Lula e ele

A comoção assaltou-me ao ler a última prosa do João Morgado Fernandes, e assaltou-me tanto que estive tentado a passar. Tal como Lula meteu a mãezinha ao barulho o João não resistiu e há que trazer à colação à avó. Tudo - imagine-se - para passar uma pretensa mensagem sobre (a) honra. Acontece que a honra estando sempre associada a uma pessoa (ou mais) não o está, nem tem que estar necessariamente, a um nome, está-o sempre a um (ou mais) gesto. Que o digam os bombeiros, os que fazem voluntariado, e outros que tais, que tem simplesmente gosto em fazer bem, sem andarem com um letreiro na testa, etc, etc, etc. A ideia implícita de que para se ter honra é preciso ter nome, cara, é aliás tão espatafúrdia como a ideia de que só se existe se se aparecer na TV, nos jornais, ou nas revistas sociais.

Dito isto, parabéns ao João pelas suas novas funções no DN, uma responsabilidade acrescida, já que é o único jornalista de carreira que a integra, não é nem antigo ajudante de ministro nem comentador da confiança do regime du jour.

Publicado por Manuel 12:22:00  

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