crónicas de um hara kiri anunciado
terça-feira, setembro 20, 2005
Como adenda a isto, outro corolário...
Os Juízes só têm uma de duas opções, se não quiserem sair muito chamuscados de todos estes acontecimentos: ou arranjam forma de explicar até à exaustão as razões profundas do seu descontentamento à opinião pública, ou pura e simplesmente deverão desistir desta greve que só irá prejudicar (ainda mais) a sua já depauperada imagem. São essas as razões que me fazem encarar a anunciada greve com a maior das reservas e discordâncias.
Francisco Bruto da Costa
Publicado por Manuel 00:53:00
10 Comments:
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Estive a ver o Prós & Prós na RTP1.
O discurso de Adriano Moreira e de outros, coincide num ponto:
Há um grau de degradação nos poderes do Estado: nas Forças Armadas; nas Administraçáo Pública; nas magistraturas; nas polícias.
Esta degradação prende-se com a diminuição do seu estatuto remuneratório que ao longo dos anos lhes foi sendo atribuido pelos mesmíssimos governantes que agora descobrem que o défice prçamental anda quase nos 7%!!
E por isso, toca a cortar a torto e a direito nas "regalias" e nos "privilégios" que foram sendo concedidos com toda o à vontade ( basta ler os preâmbulos das respectivas leis que os concederam) durante anos a fio em que se julgava que estávamos em período de vacas gordas.
Assim, a estes mesmos governantes cujas medidas políticas conduziram o estado do país a esta miséria, concede-se ainda o benefício da boa fé e das boas intenções!
É preciso dizer que é obra!
«Promover a convergência gradual dos regimes de início do direito à aposentação dos funcionários públicos com o de início do direito à pensão de reforma dos trabalhadores por conta de outrem;»
Isto é o que consta do programa eleitoral e de governo. Durante a campanha eleitoral Sócrates, em debates na TV, disse claramente que iria alterar a idade de reforma dos FP e que iria atacar os regimes especiais que protegem certos grupos corporativos. Só que os professores julgavam que ele se estava a referir aos médicos e farmacêuticos; estes julgavam que ele se referia aos juizes; estes últimos julgavam que se referia aos políticos; estes julgavam que ele se referia apenas a polícias e militares; estes últimos julgavam que ele se referia apenas a gestores públicos; e estes julgavam que ele se referia aos que tinham direito a reformar-se com apenas 50 ou 55 anos de idade...
Cada um destes grupos esqueceu-se de olhar ao espelho e de olhar para o espelho da maioria dos portugueses...
Ora bem, Sócrates está a distribuir a factura por eles todos, os que têm regimes especiais, como bem disse na sua campanha eleitoral. E os do sector privado e os da FP que não têm regimes especiais batem palmas e apoiam a cem por cento estas reformas que pretendem acabar com a bandalheira dos regimes especiais e má distribuição dos rendimentos que existiu até agora. E não se julgue que é só no sector privado que Sócrates tem o seu maior apoio, porque dentro da FP há muita gente que o apoia também, pois não pertence a nenhum hipócrita ou falacioso regime especial.
Até agora, Sócrates só não cumpriu uma promessa eleitoral: o aumento do IVA. Falha que ele já assumiu publicamente e que apenas foi devida a que o orçamento de Bagão Felix estava desorçamentado do lado das receitas em cerca de 5,5 mil milhões de euros. Isto é, o OE de 2005 assumiu compromissos para os quais faltavam 5,5 mil milhões de euros para que se pudessem cumprir esses compromissos, sobretudo em matéria de Saúde e de prestações sociais (pensões de reforma, fundo de desemprego, etc.). Daí o défice subir para 6,8% do PIB neste ano de 2005 se algumas correcções não tivessem sido tomadas no Orçamento rectificativo aprovado na AR e no PEC, aprovado em Bruxelas. Facto ainda não desmentido por Bagão Felix, já que se soube depois das eleições que o próprio Bagão Felix teria dito a Santana Lopes que o défice real de 2005 ultrapassaria os 6% do PIB.
Até agora Sócrates está a fazer uma excelente governação, com reformas de fundo que já deviam ter sido feitas antes, mas que ninguém teve a coragem de fazer.
Finalmente temos Primeiro Ministro e temos um Governo para endireitar Portugal. O que lhe poderá custar votos, mas que salva Portugal da bancarrota.
Os eleitores não são parvos, e verão dentro de dois ou três anos os benefícios destas reformas de fundo.
Eu, que não sou socialista, já vi que este é o caminho correcto e que devolve a esperança à maioria dos portugueses.
Nessa altura, ou muito me engano ou estará V. aqui a vociferar aleivosias contra quem agora incensa, por terem percebido como o seu trabalho é mesmo mauzinho.
Depois do projecto de Troia, no valor de 350 milhões de euros, agora é a vez do projecto Parkalgar arrancar de vez, no Algarve, perto de Portimão, no valor de 130 milhões de euros, que vai dar emprego directo a 1650 pessoas e mais 1 000 empregos indirectos.
Este projecto, de índole mista, turística e desportiva, vai ter também uma unidade de investigação e desenvolvimento na área automóvel. Este processo já se arrastava desde 1999. Ora aqui está como se trabalha e se facilitam os licenciamentos, através de gente competente e que conhece os cantos à casa, portanto apenas com a prata da casa e sem recurso a consultorias milionárias dadas de mão beijada aos amigalhaços.
É óbvio que com estes projectos e muitos outros que aí virão Portugal vai finalmente dar um pontapé na crise. Para desgosto de alguns simpatizantes partidários, mas para felicidade da maioria dos portugueses. Ainda bem. Afinal, com um governo humilde, competente e patriótico, Portugal tem futuro.
O resto são fofoquices limianas para entreter o pessoal do palácio.
Experimente andar na rua, nos cafés, no autocarro e ouça as pessoas e veja se encontra alguém contente ou com uma réstia de esperança.
O seu discurso é o velho e gasto discurso dos políticos dos ultimos 10 anos.
- "agora é que estamos a reformar", "depois vai ser melhor"...
Se estes srs governassem para o povo certamente que não eram estas medidas que tomavam, como se o facto de eu puder compra aspirina no hipermercado me tornasse mais abastado.
Eu quero lá saber se tira aos outros,a juízes, professores, etc, eu queria era que o que os outros têm eu também pudesse ter.
Ai agora vamos ser todos nivelados por baixo...
O Sr anónimo, também vai perder alguma regalia, ora conte lá!!!
Que estranho....
Sejamos racionais. Vamos despir camisolas partidárias.
Habemos Governo e habemos reformas de fundo!
Olhem para Troia, anos à espera que um Governo fizesse andar para a frente um projecto estruturante de toda uma região!
Olhem para o caso da Solvay, que vai por intervenção deste governo empregar centenas de licenciados numa área de alta qualidade de serviços!
Olhem para a AuroEuropa, que vai empregar mais 200 trabalhadores por apoio deste governo numa área de alta tecnologia. E mais umas centenas numa outra unidade fornecedora da Autoeuropa!
Olhem para o parque biotecnológico de Cantanhede, onde se vai produzir e exportar alta tecnologia (em vez de importar como no pastiche TagusPark de Oeiras), por acção esclarecida deste Governo.
Olhem para o trabalho da actual ministra da Educação, que com apenas a prata da casa e sem fanfarronices e sem consultorias milionárias está a fazer um trabalho meritório!
Olhem para o ministro da Justiça, que em poucos meses conseguiu derrotar a burocracia que impedia que fosse possível a criação de uma empresa num dia apenas!
Olhem para uma outra reforma importantíssima que vai criar o Balcão Único com os meios já existentes, e que permitirá a qualquer cidadão ou sociedade tratar da sua papelada num único sítio, EM QUALQUER PONTO DO PAÍS!
Olhem para todas as reformas de fundo deste governo! Olhem para a última, que vai moralizar o sistema de remunerações dos gestores públicos e acabar com a bandalheira anterior das reformas milionárias antes de tempo!
Olhem para os projectos já em andamento ao abrigo do PRIME e dos PIN's!
Olhem para o PIIP, o único plano estratégico até hoje elaborado para a nossa economia em matéria de infraestruturas, que vai mudar o país e virá-lo para a modernidade!
Olhem para o SIFIDE, um programa que vai apoiar I&D nas empresas privadas vocacionadas para a inovação tecnológica.
Olhem para o INOV-Jovem, que vai mandar para já mil jovens licenciados para centros tecnológicos de excelência no estrangeiro.
Já repararam que este governo fez mais em meia dúzia de meses do que outros em vários anos?
E olhem que eu não sou socialista nem tenho nada a ver com o PS, apenas não sou clubista e dou conta que finalmente habemos um governo e um PM corajoso e que enfrenta os toiros pelos cornos!
Eu não olho para etiquetas partidárias, apenas constato factos e contra factos não há argumentos. E não tenham dúvidas que se estas reformas forem avante e os planos económicos e tecnológicos do governo forem executados, iremos ver o nosso PIB crescer acima da média europeia, APESAR DA CRISE DO PETRÓLEO E DA SECA EXTREMA.
É ESTA A DIFERENÇA!!! APOSTAR NA MASSA CINZENTA PORTUGUESA E NA CAPACIDADE REALIZADORA DOS PORTUGUESES E DOS ESTRANGEIROS QUE CÁ TRABALHAM. Em vez de termos consórcios de negociantes e gabinetes de negociatas no governo.
Se tais camadas da população, que pertencem à elite mais bem paga dos assalariados, decidem fazer greve por razões essencialmente económicas (e é disso que se trata, que eu conheço-os bem), então mais de metade da população portuguesa teria muito mais razões para fazer greve, descer à rua e fazer uma autêntica revolução popular!
Por muito que lhes doam no bolso, por muito que lhes pareçam injustas e demagógicas estas medidas socráticas ( e algumas são-no), srs. magistrados, portem-se à altura e nada de greves! Reajam de maneira civilizada, arranjem outras formas mais eficazes de convencerem da bondade dos vossos pontos de vista! Exijam as reformas necessárias para a modernização da justiça e para a melhoria e simplificação das condições de trabalho, vão à televisão explicar os vossos pontos de vista, dêem conferências de imprensa (mas, já agora, mandem lá gente com nível e não os "Cavaleiros da Triste Figura" do costume...).
E, se nada disso resultar, olhem, tenham paciência, apertem o cinto como os outros, que ainda assim não morrerão à fome com certeza!
Em suma: façam como eu, que sou magistrado, que fiquei lixado com as novas medidas sobre a reforma, as pensões, as férias, os serviços sociais, etc, mas que engulo em seco e tento sublimar essa instintiva reacção primária, que me vem cá do fundo da soberba, da ganância, da avareza e do egoísmo, quando me lembro dos milhões e milhões de portugueses que vivem com uma ínfima parte daquilo que o Estado me paga...
E, no entanto, sei bem que, em matéria de remunerações, mordomias, privilégios, responsabilidades e de cargas e de condições de trabalho, há por aí corporações, classes e pessoas que levam uma vida flauteada e mil vezes mais bem tratadas, à custa do erário público.
"diminuição do seu estatuto remuneratório que ao longo dos anos lhes foi sendo atribuido pelos mesmíssimos governantes que agora descobrem que o défice prçamental anda quase nos 7%"
é que nada diz sobre a justeza das medidas, apenas invoca a ilegitimidade "destes" para as tomar.
Como acotece que foi a "estes" que o povo deu maioria para governar, eu prefiro que as medidas que "estes" tomarem foram correctar, do que incorrectas.
Neste caso, quer seja o dos juizes ou o dos militares, não percebo como é que, face à redução de despesas que é imperativa (alguém duvida??), se defende o status quo sem ser por um argumento corporativo (ou seja, um não-argumento, apenas uma invocação de facto) ou sem a tese dos "direitos aduiridos" (que é um argumento mas lamentavelmente nada resolve dos problemas reais).
E, portanto, em vez de cair nos processos de intenões do costume (que fizeram com que o Guterres andasse 6 anos a dialogar imenso com todas as corporações e a nada resolver), seria útil ver as medidas discutidas pelo que efectivamente valem.
No resto, o José resume tudo com a primeira frase e por aí se deveria ter ficado:
"Apoiadíssimo! Está aí tudo o que é preciso dizer!"
"diminuição do seu estatuto remuneratório que ao longo dos anos lhes foi sendo atribuido pelos mesmíssimos governantes que agora descobrem que o défice prçamental anda quase nos 7%"
é que nada diz sobre a justeza das medidas, apenas invoca a ilegitimidade "destes" para as tomar.
Como acotece que foi a "estes" que o povo deu maioria para governar, eu prefiro que as medidas que "estes" tomarem foram correctar, do que incorrectas.
Neste caso, quer seja o dos juizes ou o dos militares, não percebo como é que, face à redução de despesas que é imperativa (alguém duvida??), se defende o status quo sem ser por um argumento corporativo (ou seja, um não-argumento, apenas uma invocação de facto) ou sem a tese dos "direitos aduiridos" (que é um argumento mas lamentavelmente nada resolve dos problemas reais).
E, portanto, em vez de cair nos processos de intenões do costume (que fizeram com que o Guterres andasse 6 anos a dialogar imenso com todas as corporações e a nada resolver), seria útil ver as medidas discutidas pelo que efectivamente valem.
No resto, o José resume tudo com a primeira frase e por aí se deveria ter ficado:
"Apoiadíssimo! Está aí tudo o que é preciso dizer!"