mais kiwis?

Um destes dias foi publicado um estudo que demonstrava que o ecologíssimos ethanol, um combustivel limpo - muito politicamente correcto - consome afinal mais energia na sua produção do que aquela que liberta, sendo que como a energia é "clássica", muito provavelmente de origem fóssil, os benefícios para o meio ambiente são nulos, ou mesmo negativos

Vem isto a propósito da anunciada intenção do governo de promover a energia eólica e até de à custa dela (!?) financiar o mírifico choque tecnológico. E vem a propósito, porque nada tendo contra a energia dos ventos, não me parecem suficientemente estudadas matérias fundamentais, não só o impacto ambiental/visual, como muito menos o económico, no médio e no longo prazo. Áparte as boas intenções estou para ver se a coisa é séria, e de fundo, ou se é mais uma moda, como em tempos o foram as plantações de kiwis, para engordar as Iberdrolas deste mundo.

Publicado por Manuel 13:32:00  

5 Comments:

  1. Anónimo said...
    este assunto foi comentado por muitos americanos aqui e não faltou quem afirmasse que a o etanol como combustível é uma forma artificial de aumentar a procura de milho produzido internamente. tira-se dinheiro de um bolso para por no outro, eventualmente com lucro :)

    O Brasil faz o mesmo com cana de açúcar e por cá se calhar podíamos fazer biodiesel a partir de cannabis e de girassol :)

    Outros com maior inclinação científica afirmaram que o etanol como combustível é fraco, mas como forma de transportar energia produzida em centrais eléctricas é mais eficiente do que as melhores baterias. é como que um passo intermédio entre a produção de energia nuclear e o seu consumo num automóvel, com um mínimo de adaptações.

    NLima
    Anónimo said...
    Oh Venerável Irmão, olhe que os Kiwis não engordam. Tenha lá cuidado com a mistura de metáforas...
    Anónimo said...
    por favor, nao misturem alhos e bugalhos. Para o etanol, é necessária uma producäo contínua de combustível. A energia dos ventos é algo diferente, visto que é necessário uma producao inicial e manutencäo.
    Rui MCB said...
    Eu teria dividido este post em dois: por uma lado a questão da eficiência energética, por outro a questão do concurso público internacional. Quereres estabelecer um paralelo entre as más características do ethanol e as características da exploração eólica com base na ignorância é tão válido quanto advogares precisamente o oposto. Mas pelo que vou vendo por alguma blogoesfera a tese tem muitos adeptos nucleares.
    Manuel said...
    Rui,

    O paralelismo é à volta da "moda", do efeito e dos "lucros" miraculosos (que não se percebem muito bem de onde virão dada a coisa ser eminentemente subsidiada). Quanto aos kiwis - outra moda aquando do Fundo Social Europeu, lembram-se ? - engordaram muita gente, e muito.


    Parecer-me-ia muito mais sóbrio apostar em políticas de eficiência energética - com prémios às empresas (deduções fiscais) integrada até na óptica de quioto e num plano energético GLOBAL que metesse a tradição/o sol/a água e o vento numa plataforma integrada, do que estes números pindéricos de circo.

    quanto ao concurso público internacional que tudo indica está "sized to fit" determinada entidade palavras para quê ?

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