Ecumenismo

A plácida morte da Irmã Lúcia aos 97 anos deve-nos convidar a uma profunda reflexão interior, aberta a crentes, agnósticos e ateus. A longevidade não se alcança sacudindo os idosos para as inóspitas urgências dos hospitais mal desfraldam um espirro ou uma febre, mas confiando numa assistência familiar e médica próxima, contínua e capaz, que não receie reintroduzir a morte no ciclo natural da vida.

Publicado por Nino 20:09:00  

2 Comments:

  1. Anónimo said...
    Ó amigo, por favor, deixemo-nos de lérias. as teorias são giras, politicamente correctas e tudo mais. Não sei qual é a sua profissão mas, se for magistrado, sai e entra quando quer, faz os seus próprios horários. se é apenas um reles funcionário público como eu, vai-se contentando em ver os pais, como faço aos meus, extremamente doentes, por sinal, aos fins de semana. é que a lei é gira e repito, politicamente correcta, mas não deixa que os filhos tomem conta dos pais doentes. têm de trabalhar, cumprir horário - mesmo que se disponibilizem a trabalhar fora do horário mas de forma a compensar a ausência - e ainda ouvir do chefe que se vai levá-los à consulta, traz a justificação. Mas há mais: a lei também permite que se metam 15 dias por ano de atestado que são descontados nos 30 a que o funcionário tem direito. Ó que lei generosa.e depois vêm para tv dizer que se deve proteger a 3ª idade, e não encafuar os velhotes num lar ou centro de dia. Líricos e hipócritas.
    gabriela arez
    ABS said...
    A amargura da Gabriela compreende-se, mas aponta para a pista errada. Não é a dar férias aos filhos que se resolve o problema dos idosos. Nem os filhos têm preparação para isso, nem quereriam, nem conseguiriam ser eles a prestar os cuidados necessários 24/24 horas, sete dias por semana.
    A solução passa, como acontece em países civilizados, pelo apoio domiciliário por profissionais, pela manutenção da máxima autonomia possível do idoso, pela eliminação ou minoração das barreiras arquitectónicas... enfim, por um conjunto de medidas que preservem a dignidade humana até aos momentos finais. Isto não é lirismo, isto não é hipocrisia, isto é uma realidade existente em países civilizados. Resta saber se seremos civilizados a esse ponto.

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