Um novo órgão de soberania

O Correio da Manhã conta-nos hoje a história de...

três titulares de cargos políticos – Jorge Lacão, do PS, Pedro Duarte e Castro de Almeida, do PSD – foram perdoados de infracções de trânsito que praticaram, ao abrigo de uma circular do Comando-Geral da GNR.

Contactado pelo jornal, o brigadeiro António Francisco Marquilhas, alegadamente responsável pela circular em causa, explicou...
Tratou-se de uma circular feita por um órgão de soberania, a GNR, em atenção a outros órgãos de soberania. A participação feita em sequência à infracção nunca implicou o perdão automático da multa.

Pelo que se sabe, várias editoras estão já a recolher os manuais de Direito Constitucional, de modo a introduzirem nos livros esta alteração à arquitectura do Estado de Direito.

Publicado por Carlos 19:28:00  

3 Comments:

  1. josé said...
    Espectacular! De manhã é a ministra a dizer que o tribunal de Ponta Delgada não é da República Portuguesa.
    Agora, um brigadeiro ajunta um órgão de soberania, constituido pela força da GNR, aos tradicionais.

    E que tal um teste de admissão, com perguntas de cultura geral básica, aos candidatos a titulares de cargos públicos relevantes?!
    Discreto, para não dar muito nas vistas...
    Anónimo said...
    Acho que para alguém se poder candidatar a um cargo político ou ser nomeado para um cargo político devia fazer uma prova de conhecimentos e cultura geral, como a antiga PGA (Prova Geral de Acesso) das Universidades.
    As provas eram feitas, vistas anónimamente e só quem tivesse nota positiva é que se podia candidatar ou ser convidado para um lugar político.
    Anónimo said...
    Vá lá, eles têm todos razão! primeiro isto já não é a república portuguesa mas a das bananas e, em segundo, na das bananas vale tudo até os polícias (perdão que os da gnr são militares ou param...)serem órgãos de soberania. quanto a testes, ai ai, que não passava ninguém e, se calhar, constatávamos que, ao contrário da quinta dos porcos, em Portugal somos mesmo todos iguais!
    Ora, anda por aí tanta gente a pensar que há uns mais iguais que os outros!

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