O Sr. Armando Vara, recém nomeado administrador da CGD, ficou ao que parece com os pelouros da Alta Mercearia. Político feito gestor será ele que decidirá dos grandes empréstimos, dos grandes projectos, dos grandes financiamentos, inclusivé a autarquias. Uma palavar sua, um gesto, vale agora milhões, e daí a a CGD passar a ser vista como uma espécie de saco azul do regime que se abre aos amigos, mais aflitos, vai um passo, um curto e rápido passo. Tudo institucionalizado, tudo legal, sem sombra de pecado. Com Vara todos serão tratados igualmente mas ninguém terá dúvidas de que uns serão muito mais bem tratados que outros. E não, o problema não é Vara ser do PS, e não ficaria resolvido se Vara tivesse como ajudante um qualquer Jorge Coelho lite do PSD, o problema é o critério, ou a sua ausência. Vara serve e é servido, e isso a muitos chega. Em abono da verdade diga-se que a culpa nem é de Vara, mas sim de quem o nomeou, por acção e omissão. Entretanto deslumbremo-nos com o mensalão, é longe, muito longe, e por cá não se passa nada, mesmo nada, Não admira que Fátima Felgueiras pense em regressar do exílio, pudera...
Publicado por Manuel 14:22:00
Históricamente a esquerda é sempre pura e a direita impura, logo...
Tenho de concordar ali com os anónimos.
A CGD enquanto amiga da negociata polítizada não é de hoje, e o Vara não vai ensinar ninguém, quanto muito vai parender como se fazem.
Para além do mais, os empréstimos de milhões passam pelo CA da Caixa, onde se sentam todos - todos - os partidos portugueses, excepção feita ao PCP e ao BE, que nunca passaram pela doce governação.
Nada de novo, portanto.
Mesmo que o senhor tenha ideias próprias sobre as contas da mercearia, a loja tem mais oito administradores e um presidente da junta!
Nem me passa pela cabeça que o senhor um dia poderia ter alguma iniciativa lesiva do interesse nacional, da qual fosse inimputável.
Ainda não vale tudo!
Quanto às inimputabilidades, dê-mos tempo ao tempo.
Nem me venham dizer: então o que é que tem, não pode ter competência por isso?
Administrar a CGD penso que deve exigir algo mais e, no caso, nem competência, nem formação, não se vê nada.
Ás vezes até tenho medo de pensar que isto tudo está a ser liquidado, em Estado de falência iminente e salve-se quem puder
Que não há coisa mais enjoativa que os situacionistas que tanto falam da boca para fora em moralizar o sistema mas quando são os seus que lá estão descobrem logo que o sistema é mesmo assim.
são os nossos filhos da puta, contra os filhos da puta deles.
Ainda não descobriram que o sistema só tem um nome: potranice de quem apara os golpes por amor à camisola.