3600
quarta-feira, maio 18, 2005

Um tal de José Júdice, termina uma curiosa prosa de opinião no Portugal Diário assim...

(...) Os ecologistas terão as suas razões para defender os sobreiros contra os campos de golfe, mas uma curiosa «lei da rolha» impede que se diga também que estão a defender o empobrecimento do país e um conceito vagamente salazarista de Portugal - além de estarem ao lado dos patrões da indústria e dos grandes latifundiários.
Não leu isto. Já no Diário Digital, que ainda existe, em editorial questiona-se sofisticada e encapotadamente a opção da TAP pelo Brasil e pela Varig. A ideia será boa, mas os riscos... Não se falou, dava muito nas vistas, foi na tristeza que atravessa alguns, pelo facto do namoro da TAP com a brasileira Varig a espiritosantissima Portugália ficar de fora. Um detalhe.

Tudo porque em Portugal existe há décadas uma curiosa «lei da rolha» que impede que uma certa, e auto-proclamada, inteligentzia diga mal, ou sequer critique, quem está na mó de cima. O respeitinho pelos patrões é muito bonito, e para estes, e muitos dos seus súbditos, para todos os efeitos Portugal ainda é uma sociedade feudal... É a vida.
.

Publicado por Manuel 11:46:00  

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    3:21 da tarde, maio 18, 2005  
    Resumindo o Judice, è um lacaio
    dos grandes mafiosos e contra a politica salazarista, por isso diz com orgulho que esteve preso 24horas............
    Carlos said...
    9:56 da tarde, maio 18, 2005  
    Só gostaria de acrescentar o seguinte. Desde a sua constituição há cerca de 14 anos não sei se a Portugália alguma vez conseguiu lucros significativos. Em 2003 e 2004 os prejuízos rondaram os 4 a 5 milhões de Euros e em 2004 o passivo acumulado era estimado em 130 milhões de Euros . Para além de alguns destinos secundários (e.g. Lião, Corunha, Bolonha, Bilbau, Málaga) concorre com a TAP nalguns destinos Europeus. A pergunta é: qual o valor acrescentado para a TAP duma eventual aquisição/fusão com a Portugália?

    Todavia várias notícias vieram a público sobre o interesse declarado do GES numa "entrada no capital da TAP, por via da integração da PGA". Fica por demonstrar a origem dos anunciados 50 milhões de Euros de economias associadas às sinergias entre as duas empresas.
    Carlos said...
    10:02 da tarde, maio 18, 2005  
    Uma nota ainda para referir o óbvio. Esta eventual aquisição da Portugália pela TAP viria a reforçar a posição dominante desta última no mercado nacional. Se bem se recordam esta foi a razão (óbvia) invocada pela Comissão para rejeitar a proposta de reestruturação do sector eléctrico apadrinhada pelo ministro Carlos Tavares (a demonstração de que uma carreira bem sucedida no sector privado não é necessáriamente garantia de competência na gestão do Ministério da Economia).

Post a Comment



Subscrever: Enviar feedback (Atom)