QED
sábado, junho 25, 2005
Ruidosa conspiração de silêncio
Impressionante foi silêncio geral sobre a declaração do Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, de que os titulares de "cargos de responsabilidade" deveriam revelar a sua vinculação a associações como a maçonaria. Como explicar esta estranha "conspiração de silêncio", a começar pelas próprias organizações maçónicas?
Vital Moreira
Publicado por Manuel 12:33:00
7 Comments:
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Além de que outras questões surgiriam. Como descobrir aqueles que escolhessem não revelar a sua condição de maçons ou de numerários? Como saber QUEM é membro do quê? Como é que o Estado poderia controlar a condição de qualquer cidadão?
Acabaria por se cair naquilo que é a situação actual: depende do arbitrio de cada um a opção de revelar a pertença, ou não, a qualquer associação. Julgo que o Estado não tem nada de meter o nariz naquilo que é uma opção de consciência.
FIAT LUX
Não é a primeira vez que aqui na GLQL se fala disso...
Já agora podia ser obrigatório divulgar com quantas pessoas já fomos para a cama, quantas vezes desrespeitámos um stop, se já urinámos na água da praia, etc. etc. ...
A vida em sociedade democrática é translúcida, não pode ser transparente.
A vida em sociedades totalitárias, essa sim, é transparente...
Quando há eleições presidenciais todos os candidatos são adeptos da Académica, mas nunca ouvi nenhum jornalista perguntar pelas Associações a que pertence,para além do facto serem, ou não, membros da Santa Igreja Católica e Apostólica Romana...
Porque será - será do GUARANÁ (viva o Jardel...)...!?!
«O Estado também não pode ser ateu, deísta, livre-pensador; e não o pode ser, pelo mesmo motivo porque não tem o direito de ser católico, protestante, budista. O Estado tem de ser céptico, ou melhor dizendo indiferentista.»
Sampaio Bruno, in «A Questão Religiosa» (1907)
E agora com o Vital Moreira:
"Com efeito, só num Estado quase-confessional, com uma religião para-oficial, é que se poderiam passar as coisas que se verificam em Portugal."
Chega? Ou quer mais?