mais uma patetada do nosso presidente
segunda-feira, maio 02, 2005
Segundo o Correio da Manhã o Presidente da República, Jorge Sampaio, sugeriu ontem que os militares da Brigada de Trânsito que fazem patrulhamento em carros descaracterizados não devem andar fardados para melhorar a eficácia da fiscalização. “Tudo à paisana”, pediu Sampaio, depois de uma viagem na auto-estrada do Norte (A1) num BMW todo preto da GNR, no primeiro dia da presidência temática dedicada à sinistralidade rodoviária. Pouco falta para que defenda agentes infiltrados no meio dos condutores, ou a BT abrir uma linha azul, para bufos , pagando-se aos denunciantes uma percentagem da coima...
Jorge Sampaio, que tem motorista e batedores, devia é ser minimamente realista e constatar a má sinalização, o mau estado de conservação e os erros de concepção das estradas, os irreais limites de velocidade do tempo do Américo de Tomás, que ninguém - nem o seu motorista - cumpre, e que são iguais quer chova ou faça bom tempo e não que conclua aquilo que toda a gente sabe, que os veículos sem condutores não andam, e que portanto que estes tem sempre parte da culpa. Obviamente, tal é pedir demasiado a Sampaio.
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Publicado por Manuel 13:18:00
Os comentários do nosso Prezd foram, como habitualmente do género da "não inscrição" de que fala o José Gil.
O nosso Prezd não se inscreve na preocupação séria de tentar perceber as causas concomitantes para os acidentes. O nosso Prezd já terá uma ideia feita que os responsáveis são " os senhores condutores"! Epá! Eu ouvi os comentários do nosso Prezd, no assento de trás do BMW descaracterizado ( um dos muitissimo poucos que a BT tem...)e também ouvi essa dos agentes poderem fiscalizar " à paisana"!
E como iriam eles fiscalizar? Em carros á paisana?!
Tenho uma ideia:
Paguem-lhes, aos agentes descaracerizados da BT, o subsídio correspondente e atribuam-lhes a missão, sempre que forem de viagem para casa; de passeio; ou até na caça habitual, por turnos.
Afinal este nosso Prezd foi o mesmo que disse uma boutade deigna de registo: em Portugal as leis são meras sugestões!
Eu sugeria menos Epás e mais País; mais empenho; mais saber; menos diletância; mais função presidencial digna de sugerir respeito.
Epá...talvez seja pedir demais!
ou "falta (in)formação" sobre o estado da estrada, e os pobres condutores são vítimas de uma sociedade brutal que os força a conduzir de forma desportiva para impressionar o sexo oposto?
Já se aumentou tanta vez a penalização, pena ser mais difícil aumentar a probabilidade de esta ser aplicada...
cumprimentos,
Domingueiro
Defende que deve existir "educação cívica" nas escolas!
Epá! Por exemplo, deveria ser mostrado aos alunos,o vídeo de um outro Prezd a dizem em alta voz: "Ó senhor guarda" Desapareça!"
Ou então, a reportagem sem cortes, de algumas televisões, a algumas das máquinas que transportam os nossos políticos que seguem as sugestões do nosso Prezd...para se ver claramente quem respeita os limites de velocidade nas auto estradas.
E se ensine que a condução deve sempre seguir o modelo daqueles que nos governam- porque são eles que dão o exemplo.
Para tal, deveria organizar-se um Prós e Prós com alguns políticos de nomeada: Paulo Portas; Carvalhas; Guterres; Marques Mendes, para que eles exlicassem à plateia como costumavam fazer sempre que andavam no carro oficial e estavam atrasados.
Percebo que o epá seja irritante, que o lado nacional-porreiro suscite implicação, que se considere que é assumida demasiadas vezes uma postura discutível, mas não quero agora opinar sobre isso (embora também nesta matéria se possa sempre retorquir que o Prezd deva ser o espelho da população, e já passou por lá um que era popular e dizia no estilo irresponsável coisas muito mais graves!)...
Mas não alcanço tanta indignação com a concreta conversa sobre os polícias de trânsito à paisana (no vosso lugar onde gosto de passear e noutros, mesmo de causas diversas)...
É que, ao que suponho, as estradas ainda são públicas pelo que a ausência de aviso de identificação não se confunde com actuações infiltradas, e a autuação ou identificação por um
agente à paisana, ao que suponho, não viole nenhum direito (fundamental ou outro).
Pode discutir-se a falta de pensamento estrutural subjacente a tal comentário... mas este também foi feito no «lugar do morto» de uma viatura em andamento, pelo que num contexto redutor do próprio valor e peso do afirmado (leveza tão típica dos nossos tempos... mesmo nas tribunas de quem está no «leme», veja-se o sr. ministro dos polícias e, com melhor estilo o respectivo chefe).
É que a hipótese dos polícias de trânsito à paisana sendo objecto de análise deve incidir nas virtualidades (ou falta delas) preventivas da respectiva acção, na medida em que não viole direitos dos concretos infractores que assim são detectados.
O que pode merecer uma abordagem racional... sem juízos demasiado centrados no quem defende o quê.
PS- Este comentário é feito sem nenhum azedume pelos comentados, pelo contrário, o assinalar da pontual divergência deriva da apreço pelo estilo e conteúdo da maioria das prosas.