pontos nos íis

Àparte o humor involuntário, como o causado por ver um porta voz do CDS/PP indignado com alegadas violações do segredo de justiça, os acontecimentos das últimas horas, que metem grandes famílias bancárias, o partidos políticos e o alegado financiamento ilegal destes, grandes empreendimentos imobiliários, assim como o governo no mesmo saco merecem séria e aturada reflexão. E merecem-no porque por uma vez a justiça agiu, num caso que de novo não tem nada.

Basta procurar no google (sobre "sobreiros portucale") para se perceber que na blogosfera, por exemplo, de há muito que o caso era denunciado, em alguns casos de forma bem dramática. Denunciado, há muito, por gente anónima e sem pedigree, logo incapaz de chamar a atenção aos Pachecos Pereira deste mundo, o dos snobs que só lêem coisas de quem lhe interessa, tal devia ser mais do que suficiente para obrigar alguns, poucos, que acham que podem pensar e decidir por muitos, a repensarem seriamente os seus critérios de avaliação e seleção...

Basta pensar no lancinante parecer jurídico (!), pago milionariamente, dado pelo agora MNE, Diogo Freitas do Amaral, (é só ir outra vez ao google), a justificar o interesse público do empreendimento (parecer esse humilhado e deitado ao lixo pelos seus colegas de governo) para nos devermos interregar sobre a lógica da Indústria dos pareceres, que, voraz, consome milhões, assim como da própria estirpe do parecer e do seu autor, em concreto...

Basta pensar que foi o PP o segundo partido que mais gastou na última campanha eleitoral (atrás do PSD e (!) à frente do PS), para logo a seguir, associado ao envolvimento de Abel Pinheiro, registar a inocência. A total e completa inocência e candura...

Basta pensar na banca, e nos 360 graus, à sombra, do banco de regime...

... e era uma vez um país.

Publicado por Manuel 12:13:00  

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    Pareceres juridicos=tretas, com o
    preço do valor de mercado do autor...........
    António Balbino Caldeira said...
    Nem tinha reparado neste post. Mas eles reparam nos outros. Esquecem-se é de citar.

    Chama-se a isto a teoria do talho: "o que leio num blogue também o podia ouvir na mercearia"...
    Anónimo said...
    Manuel, Manuel, continuas o mesmo de sempre: achas seriamente que foi o CDS quem mais gastou na campanha, ou será que foi o que mais declarou ter gasto. É que há uma grande diferença entre declarações de despesas e de rendimentos, como deverias saber e meditar antes de escrever estes teus textos tão lancinantes....

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