A crise da água em Bélem...

Estejam descansados que os serviços do nosso presidente da república não se "esqueceram" de pagar qualquer factura de um qualquer serviço.

O nosso presidente anda preocupado. Já dorme melhor desde o dia 20 de Fevereiro, mas apesar de ainda não ter falado ao país sobre esse acontecimento de dia 20, hoje decidiu entrar pelo campo da água e da grave crise, que, verdade seja dita, apenas, o agora proscrito, Luís Nobre Guedes teve coragem de em Outubro de 2004 a antever.

A causa do problema não é de ninguém mas é de todos. Como sempre o nosso presidente da república deixou-nos estas sábias palavras, para que nos orientemos daqui para a frente...

Quero sobretudo fazer um apelo para que esta questão da água, quer para a agricultura quer para o consumo humano, seja um tema nacional, permanente e relevante, do qual não nos podemos abstrair

Ora, nada de diferente dos seus vagos e inconclusivos discursos do passado. Até numa matéria onde qualquer sabe onde começar a poupar água o nosso presidente tem dúvidas de tomar uma posição, não vá alguma companhia da água levar a mal, ou ser acusado de interferir na bilionária privatização das Águas de Portugal que aí vem...

De uma forma mais arrojada, deixo aqui alguns conselhos para pouparmos água...
  • Os nossos autoclismos gastam em cada descarga, cerca de 6 litros de água. Colocar uma garrafa de litro e meio cheia de areia dentro do autoclismo por exemplo, reduz a capacidade de armazenamento do autoclismo, sem colocar em causa a higiene da descarga. Tendo em conta que um agregado familiar de 4 pessoas fará entre 4 a 12 descargas por dia, é fácil observar a poupança de água.
  • Efectuar a higiene diária sem ter a torneira da água aberta.
  • Eliminar a rega de jardins como a de Bélem é efectuada diariamente.

Depois, pensar porque razão os jardins da cidade de Lisboa são regados com água de Castelo de Bode, e não com a água da chuva que escoa pelos caneiros directamente para o Tejo, sem ter qualquer aproveitamento é uma questão que deveria colocar muita gente a pensar.

É mais fácil pensar em tarifas diferenciadas e obviamente mais caras, para níveis mais caros de consumo.

Publicado por António Duarte 15:04:00  

6 Comments:

  1. Anónimo said...
    Tendo em vista a quantidade de água que o nosso P R meteu, não admira que só agora, em fim de mandato, se coloque o problema da sua escassez...
    Anónimo said...
    Ver o PR a falar da água lembrei-me disto http://www.instituteforstrategicclarity.org/
    diógenes
    Anónimo said...
    Quanto a Lisboa, há quem esteja a tratar disso... sem alarde
    Luís Bonifácio said...
    Mais umas dicas:
    Usar a água das ETAR municipais para rega, sobretudo de campos de golfe algarvio.

    Foi bom ouvir pela ultima vez o presidente de todos os socialistas, pois vai voltar a ser mudo, assim que empossar o governo.
    Anónimo said...
    Depois das declarações do PR, só é de lamentar que na Calçada da Ajuda, mesmo à porta da Presidência da República, há mais de um ano corra água limpa de um buraco que por lá se abriu, sem que a EPAL, a CML ou a própria PR façam alguma coisa, a não ser ter tapado o buraco com uma tábua depois de lá ter caído um cão!
    Pois é a crise da água também parece ter chegado a Belém...
    Anónimo said...
    O nosso PR mais uma vez a mostrar que vê os problemas com preocupação. Ele é oportuno no diagnóstico e no apelo aos portugueses.Só não sei por que razão ainda não decidiu dissolver a atmosfera e abrir eleições siderais para que as nuvens possam decidir democraticamente qual delas deve chover em Portugal. De uma vez por todas, parafraseando ACSilva, as boas nuvens devem expulsar as más nuvens da nossa atmosfera. Jorge Sampaio para «Deus ex-machina», já!

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