Vai por aí uma grande algazarra, agora, sobre os perigos do populismo. Primeiro foi Miguel Veiga, maniqueista, no Expresso, no que foi seguido por um hiperbólico Rui Rio, que não resisstiu a responder, sem responder, às boutades do seu Presidente, o Dr. Lopes, na condecoração do FCP. Ironicamente é populista falar agora do populismo. Populista e demagógico. Porque nos tempos que correm os problemas são todos menos de populismo. Mais, não é, nem pode ser, imperativo que uma governação séria, rigorosa e eficaz tenha de ser feita, porque "não populista", nas costas dos cidadãos. O que é preciso, só e apenas, é falar claro, explicar, sem tibiezas, e com firmeza, o estado das coisas e o que se pretende fazer para as melhorar. Os portugueses não são parvos, já em tempos longincuos o Prof. Cavaco aumentou os combustiveis, em vésperas de eleições, e nem por isso, os portugueses deixaram de confiar nele. É claro que não basta pedir sacríficios, é preciso dar o exemplo. E exemplos como o do périplo de fim de semana do ministro Morais Sarmento, que incluiram a requisição de um Falcon e um dia de férias numa estância de luxo, não ajudam à festa.
Publicado por Manuel 21:22:00