Cada vez gosto mais do Público, a sério, é afinal o retrato fiel das contradições do regime. Ainda ontem tivemos um editorial seco e sorumbático de José Manuel Fernandes sobre as virtualidades do... segredo de justiça, e hoje, lá temos a revelação de que foi encontrada uma minutazita governamental em instalações do BES aquando das últimas pesquisas de campo no âmbito do primeiro round público do Espírito Santo gate.
Alguém devia é explicar áquela malta que estourar com uma manchete daquelas, num dia como hoje, de final europeia do Sporting, é crime, quase tão grande como o abate dos sobreiros. O problema é que crimes destes o Espirito Santo perdoa, pelo menos enquanto a Divina Providência nõa se meter ao barulho.
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Alguém devia é explicar áquela malta que estourar com uma manchete daquelas, num dia como hoje, de final europeia do Sporting, é crime, quase tão grande como o abate dos sobreiros. O problema é que crimes destes o Espirito Santo perdoa, pelo menos enquanto a Divina Providência nõa se meter ao barulho.
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Publicado por Manuel 13:18:00
5 Comments:
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Até eu que já nem compro o Público, por causa dos fascículos do DN, hoje comprei. A manchete merecia melhor destino e só no fim de semana, o Expresso lhe poderia dar o devido uso.
Assim, o tal espírito santo...de orelha que aparentemente é mesmo pobrinho de espírito, deveria ter pensado duas vezes e em vez de oferecer ao Público o bitaite que deste modo sai como pólvora molhada, deveria ter sondado o arquitecto supremo da folha semanal.
Ó, que espirito santo...de orelha! Ó, que garganta funda pindérica!
Uma notícia destas, se for verdadeira, é a prova de um descalabro moral, maior do que a derrocada do título do Público!
É a prova provada da maior moscambilhice e da maior promiscuidade que nem uma barrela de alto a baixo naqueles tipo de políticos poderia alguma vez limpar!
Para complemento desta prova conviria ler a entrevista que Mário Soares dá hoje ao Jornal de Notícias. Está lá toda a podridão de quem se perfuma com...sei lá o quê!
Jose,ainda tera mais razoes para comprar o Publico e o DN no mesmo dia
antonio arnaldo mesquita
ps. o teclado em que trabalho nao permite acentuar as letras....
Por outro lado, o "garganta funda" que anda a passar as informações que estão em estrito segredo de justiça e a violar conscientemente uma regra deontológica, legal e a incorrer abertamente em crime público, é quem no fim de contas vos orienta a oportunidade.
Ou seja, dá-vos a informação quando bem entende.
Assim, só por ingenuidade, o Público pode pensar que não segue o tal princípio da oportunidade. Segue e da pior maneira: a que advém da manipulação de interesses inconfessáveis de terceiros.
Sobre estes interesses, também podemos então especular:
Que interesse tem o MP ou a PJ, enquanto instituições, em divulgar notícias em segredo de justiça?!
Que interesse podem ter, nessa divulgação cirúrgica, um ou outro elemento do MP ou da PJ ou da advocacia( incluindo os dirigentes da ORdem ,pois a comunicação das buscas em escritório de advogados lhe teria que ser obrigatoriamente comunicada) ou dos juizes do TIC ou dos funcionários que os coadjuvam a todos eles?!
Aí, a resposta fia mais fino e só encontro uma que pouco ou nada tem a ver com o interesse filantrópico na descoberta da verdade: é o interesse policamente rasteiro em secar e abater determinadas pessoas ou instituições, neste caso, à direita do espectro político, mas depois de ler a entrevisa com o M. Soares, ontem, até disto já duvido.
No caso do Nixon, até se compreendia e o divulgador das matérias - o tal "garganta funda" de que ainda não se conhece a identidade- teria um interesse em mostrar a hipocrisia e as manobras baixas de um candidato a presidente dos EUA. Entende-se muito melhor do que este "garganta funda" de trazer por casa e que devia ter vergonha de se mirar ao espelho, de manhã...
Não obstante, reconheco a importância excepcional da informação veiculada pelo Público, ontem e nunca atiraria a primeira pedra ao jornal por a ter publicado. Além do mais, continua a entender que quem viola o segredo de justiça é quem tem o dever de o guardar- e o jornal não tem esse dever estrito ou se o tiver, tem outros acima dele, entre os quais o de informar.
Vital Moreira e outros talvez não concordem com isto, mas neste caso calam-se...