A propósito
quinta-feira, fevereiro 10, 2005
Não tenho por hábito opinar sobre o valor pago pelo trabalho dos outros, pois, independentemente da verificação das condicionantes que contribuem para a sua fixação, este, em última análise, valerá sempre aquilo que se está disposto a pagar ou a receber por ele. Também não me perturba saber que se paga 25.000€ a um cromo Victoria para, com a sua lovely wife, passar 5 horas a animar com a sua presença (e só com ela) um arraial de Carnaval algures a Norte do País.
Agora, incomoda-me bastante verificar que os organizadores e os consumidores deste tipo de eventos são os primeiros a discutir o exagero dos 4,5€/h pagos à mulher-a-dias; o contributo do valor do ordenado mínimo nacional para a falta de competitividade da economia portuguesa; os 35€ pagos ao médico por uma consulta de rotina; os +/- 4000€ pagos a um ministro de um governo; ou, imagine-se, os +/- 1750 €/mês pagos pelo Estado a um profissional que, antes de iniciar a carreira, tem atrás de si, no mínimo,15 intensos anos de estudos.
É que, sem moralidade, isto também não vai lá.
É que, sem moralidade, isto também não vai lá.
Publicado por contra-baixo 13:53:00
1 Comment:
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É que eu não tenho visto muita TV...
Quanto ao conteúdo do post, concordo na essência!
o net pulha