Casa da Música (I)

Depois do CCB, em Lisboa, também criticado na altura e hoje colocado nos píncaros, a Casa da Música [Porto] é o único equipamento cultural de dimensão internacional que o País construiu nos últimos quase 20 anos, o que muito diz sobre nossa dimensão existencial, se nos compararmos neste tipo de investimento com o resto dos países da União Europeia. Para isso, e já que do ponto de vista da participação e envolvimento cívico o falhanço foi em toda a linha, contribuiu a grandiosidade do projecto de Rem Koolhaas, o investimento central de cem milhões de euros - e o empenho de algumas (poucas) personalidades em momentos essenciais e dais quais destaco: pela concepção global - Pedro Burmester; pelo impulso político - Manuel Maria Carrilho (ex-ministro); e pela visão estratégica e organizacional no traçar das linhas gerais da sua sustentabilidade - Manuel Alves Monteiro (ex-administrador da Porto 2001, sa). É verdade que a primeira e a última se tornaram incompatíveis mas, como em tudo na vida, cada macaco no seu galho.

Publicado por contra-baixo 11:41:00  

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