ácido e alcalino.

  • A silly season chegou mais cedo. Há uns dias, no deserto, bradei contra esta pseudo vaga moralizadora que visa tirar regalias aos titulares de cargos políticos. Infelizmente a moda veio para ficar. É triste, para não dizer patético, ver e ouvir José Sócrates afirmar querer equiparar o regime e a filosofia de remuneração da classe política aos dos funcionários públicos. Sejamos francos - a classe política, em Portugal é formalmente, mal paga. E tanto o é, que por o ser se criaram todo o tipo de esquemas para, à portuguesa, dar a volta à coisa. O drama maior - e isso ninguém o diz - não é o que se ganha - quando no universo da política - à custa do Estado, é antes o que se ganha no/do sector privado, por se ter estado na política. É verdade que a maioria dos políticos é má, é verdade que é incompetente, mas os poucos incentivos que poderiam ainda existir para seduzir a boa moeda a ir para a política, nomeadamente para a política de topo, estão todos, um a um, a ser destruídos, em nome da mais soez demagogia. Pretender confundir moralidade com vencimentos em cargos públicos de responsabilidade extrema ao mesmo tempo em que não se soletra uma sílaba que seja sobre uma verdadeira política de imoralidades (será moral um autarca poder acumular o seu vencimento base com as mordomias de N empresas para-municipais ?), dos luxos estratosféricos que começam nos parques automóveis, de (in)compatibilidades, ao mesmo tempo que se nomeiam hordas de boys e super-boys, seria curioso dissertar sobre muitos regimes remuneratórios..., é no mínimo uma refinada hipocrisia.

    Infelizmente a indigência não vem apenas do lado do Governo, do lado da Oposição. o Dr. Borges resolveu por-se em bicos de pés, mostrando que continua vivo, aproveitando aquilo que julgou ser uma boa ocasião para falar. Infelizmente, não teve tempo para pensar. É que ao contrário do que ele afirmou o problema não é os ricos não poderem estar na política, o problema é exactamente o contrário. Ou se é rico, Lorde como antigamente na Inglaterra, ou se tem a sorte de nascer com um avô propietário de minas de volfrámio, como o Eng. Sócrates, ou então não há qualquer hipótese de se poder estar a sério na política, e isto Borges não percebeu. Bem, ou mal, Campos e Cunha tinha direito à pensão do Banco de Portugal, provavelmente apenas esteve no BP porque não ganhando lá particularmente bem sabia que quando saísse contava com ela (alguns do que por aí ululam tem noção de quanto ganham altos quadros da banca privada e de como é díficil ao Banco de Portugal captar e reter bons quadros ?), afirmar que o usufruto de tal pensão é incompatível com o vencimento de ministro é tão idiota como afirmar que José Sócrates não pode usufruir da célebre herança do avô e enquanto for Primeiro-Ministro, apenas deve viver com o orddenado enquanto tal.

    Estão-se em suma a criar condições objectivas para uma ainda maior funcionalização da política com os mais que evidentes, só não vê quem não quer, danos que isso tem na qualidade global do sistema político.
  • Tudo à paulada no PS. Seguro a ajustar contas e a exigir - na prática - um cargo (de preferência internacional) compativel com o seu alegado estatuto de ex (proto) adversário de Sócrates, Costa a lavar as mãos e a ser obrigado por Sócrates a ir ao terrenos sujar as mãos e comprometer-se também ele com esta política, e por fim Coelho a gastar os seus últimso cartuchos, em breve será história.

    Com um bocado de azar (?), ainda vamos - nesta legislatura - ver uma cisão no grupo parlamentar do PS e um governo minoritário do PS a precisar do apoio do PSD... é a vida.
  • Sobre a Europa resisti até ao fim a meter-me na novela dos referendos apesar dos múltiplos e pertinentes desafios lançados pelo João Gonçalves mas depois da performance do Professor Marcelo, ontem, não resisto a falar. A orgia argumentativa de Marcelo é a prova provada daquilo que está mal na Europa e no presente modelo de Constituição Europeia, de que serve afinal apelar à participação dos cidadãos, ainda por cima em referendo, quando ao mesmo tempo se admite um e um só resultado ? É isso democracia ? Também as críticas à alegada falta de sensatez do Prof. Cavaco são de uma estupidez atroz. Julgará por ventura Marcelo que com a mais que certa vitória da CDU/CSU na Alemanha no Outono, vai ficar tudo na mesma? ou julgará apenas que nessa altura já ninguém se lembrará do que disse agora ? Uma última nota para o sítio do sim, versão Marcelo - Um exercício onanístico e egocêntrico de um iluminado que se julga - agora - predestinado a ser presidente da República. A europa - por estes dias - é apenas um pretexto.
  • Pedro Adão e Silva, um dos intelectuais da ala Ferrista do PS, há uma, surpreendeu um destes dias, numa prosa comovente publicada n' A Capital e citada por cá pelo Venerável Irreflexões. A prosa é comovente porque um ataque daquele teor a Cavaco apenas o credibiliza aos olhos das massas. Sejamos francos - Cavaco falhou em muitas frentes, podemos questionar muitas opções como a aposta nas grandes infraestruturas, e ao invés da Irlanda que apostou primeiro na educação e formação, etc, mas o facto é que foi um periodo de desenvolvimento imeiro sustentado impar na nossa história. A análise, e a história mostram, que face a Espanha, por exemplo, e os gráficos não mentem, nessa época estivemos bem. O descambanço, e a comparação natural é com Espanha, começa com o Eng. Guterres, onde perdemos fatalmente o comboio. Não ver isto é de tal modo grosseiro que dispensa mais comentários. De mais a mais as declarações patéticas de Pedro Adão e Silva tem que ser contextualizadas, mais que um ataque a Cavaco não passam de um ulular de alegria por não ter que gramar Guterres como candidato presidencial.

Publicado por Manuel 18:40:00  

14 Comments:

  1. Anónimo said...
    Meu caro Manuel

    Mais uma vez algo que dá gosto lêr e comentar.

    Vamos a isto.

    Como o seu texto é muito grande, irei concentrar-me essencialmente nas considerações que faz da governação Cavaco.

    Quanto aos vencimentos dos politicos, no essêncial não posso estar mais de acordo consigo.
    É evidente que para recrutar pessoas de grande qualidade para o Banco e Portugal, por exemplo, e face ao que
    a concorrência privada oferece, algo tem que ser oferecido. Mas isto, o bom povo portuga não quer saber.
    Futebol e demagogia, e vamos embora !

    Quanto à governação Cavaco.

    Se não fosse trágico, até achava divertida a forma como se pretende defender a governação do "betâo".

    A questão é que Cavaco se enganou, de uma forma trágica, na escolha dos grandes objectivos para a sua governação. Já por essa Europa fora (Irlanda, Finlândia, Suécia, Espanha (menos que os outros) e alguns mais, tinham entendido que o grande desafio que se colocava era o da educação, mas educação a todos os niveis, educação académica, educação civica, educação ambiental, enfim, educação transversal à sociedade.

    E Cavaco ou não percebeu ou escolheu a via mais fácil: deixar tudo como estava e vamos construir umas auto-estradas que isto enche o olho e dá votos, e mudar a educação dá muito trabalho, muitas arrelias, e além disso ainda se perde votos !

    E Cavaco tinha maioria absoluta, só dependia dele !

    Portanto, aquilo que Socrates quer fazer agora (não sei se bem se mal, mas isso será outra conversa) aparece com 15 anos de atrazo, meu caro Manuel, e 15 anos pagam-se muito, mas mesmo muito caro !

    Para finalizar, a sua afirmação de que Portugal conheceu nessa altura um "desenvolvimento sustentado impar na nossa história", os factos falam por si.

    Se tivesse havido desenvolvimento sustentado não havia o atrazo tecnológico que hoje conhecemos, as nossas empresas seriam outras, e decerto muito mais competitivas, além de que as intervenções neste e noutros blogues não seriam tão rascas, e as pessoas em lugar de se insultarem umas às outras procuravam discutir ideias ou "blogar" de forma divertida e inteligente, e não da maneira caceteira a que assistimos.

    Muito mais haveria a acrescentar, mas a boa educação manda que não devemos abusar da boa vontade dos donos da casa.

    Nota: Estou cheio de curiosidade de verificar o número de comentários que esta sua intervenção vai ter.
    josé said...
    Ok!Vamos lá a isto.

    Cavaco?! Educação?
    Ninguém pode dar o que não tem. No caso de Cavaco a sua personalidade levou-o a escolher os ministros que entendeu.
    Na Educação estiveram lá vários ministros, geralmente da área das ciências.
    Aponto os nomes:
    Roberto Carneiro é licenciado em Engenharia Química e acumulou cursos de formação na área da educação ! Foi ministro da dita entre 1987 e 1991, perfazendo a legislatura e é professor na UC.

    Antes dele, outro licenciado em Eng. Química, J. J. Fraústo da Silva, também foi o ministro da educação, entre 1982-83 e entre 1968 e 1973, foi presidente do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Educação. Veiga Simão, ministro da Educação no antigo regime, é formado em Física. Em 1978, mandou no Ministério da Educação, Carlos Lloyd Braga, eng. Químico. Antes de Vítor Pereira Cresco, engº químico, mandar, entre 1980 e 1982, estiveram lá, Valente de Oliveira e Veiga da Cunha, engenheiros. A seguir, em 1982, esteve lá Fraústo da Silva, eng.º químico e depois veio Diamantino Durão, catedrático de engenharia no Técnico.

    Só em 1993, até 1995, esteve lá um letrado - o falecido José Augusto Seabra, tendo sido substituido por João de Deus Pinheiro, eng.º químico! De 1992 a 1995, ocaso do cavaquismo, a batuta pertenceu ao engº Couto dos Santos e à inefável Ferreira Leite, versada em economia. Desde essa altura e até 1999, a pasta foi carregada pelo engº mecânico Marçal Grilo que fez a legislatura, sendo aliás o único, a par de Roberto Carneiro, antes dele, a cumprir a tarefa até ao fim e por isso a ter toda a margem de manobra para as mudanças.

    Cavaco perguntado uma vez sobre o número de cantos dos Lusíadas embatucou. Outea vez, confundiu Tomás More com já não sei quem.

    A educação e a cultura, no seio de um governo, nos anos oitenta poderiam ter feito toda a diferença.

    Não fizeram e parece-me que é esse o preço que estamos a pagar.

    Claro, há ainda hoje muita gente que ouve o prof. Cavaco e continua a achá-lo o último génio de Portugal. Por causa daquele ar conspícuo e de rictus mandibular impossível, certamente.
    A mim, assusta-me.
    josé said...
    O postal original continha o erro e continua lá, o sacana:
    O falecido José Augusto Seabra, foi ministro de Junho de 1983 a Fevereiro de 1985 e não dez anos depois.
    Carlos said...
    O seu a seu dono.

    Em primeiro lugar subscrevo em grande medida o comentário inicial sobre os ordenados dos políticos. E deixem-me acrescentar que contráriamente ao que se afirma os ordenados do sector privado (e o respectivo desempenho) estão longe de constituir um exemplo de rigor e exgência. Aliás os 8000 EUR do Prof. Campos e Cunha são uma gota de água ao lado dos ordenados da administração do BCP fica ainda uma diferença enorme (e não consta que os administradores do BCP tenham sido severamente penalizados pela "underperformance" das acções quando a cotação desceu para menos de metade do cotação anterior. Outro exemplo: Eng. Talone arquitecto da restruturação do sector de energia, justamente chumbado pelas autoridades de concorrência em Bruxelas, recebe cerca de 750 mil EUR por ano.

    Uma nota a um dos comentários: dizer de Roberto Carneiro que "acumulou cursos de formação na área da educação" é uma forma muito pouco rigorosa de apresentar as coisas. Goste-se ou não do trabalho que realizou no governo, Roberto Carneiro licenciou-se em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico, concluiu estudos de pós-graduação em Desenvolvimento Curricular (Reino Unido) e de mestrado em Economia da Educação (Reino Unido) e Planeamento da Educação (França), sendo ainda Doutor Honorário em Ciências da Educação e Presentation Fellow do King’s College (Universidade de Londres).

    Foi ainda consultor de várias organizações internacionais (Banco Mundial, UNESCO, OCDE) precisamente aquelas que se invocam para referir a baixa qualidade do nosso ensino.
    Carlos said...
    Errata ...

    A frase acima deve ler-se:
    Os 8000 EUR do Prof. Campos e Cunha são uma gota de água, por exemplo, ao lado dos ordenados da administração do BCP, que aliás não consta que tenham sido severamente penalizada pela "underperformance" das acções quando a cotação desceu para menos de metade do cotação anterior.
    PPM said...
    Grande poste, Manuel. Finalmente, consigo estar totalmente de acordo contigo, tanto no que diz respeito à Europa como no que escreves sobre os vencimentos dos políticos.

    Parabéns e um abraço,

    PPM
    josé said...
    Segundo o António Caldeira do Portugal Profundo, o presidente do FED, Alan Greenspan, ganha 180 mil dólares por ano, em salários!

    Aqui, um Talone ganha mais porque a tarefa se calhar é bem mais difícil.

    Brecht dizia: "Como é difícil governar!" Eu, nestes casos digo: como tem sido fácil governarem-se!

    Quanto ao senhor Roberto Carneiro, a obra fala por ele: basta ver o sistema de ensino que nos legou!
    Não foi só ele, é bem certo. Mas que se lhe deve uma fatia importantíssima, lá isso...

    COmo também dizia um inglês: pode enganar-se muita gente durante algum tempo; não pode enganar-se toda a gente o tempo todo!
    Parece-me ser o caso, infelizmente.
    Não basta ter uma voz bem colocada e uma atitude de composição social.
    É preciso saber que vem não dos cursos avulsos mas da sabedoria em aplicar o que se alega ter aprendido.
    A melhor prova da nulidade a que chegamos, neste nível, está no ensino que temos.
    Alguém se atreve a recomendar o modelo a alguém de fora?!
    Responda quem souber.
    Manuel said...
    Maus caros, eu até concordo com tudo o que é dito sobre o Prof. Cavaco só que sejamso justos e intelectualmente honestos. Este país é o que é, e a conjuntura é a que é, e dentro dessas limitações Cavaco foi o melhor, ou se quiserem o menos mau. Aquilo que hoje é apontado ao professor Cavaco como erro estratégico não o é tanto dele mas de todo um país e toda uma geração (de facto em sectores críticos como a educação e a saúde o homem não tinha o mínimo de sensibilidade acabando a socorrer-se das luminárias da altura dando no que deu). Quantos dos ora comentadores ulularam com a louca (iniciada por Deus Pinheiro) "liberalização" do ensino superior privado ? quantos a criticaram ? quantos ?

    A política sendo-o também não é assim tanto unipessoal quanto isso. é fácil dizer-se que Cavaco podia ter feito isto e aquilo, mas a verdade é que no que fez Cavaco fez minimamente bem, o que não se pode dizer de outros que ou também não acertaram em tudo o que é prioritário ou fizeram tudo mal.
    Manuel said...
    Carlos, a fee do Talone é pública ?
    Manuel said...
    Meu caro José, a comparação com a América é perversa e perigosa.

    Na América o sistema funciona. É uma honra servir o Estado, seja na reserva federal seja como Juiz do Supremo. Cá as coisas são o que são. E até o Estado ter o grau de credibilidade e sedução que tem na América e até aqui perto no Reino Unido vai um longo caminho...
    josé said...
    Meu caro Manuel:

    Quanto ao Cavaco, será difícil um entendimento, porque não gosto do estilo; da maneira de falar; de agir, da ignorância crassa nas matérias de humanidades clássicas e que fujam à economias teóricas e aplicadas.
    Em suma, estou a léguas desse tipo de pessoas quando na política.
    Além disso, parece-me um tipo ressentido e de carácter que não recomendo.
    Terá as suas qualidades, uma das quais será a seriedade e honestidade de princípio no que se refere a dinheiros e prebendas. É uma qualidade rara em políticos, mas parece-me real. Mas fico por aí.

    No que se refere á escolha de pessoas, o primeiro governo de Cavaco meteu lá um grupo de pessoas que iam de Silveira Godinho ( actual membro da Administração do Banco de Portugal, salvo erro) até Dias Loureiro, o grande génio das oportunidades económicas neste país.

    Os maiores escãndalos económico-financeiros e a maior roubalheira nem sequer investigada, nos fundos europeus de coesão ocorreu no tempo do Cavaco e com o seu conhecimento.
    Não parece ser segredo para ninguém que o Cavaco entendia que o importante era que os fundos da CEE viessem, sem importar onde seriam aplicados e com que eficácia.

    Para perceber essas coisas, seria preciso que alguém mais culto e sabedor do que um simples professor de Finanças Públicas, por muito competente que seja e que se gabava de ler o Financial Times como se fosse uma folha rara e reservada a uns happy few ( até gozou com isso no Parlamento, acolitado por outra avis rara chamada Braga de Macedo), seria preciso, dizia que alguém com maior capacidade que um pobre diabo como o Cavaco, como lhe chamou Hermano José Saraiva, tivesse tomado conta dos nossos destinos e fosse líder capaz de nos conduzir a um melhor porto sem encalhar o barco como aconteceu.
    E uso a linguagem do mar, porque era essa a imagem que o mesmo utilizava: a de timoneiro; de "homem do leme"!
    Alguns acreditaram nas capacidades do marinheiro como se fosse um lobo do mar quando não passava de um grumete promovido a comodoro em curso acelerado.

    A nossa miséria também é essa.

    A este propósito, recomendo a leitura deste postal de José Adelino Maltez ( mais um...).

    A nossa verdadeira miséria advém da incapacidade de escolhermos os melhores!
    Escolhemos sempre um ersatz, uns arremedos; uns diletantes e andamos nisto há décadas!
    josé said...
    Para que não haja mal entendidos inúteis, quando digo que Cavaco sabia das roubalheiras, refiro apenas que sabia que havia queixas públicas e denúncias de que os fundos não eram bem aplicados. Toda a gente sabia e pressentia, porque vinha denunciado nos jornais.
    Só isso. Não leiam por isso que o Cavaco será co-responsável material nessas roubalheiras, porque não é isso que quis dizer.
    Unknown said...
    os ordenados da banca privada são auportados pelos lucros que gera e a eles são-lhes exigidos resultados ... o banco de portugal é um covil de nomeações de boys, sejam do ps ou do psd e é aviltante que alguém tenha uma reforma após 6 anos, quando a maioria das pessoas tem que trabalhar 36 ou 40 anos ...
    Mais amoral ainda é a acumulação, quando se tem o poder de criar cortes em quem desconta toda uma vida ...
    Os políticos foram durante muitos anos, muito bem pagos quando comparados com o sector privado, porque o sector privado quase que não existia em Portugal, e não foi por isso que eram bons políticos ...
    Aliás, é risível o ataque a Cavaco Silva, apesar das suas discutíveis opções, especialmente quando se olha n anos depois, quando antes dele campearam os incompetentes ...
    Já para não falar de quem lhe sucedeu e tinha uma paixão pela educação e a única coisa que fez foi destruir o pouco que faltava do nosso sistema educativo ...
    Mais ainda é perfeitamente hilariante que meia dúzia de balelas vertidas sobre a capa de um pseudo choque tecnológico seja visto como um "break through" na política portuguesa ...
    Sinceramente, pensava se reste um blog de referência, mas acho que após ler este post, tenho que re-equacionar essa minha avaliação ...
    Carlos said...
    Diz o b "os ordenados da banca privada são auportados pelos lucros que gera e a eles são-lhes exigidos resultados". Será mesmo assim?

    Compare os montantes declarados como remunerações da administração dos bancos e o desempenho dos mesmos (lucros e cotação na bolsa) e verá que há surpresas.

    Isto já sem falar do facto de uma parte destes lucros se deverem não à excelência da gestão mas à possibilidade de beneficiar de situações de discriminação positiva sob pretexto de preservarem os "centros de decisão nacionais".

    Em relação á remuneração do Eng. Talone creio que veio mencionada na versão electrónica do Jornal de Negócios (ou seria do Diário Económico). O valor mencionado era salvo erro 748 mil EUR. Não discuto o montante em si mas está por demonstrar que os valores pagos tenham uma relação clara com o desempenho das empresas que gerem (ao contrário do que se promove por aí).

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