pontos nos íis
quarta-feira, maio 11, 2005
Àparte o humor involuntário, como o causado por ver um porta voz do CDS/PP indignado com alegadas violações do segredo de justiça, os acontecimentos das últimas horas, que metem grandes famílias bancárias, o partidos políticos e o alegado financiamento ilegal destes, grandes empreendimentos imobiliários, assim como o governo no mesmo saco merecem séria e aturada reflexão. E merecem-no porque por uma vez a justiça agiu, num caso que de novo não tem nada.
Basta procurar no google (sobre "sobreiros portucale") para se perceber que na blogosfera, por exemplo, de há muito que o caso era denunciado, em alguns casos de forma bem dramática. Denunciado, há muito, por gente anónima e sem pedigree, logo incapaz de chamar a atenção aos Pachecos Pereira deste mundo, o dos snobs que só lêem coisas de quem lhe interessa, tal devia ser mais do que suficiente para obrigar alguns, poucos, que acham que podem pensar e decidir por muitos, a repensarem seriamente os seus critérios de avaliação e seleção...
Basta pensar no lancinante parecer jurídico (!), pago milionariamente, dado pelo agora MNE, Diogo Freitas do Amaral, (é só ir outra vez ao google), a justificar o interesse público do empreendimento (parecer esse humilhado e deitado ao lixo pelos seus colegas de governo) para nos devermos interregar sobre a lógica da Indústria dos pareceres, que, voraz, consome milhões, assim como da própria estirpe do parecer e do seu autor, em concreto...
Basta pensar que foi o PP o segundo partido que mais gastou na última campanha eleitoral (atrás do PSD e (!) à frente do PS), para logo a seguir, associado ao envolvimento de Abel Pinheiro, registar a inocência. A total e completa inocência e candura...
Basta pensar na banca, e nos 360 graus, à sombra, do banco de regime...
... e era uma vez um país.
Publicado por Manuel 12:13:00
preço do valor de mercado do autor...........
Chama-se a isto a teoria do talho: "o que leio num blogue também o podia ouvir na mercearia"...