habituem-se!

Enquanto o país político anda varado com as mudanças na CGD, passando ao lado do essencial, a vassourada continua, desta feita por telecomando. A direcção do DN, um arranjinho ao melhor estilo do bloco central cozinhado ainda no tempo do Dr. Lopes, não tem a confiança do novo proprietário, a Olivedesportos, nem de quem apaparica os avalistas da estranha operação financeira. Assim, sai Miguel Coutinho e deve entrar António José Teixeira, o interlocutor do dr. Soares na SIC/Notícias. Mal, ou bem, no filme fica António Peres Metelo, da actual direcção, e que era visto como a continuidade, já que por ser do ismo errado (é considerado próximo da ala de Sampaio) não oferece à rapaziada do Dr. Coelho garantias suficientes. A Olivedesportos pode ser privada mas precisa do Estado, e da sua boa vontade, como do pão para a boca. É claro que podia ser ainda pior, podiam ter recuperado o Carlos Magno...

Agosto ainda vai no início
, e o Verão vai ser mesmo quente. Habituem-se.

Publicado por Manuel 16:06:00  

8 Comments:

  1. Anónimo said...
    Eu diria mais: a legislatura é de 4 anos! Habituem-se, é isso mesmo! Viva o PS que ganhou com maioria absoluta! O povo assim o determinou, não acham?
    Anónimo said...
    É o Big Brother rosa no seu melhor!
    Gomes da Silva não passava de um desastrado aprendiz.
    Este ano, o "tsunami" das nomeações vai ser a grande animação do Verão.
    Quem se mete com o aparelho "leva" e a margem de autonomia de Sócrates não passa de uma quimera que Mestre Coelho gere a seu bel-prazer.
    Mas nem tudo é mau, caros lojistas e leitores. Vocês "hádem" ver! O potencial de divertimento é imenso e o Blogger ainda é livre.
    As "colidades" de boa parte dos nomeados são um fartote. Ainda por cima são quase todos "burros velhos" e conhecidos, que não enganam ninguém. Nem os habituais consultores, pagos a peso de ouro (burros tão velhos como os donos), podem fazer a alquimia de os pôr a cumprir os mínimos exigíveis.
    A asneira é tal que nem com Vara se lhe pode tocar.
    E o resultado só poderá ser a tragicomédia do costume. Quem povoa cargos decisivos com notórias mediocridades, por pretensas razões de confiança ou clientela política, está a tecer a corda com que, a prazo, se vai enforcar. Com fanfarra e estrondo.
    Só nos resta ir zurzindo a costumeira trapalhada, enquanto durar esta ópera bufa.
    Como a verdadeira oposição é o défice (lá dizia VPV), a festarola não durará muito, por mais que Coelho se esmifre a controlar a propaganda e o jogo dos interesses.
    É a vida... (e o diabo é que, para já, nada garante que os sucessores sejam muito diferentes).

    P.S. - O comentador Militante que entretanto me antecedeu, está mesmo convencido de que os eleitores que deram a maioria ao PS assistem satisfeitos a este fartar vilanagem?
    Não terão votado exactamente por estarem fartos de similares trapalhadas?
    Olhe que a vingança do eleitor defraudado pode tardar (4 anos cada vez menos...), mas não falha. E não há ONU ou Comissão Europeia que chegue para todos os fugitivos...
    Rui MCB said...
    "(...) deverá entrar António José Teixeira, o interlocutor do dr. Soares na SIC/Notícias"

    Queres explicar o itálico interlocutor Manuel? É que eu também leio jornais e vejo TV e não tenho grandes dúvidas em colocar António José Teixeira entre os melhores jornalistas que temos, também pelo que faz no programa com Soares...
    Anónimo said...
    Não querendo meter a foice em diálogo alheio, tenho de acrescentar - para que não se cuide que incluo A. J. Teixeira no rol das mediocridades - que não tenho dúvidas de que
    A. J. Teixeira é bom jornalista (dirigente não sei, mas dou de barato).
    Mas as suas simpatias políticas são notórias e já têm prejudicado, a meu ver, o seu desempenho como comentador (que é coisa diferente de jornalista).
    A ser confirmada esta nomeação, neste caso concreto não estaremos (sempre na minha opinião...) perante a nomeação de um medíocre, como tantas a que assistimos nos dias que correm.
    Mas o que terá pesado: a competência profissional de A. J. Teixeira ou as ditas simpatias? (Miguel Coutinho não é, também, bom jornalista?) E este é um caso isolado ou uma peça de um puzzle mais vasto que visa dominar os media que o poder pode influenciar?
    Salvo melhor opinião, os sinais estão aí, para quem os queira ver.

    Anónimo das 5:43
    Rui MCB said...
    Caro Anónimo,
    Se calhar estamos a falar de cenário demasiado hipotéticos, mas admitamos que se verificará. Pessoalmente não tenho grandes reparos a apontar a Miguel Coutinho, já quanto a Raul Vaz custa-mme a distingui-lo de uma versão mais jovem de agitador político ao estilo de Luís Delgado.
    Peço-lhe exemplos de bons jornalistas sobre os quais seja impossível atirar o libelo de terem uma preferênca partidária. Claramente nestas matérias a questão de grau é importante, Luís delgado oferece-nos, na minha opinião, um dos extremos do espectro, quem nos oferece o outro? E não falo do espectro político mas o da qualidade jornalística.

    Muitos bons jornalistas com enviesamentos suaves variados. Se o enviesamento for damasiado toldante do trabalho deixarão de ser bons jornalistas, certo? É assim, com pluralidade de visões e com o sentido de maior resposabilidade para com a notícia do que para com "lealdade" política que formamos uma boa comunidade jornalistica. Quem me dera que todos os jornalistass da praça merecessem o tipo de reparos justos de se fazerem a AJ Teixeira.

    Misturar estes exemplos no meio de eventual "trampa" de outro nível só enfraquece a crítica do Manuel e descredibiliza-o. E afinal, a crdibilidade é a única coisa que lhe/nos resta.
    Anónimo said...
    Caro RuiMCB,
    O que escreveu, posso genericamente assinar em baixo.
    Convém, de facto, não meter o A.J. Teixeira (independentemente das simpatias deste) na vara de outros nomeados por "confiança".
    Mas, a meu ver, o Manuel parece ter razão nesta perspectiva (a confirmar-se a notícia): por que razão foi escolhido A. J. Teixeira? Porquê agora? Por que razão isso acontece em simultâneo com outros safaris noutros meios de comunicação social?
    No seu comentário, ao atender, apenas, às características estimáveis da árvore em questão, perde-se, ao que me parece, a visão da floresta.
    Sou eu que tenho mau feitio ou há sinais claros de que está em curso a habitual estratégia de condicionamento dos ocs que o poder político pode influenciar?
    O facto de essa tentação ser habitual, não a torna melhor. Esperava-se mudança e regeneração política, não era?
    Anónimo said...
    Miguel Coutinho e Raul Vaz são duas nódoas que nem merecem a carteira de jornalista.
    Para o lugar deles até o Rato Mickey faria melhor papel.
    josé said...
    CAro anónimo, presuntivo conhecedor do "meio":

    Onde estão os bons jornalistas?!
    Melhor, por onde anda o bom jornalismo, hoje em dia?!

    Ainda hoje o Público, traz na capa uma notícia assinada por Tânia Laranjo, salvo erro, a primeia que a antiga jornalista do JN assina no Público, sobre os atrasos com os processos de "menores" nos tribunais de família e menores.
    Escreve que "DOis terços dos processos de protecção de menores estão atrasados".
    A gente vai ler à pág.14 e depara com uma referência ao um relatório da PGD de Lisboa, presumivelmente disponível na net e escreve abertamente que " CErca de dois terços dos processos de promoção e protecção interpostos pelo MP, do primeiro semestre deste ano e vindos do anos anterior, continuam pendentes".
    A jornalista do Público, baseada no relatório da PGD avança com a afirmação, ouvindo dois magistrados: Rui do Carmo, colaborador do blog Incursões e Maia Neto, da PGD do Porto que comentam...o Relatório.

    Só me apetece fazer aqui uma pergunta à jornalista Tânia Laranjo:
    Sabe ela exactamente o que significa "pendente" relativamente a um processo de promoção e protecção?!
    E já agora, saberá distinguir um processo de promoção e protecção de um processo tutelar e saberá minimamente como "anda" um processo dessa natureza, nos tribunais?

    São coisas simples e que permitem no entanto, perceber os assuntos e...escrever sobre eles!
    Sem essa informação de base, o jornalismo do tipo referido, torna-se desinformativo, porque parte de verdades estatísticas, parcelares que não dão a imagem da verdadeira realidade, confundindo conceitos, misturando noções e contribuindo para a semi-analfabetização reinante.

    Para escrever o que escreveu sobre o assunto, nem precisava de citar relatório algum.
    Mau jornalismo, portanto.
    Parece-me ser o caso, flagrante. E porquê?

    Primeiro de tudo, a jornalista deveria distinguir que há processos de natureza administrativa e outros de natureza já jurisdicional. Parece ser a estes que se refere.
    Para perceber então como se desenrola toda a marcha desters processos, ia ao Google, teclava as palavras certas e vinha ter por exemplo Aqui
    Lia os artigos 72 e seguintes e percebia que os processos judiciais, devendo terminar a respectiva instrução em 4 meses, podem prolongar-se para além disso, desde logo em função das medidas que forem tomadas. Tomou a jornalista isso em consideração?! Não, aparentemente, nem sabe sequer essas particularidades.
    Depois, em relação aos demais processos, as coisas complicam-se.
    Misturar prcessos de promoção e protecção com outras acções tutelares cíveis para fazer uma caldeirada de primeira página é algo desonesto. As pessoas não entendem se não les for explicado. E para além disso, nem falou nos processos de naturesa tutelar que suspeito que nem saberá do que se trata verdadeiramente.
    Vá ao Google, Tânia! Pergunte, antes de escrever! Há sempre alguém disposto a informar, mas devem ser colocadas a questões certas, senão dá-se o caso que o falecido cineasta João César Monteira, mencionava: "se não sabe, porque é que pergunta?"

    MEsmo assim, parabéns pela temática abordada e por uma primeira abordagem.
    Os menores merecem de facto, maior e melhor protecção e é meu entendimento que neste campo estamos bem melhor do que há dez anos atrás, pese embora estas leis recentes em relação às quais a maior das críticas que se lhes pode fazer ´~e esta:
    servem para resolver problemas dos menores, mas não resolvem os problemas mais graves.
    Se foram pensadas exactamente para esses casos, para que é que serviu mexer no velhinho artigo 19 da Organização Tutelar de Menores?!

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