos pedidos de «uma casinha» dos infelizes ,o nosso herói Presidente , voltado para toda a C. Social aproveitava para criticar o tal «Governo de Sucesso » como o responsável em nada querer saber da miséria que ele alí , sempre mas sempre , ao lado do povo denunciava .
    Na semana seguinte este Sr. que o Manuel defende partia para a India em viagem de Estado , em avião alugado pela Pres. da Rép. à TAP , acompanhado por umas dezenas de jornalistas convidados ( recebendo ainda ajudas de custos pagos pela mesma Presidência , como funcionários públicos se tratassem.)
    Perante tais prebendas quem não escrevia para os seus jornais senão artigos elogiosos ao Grande Presidente !?
    Essa viagem que custou aos contribuintes portugueses CENTENAS DE MILHAR DE CONTOS , quantas casas não poderiam ter sido construidas para os desgraçados que habitavam as barracas da semana anterior ?!
    Leia muito ! Estude muito sr. Manuel ! Talvez assim consiga saber algo sobre o verdadeiro carácter do sr.Mário Soares .
    Manuel said...
    Releiam...

    Eu não defendi o 'carácter' do Dr. Soares, simplesmente o combate a este faz-se com regras e com decência. ponto. e com factos. e alguns dos factos dados como históricos enunciados no artigo são de morrer a rir.
    Anónimo said...
    Quando Maria de Lurdes Pintasilgo foi primeira ministra de um governo da iniciativa da Ramalho Eanes, antes de sair do seu posto resolveu aumentar as pensões sociais de certas camadas de pensionistas. Foi um aumento considerável.

    Sá Carneiro, na altura a preparar a AD, criticou fortemente esse aumento. A AD ganhou a seguir as eleições e foi para o governo, com Cavaco Silva em ministro das Finanças. Não tardou muito e fez novo aumento dessas pensões, o que fez com que num só ano essas pensões tivessem aumentado cerca de 45%. Começou aqui o descalabro despesista do Estado.

    Mas, como o preço do petróleo entretanto tinha subido muito, de 12$/barril, para perto de 40$/barril, e como Sá Carneiro faleceu no acidente de Camarate, e era depois Pinto Balsemão o primeiro ministro, Cavaco Silva, prevendo mau tempo no canal para a economia mundial e portuguesa abandonou o barco da AD e recusou ser ministro do governo de Balsemão. Este ficou amuado e com o tempo se veria que nunca lhe perdoou este abandono do barco em pleno naufrágio.

    A AD, esfrangalhada por lutas intestinas e pela crise económica que levou o país à beira da bancarrota, acaba por perder as eleições em 1983 e dá lugar a um governo de salvação nacional presidido por Mário Soares, com Mota Pinto em vice-primeio ministro. Foi o governo do bloco central.

    Mário Soares teve de recorrer ao FMI para resolver a situação, com a ajuda do seu ministro das Finanças, Hernani Lopes. Em 1985 as contas públicas estavam recuperadas e o caso deu brado nos meios financeiros internacionais. Portugal passou a ser um exemplo de bom aluno do FMI.

    Mas esta recuperação das finanças públicas custou popularidade a Mário Soares e ao PS, que na altura fez outra grande reforma, a do arrendamento, matéria tabú para os governos anteriores. E o PSD, com Cavaco Silva, sobe ao poder.

    Iniciava-se na altura a recuperação da economia mundial depois do choque do petróleo de 1980/81, com a descida forte do preço do petróleo. Cavaco Silva, bem infomado sobre os ciclos económicos, viu que teria um período de vacas gordas para fazer figuraço, até porque Portugal se preparava para entrar na CEE e iria receber chorudos fundos comunitários.

    Cavaco Silva passou então a governar com três Orçamentos, o geral do Estado, o dos fundos comunitários e o das privatizações da banca, seguros, etc.

    Foi um fartar vilanagem, dinheiro a rodos para distribuir pela clientela, incluindo centenas de milhares de funcionários públicos. O despesismo estatal no seu melhor! Fez obras, sim senhor, incluindo o CCB, que era para custar 6 milhões de contos e custou 40 milhões, segundo se disse na época. O rigor cavaquista no seu melhor!

    Anos depois vem a guerra do Golfo, com implicações económicas fortes a nível internacional, e Cavaco Silva, prevendo período de vacas magras e já com ele em andamento, resolveu abandonar o barco e parar de governar e entregou o testemunho ao seu ex-ministro Nogueira. Este perdeu as eleições para Guterres e em 1996 iniciava-se a recuperação da economia mundial. Foi um bom período para Guterres, que continuou o despesismo de Cavaco Silva, já que este último tinha deixado o campo minado por sistemas automáticos de aumento da despesa pública, o MONSTRO cavaquista de que viria a falar Miguel Cadilhe, além de milhares de contratados a recibos verdes no aparelho do Estado, que Guterres teve de integrar nos quadros do Estado para não ter de mandar para a rua gente que há anos não fazia outra coisa senão trabalhar para e dentro do aparelho de Estado.

    Foi este o percurso do despesista Cavaco Silva, o que como ministro das finanças da AD aumentou num ano, pela segunda vez, milhares de pensionistas, e o que, como primeiro ministro, aumentou a despesa pública de tal ordem que os défices públicos da sua governação, se limpos das receitas extraordinárias, subiram tanto (chegou a 9% do PIB) que o actual défice das contas públicas é apenas mais um no oceano despesista inventado por Cavaco Silva nos longínquos tempos da AD e continuado nos tempos em que foi primeiro ministro, depois da recuperação heroica dos tempos de Mário Soares e Hernani Lopes, nos anos 1983-85.

    É neste despesista disfarçado de rigor que devemos votar para PR? Desculpem, se quiserem propor Hernani Lopes para PR, podem contar com o meu voto. Mas como ele não aparece a candidatar-se a PR, vou votar em quem o ajudou a salvar Portugal da bancarrota provocada pela AD de Cavaco Silva. E esse alguém é Mário Soares.

    Estes os factos. E eu voto em factos, não em mitos e miragens. Mário Soares tem um brilhante CV em controlo da despesa pública (governos de 1977/78 e 1983-85). Cavaco Silva tem um brilhante CV no descalabro das contas públicas.

    Qualquer economista, se intelectualmente honesto e conhecer um pouco da nossa História recente, rejeita liminarmente este embuste chamado Cavaco Silva. Se ele for presidente da República, como pode ele pregar moralidade económico-financeira quando ele foi e é ainda o pai do MONSTRO? Monstro que agora Sócrates se esforça por abater com as reformas profundas que está a fazer.

    Para os mais novos aqui fica a radiografia do embuste chamado Cavaco Silva.
    Anónimo said...
    Regras; decência; factos (exagerados ou não) são os adequados ao personagem e respeitam o seu estilo.
    PS - recomenda-se a leitura do livro Melo Antunes - sonhador pragmático.
    Anónimo said...
    Não percebo tanta sensibilidade...
    Acabei de ler o artigo, concordo com umas coisas, discordo de outras, há outras ainda que desconheço se são veridicas ou não mas de qualquer o essencial é que todos têm direito à opinião, ou será que o autor defende a censura no DN? Muito piores são os comentarios de certa esquerda que se diz séria...
    Anónimo said...
    Oh Manuel.
    Então esse "fair play".
    Pode não se concordar (total ou parcialmente), mas o homem tem todo o direito a exprimir a sua (dele) opinião.
    Lá porque é pouco PC (leia-se politicamente correcto), não é razão para ser mimoseado com uns adjectivos tão fortes (nojento!!!).
    O Dr. Soares é uma personalidade incontornável na nossa história recente, mas cheia de contradições, e em que (na minha modesta opinião) os aspectos negativos são muito superiores aos (poucos) positivos.
    Contudo, é um mestre na adulação (especialmente aos jornalistas) e quase sempre tem uma (muito) "boa" imprensa.
    O homem do artigo cita factos. De forma desajeitada, e com um estilo literário pobrezinho, mas cita factos. E ele tira as conclusões dele na base das quais emite a sua opinião.
    Podem, as conclusões que ele tira não ser as iguais às suas.
    Mas são conclusões.
    E V. não lhe vai instaurar um inquérito nem consitui-lo arguido, lá porque ele é um pouco boçal, pois não??
    Anónimo said...
    O País não deve NADA ao dr. Soares

    Já o inverso não é verdadeiro.
    Anónimo said...
    E tudo verdade. Abre os olhos Manuel. A verdade e para ser dita e escrita tal como e.
    Pedro Sá said...
    É inacreditável como é que o DN abre as suas colunas a um fascista como João Mendia.

    Obviamente, foi Luís Delgado quem o lá pôs. Mendia ao tempo que escreve para o Diário Digital.
    Anónimo said...
    Ó Manuel, apetece responder-lhe: coitadinho do crocodilo!...
    Anónimo said...
    Com o "cognome" de Portugal e a falar de Ultramar a prosa é um elogio ao Mário. Ao contrário seria um insulto.
    Anónimo said...
    olhe que o ninno deve ter gostado do artigo, porque é que não se vê livre desse lixo.
    Anónimo said...
    Ai tadinhos dos retornados, "tiraram-nos tudo, tiraram-nos tudo!"

    Não tivessem tratado os africanos como cães.

    Vieram pra cá com o rei na barriga, roubaram o trabalho de quem cá sempre viveu e ficou sem trabalho, e passados 30 anos ainda têm o REI NA BARRIGA!!!

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