"A maçonaria e a opus dei...
terça-feira, junho 07, 2005
...dominam o poder judicial"!
Calma! Não é afirmação daqui, desta Loja...mas sim da primeira página do O Diabo de hoje.
A desembargadora jubilada ( reformada, em termos gerais, e que em particular significa que continua a receber actualizações da pensão em conformidade com as actualizações salariais), Ruth Garcês, dixit.
E dixit mais coisas que merecem destaque de postal.
Disse que...
O CSM ( Conselho Superior da Magistratura) sofre de uma tremenda e perniciosa influência política" e que "é preciso denunciar o lado oculto do sistema"!
Tudo em grande e a ribombar parangonas!
Nas duas páginas centrais, a entrevista estende as explicações sobre o domínio daquelas forças a caminho do Bem, dizendo que...
Não me incomodava que estas forças dominassem no sentido de credibilizarem a justiça, mas por aquilo que se vê o sistema judicial está cada vez mais descredibilizado. Constato que juizes com mérito que se alheiam desta complexa teia de interesses, estão a ficar completamente desencantados com aquilo que os rodeia e preferem jubilar-se. Quem perde é a justiça que está enredada em realidades particularmente obscuras.
A maçonaria e a opus dei dominam os poderes todos e não apenas o judicial. Estas influências viciam e tornam mais permeáveis a Justiça e favorecem os interesses destas organizações e dos seus apaniguados. Quando são as graduações para o Supremo a maioria dos juizes desembargadores são preteridos porque não estão metidos nos esquemas.
Um juiz tem que ser independente, não pode ter cor. Mas o que eles querem é yes man e yes woman.
O poder judicial tem que ser completamente independente e o que se assiste é à intromissão permanente da clase política na sua esfera de acção. Posso dizê-lo porque um dos recentes nomeados para o CSM pela AR é um advogado de Leiria, chama-se (...) e participou activamente na campanha eleitoral do PS.
Sobre o caso do afamado e maroto cachecol, enrolado e esquecido no pescoço frio do conselheiro Bernardino, também se pronuncia para dizer...
(...) Se acontecesse algum amigo meu ter um êxito político numa campanha eu tentaria resguardar-me e evitaria ir cumprimentá-lo à sede do partido. Talvez fosse a casa. Era o que faria na minha qualidade de juiz.
E... last but not the least, pronuncia-se também sobre a crise da Justiça! para dizer que...
(...) na base deste estado de coisas está o facto de existirem leis feitas ao serviço de determinados interesses e do excesso de garantismo.Ecco!
Publicado por josé 13:40:00
15 Comments:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
De qualquer modo,o que ela diz não é uma grande surpresa para quem ande atento a estes tempos.
Não me descança, mas na França é tal e qual.
Fifty/fifty, ou há chatices.
não é "na base deste estado de coisas está o facto de existirem leis feitas ao serviço de determinados interesses e do excesso de garantismo",mas sim
o excesso de garantismo está também ao serviço de determinados interesses!
Espero que a interpretação seja autêntica e se o não fôr que permita autenticação.
O texto transcrito foi-o ipsis verbis, com excepção do "deste", pois no original aparece "de este"...
Já agora e o sistema de avaliações judiciais?????
Faça o favor de me fornecer a sua identidade e residência para o poder processar. A si, à sua família e aos seus amigos.
Assinado: o Advogado do Diabo
Não digo que não sou delator de mim e dos meus. Ora essa!!!