Síntese Económica de Conjuntura - Dezembro 2004


A informação sobre os principais parceiros comerciais de Portugal continua a revelar sinais de fragilidade na retoma internacional.

No plano interno, o indicador de clima económico agravou-se em Dezembro mas o indicador de actividade recuperou em Novembro, invertendo o movimento dos cinco meses precedentes.

O consumo privado desacelerou ligeiramente devido à evolução menos positiva do consumo corrente, enquanto o de bens duradouros apresentou um ritmo mais intenso de crescimento.

A confiança dos consumidores sofreu um novo retrocesso em Dezembro, afastando-se ainda mais do nível máximo de 2004, alcançado em Agosto. O indicador sobre o investimento recuperou ligeiramente em Dezembro, o que se ficou a dever à evolução positiva do material de transporte e das máquinas e equipamentos. Os dados sobre o comércio externo até Outubro apresentaram acelerações em ambos os fluxos, tendo aumentado o diferencial entre o ritmo de crescimento das importações e o das exportações.

No mercado de trabalho registou-se um agravamento da maioria dos indicadores disponíveis, exceptuando apenas as expectativas de evolução do emprego.

Em Dezembro a inflação estabilizou em 2,5%, registando-se movimentos inversos nas suas componentes, tendo a de bens acelerado 0,1 pontos percentuais (p.p.) e a de serviços abrandado 0,2 p.p.. A inflação subjacente manteve-se em 1,5%.

in INE

Publicado por Rui MCB 13:23:00  

13 Comments:

  1. Anónimo said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    Anónimo said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    António Duarte said...
    È engraçado...

    Não sei se estes anónimos são os mesmos doutos que de vez em quando por aqui andam...

    Eu que tantas vezes ouvi pelos seus escritos que o consumo privado era uma óptima forma da economia crescer, e que eu estava com estados de alma ,por afirmar que a economia crescer à custa do consumo privado era uma das piores formas de promover o seu crescimento, tive o prazer de ler aqui no comentário acima...

    "Abrandamento do consumo interno. O que é muito saudável para a nossa economia"

    Se este anónimo pertencer a classe dos Doutos...hoje ganhei o dia e da parte da tarde até me sinto com vontade de ir ali a zona j de chelas lançar uma cidade legislativa.
    Anónimo said...
    "É a economia, estúpido!"

    "O consumo privado desacelerou ligeiramente devido à evolução menos positiva do consumo corrente, enquanto o de bens duradouros apresentou um ritmo mais intenso de crescimento. A confiança dos consumidores sofreu um novo retrocesso em Dezembro, afastando-se ainda mais do nível máximo de 2004, alcançado em Agosto. O indicador sobre o investimento recuperou ligeiramente em Dezembro, o que se ficou a dever à evolução positiva do material de transporte e das máquinas e equipamentos."

    Alguns factos a registar:

    Abrandamento do consumo interno. O que é muito saudável para a nossa economia;

    Investimento a acelerar. O que é deveras importante.

    Agora com o comportamento do euro a ajudar a dinamizar as exportações, a nossa retoma está a atingir um padrão de comportamento muito mais saudável do que se passou em 2004.

    Pena é que os analistas políticos usem a capa de analistas económicos para as suas campanhas políticas pessoais.

    "É a economia, estúpido!"

    PS Este padrão da retoma tem muitas semelhanças com a de 93 a 97, não tem?
    António Duarte said...
    Lamentavelmente o primeiro comentário foi apagado por erro.

    Esta desde já reposto. Ao anónimo visado as nossas desculpas...
    Anónimo said...
    Caro Dr. António, pior que não saber ler, é ler bem mas manipular e mentir sobre o que os seus adversários de prosa escrevem e dizem.

    "Eu que tantas vezes ouvi pelos seus escritos que o consumo privado era uma óptima forma da economia crescer, e que eu estava com estados de alma ,por afirmar que a economia crescer à custa do consumo privado era uma das piores formas de promover o seu crescimento, tive o prazer de ler aqui no comentário acima..."

    O dr. António, se é sério, demonstre que alguma vez nós dissemos que o consumo privado era uma óptima forma da economia crescer.

    Prove o que afirma ou terei que o considerar uma pessoa com mau perder e sem uma ponta de honestidade intelectual.

    O dr. António não ponha na boca dos seus adversários aquilo que nunca nós defendemos. Se sabe ler, procure nos arquivos aquilo que nós escrevemos e mostre que alguma vez defendemos essa ideia. Não seja parvo e não faça dos seus adversários de debate parvos.

    Relembrando o que escrevemos:

    "Ou seja, o sr. culpa o actual Primeiro-Ministro, e demais membros do governo, de serem os responsáveis pelo “mau” comportamento económico do ano 2004. Diga-me dr. António, é possível assacar responsabilidades politicas à actual equipa à frente dos destinos de Portugal? Seja honesto e sincero. É possível?

    Claro que não. Esta equipa ainda nem sequer teve tempo para fazer sentir as suas mudanças no actual comportamento económico da nossa sociedade. Portanto, ou deveria antes criticar a dra. Manuela Ferreira Leite, ou deveria ter mais cautela nas acintosas afirmações que faz. Repisamos. O seu ódio ao dr. Pedro Santana Lopes fez-lhe perder a cabeça e o discernimento."

    "Onde o dr. António vê uma retoma económica a caminho do desastre, nós vemos uma retoma económica pouco saudável, mas melhor do que o dr. e outros como o sr. dr. analisam a actual retoma. Basta ler o que escreve o seu colega dr. Rui MCB.

    A actual retoma económica, expurgando o efeito anómalo do evento Euro 2004, está a ter um comportamento muito melhor do que o destacado pelos analistas políticos, vestidos de analistas económicos. Não é o próprio Banco de Portugal que destaca o excepcional comportamento do investimento, com excepção do sector imobiliário? Já leu o Relatório do Banco de Portugal? E no sector habitacional, não existem centenas de milhares de casas devolutas? Logo, este comportamento do investimento imobiliário é saudável, para absorver capacidade instalada e “limpar” stocks de residências. Os próprios agentes económicos têm uma racionalidade que falta a muitos analistas, não é verdade?

    Mas o investimento em máquinas e produtos metálicos não irá subir entre 6 a 10%, em 2004, segundo o Banco de Portugal? E não é uma componente importante para a sustentabilidade da actual retoma económica? E as exportações não subiram cerca de 8%, no segundo trimestre? Apesar do forte arrefecimento do nosso mercado externo?

    E a procura interna não pode estar a ser empolada pelos gastos dos não residentes, que deixaram de utilizar notas e moedas em escudos? Não é o próprio Banco de Portugal que diz existirem “anomalias” e que a análise estatística deve ser mais cautelosa? E até prevê que o consumo interno volte a um padrão de comportamento mais saudável?

    Onde está a contradição, dr. António? Nossa ou sua? Não haverá um ódio especial pelo dr. Pedro Santana Lopes, quando diz que estão lá postos irresponsavelmente? E que chega a atribuir as culpas do tal desastre económico de 2004?"

    Dr. António, leia mais e medite ainda mais. E seja sério e não abuse da paciência dos seus leitores.

    É por estima que gostamos de esgrimir argumentos consigo. Mas porque, até hoje, o julgavamos sério e honesto. Pelos vistos, podemos estar enganados.

    Repetimos aquilo que dizemos há mais de um ano. Aqui e noutros lugares. A nossa retoma económica é menos saudável que o desejável, mas é melhor do que afirmam os politiqueiros. E só não é mais saudável por causa de dois factores, que nada podemos fazer contra eles. A forte subida do euro (que penaliza as exportações europeias) e o preço do petróleo, que desvia consumo de um determinado tipo de produção para as gasolineiras.

    Se o dr. António fosse coerente, como nós o temos sido, não teria sido contrariado desta forma. Mas as coisas são como são.

    Sabe uma coisa, dr. António? O dr., como a generalidade dos agentes ecoómicos, fruto de estados-de-alma ou simples interesse partidário, têm uma má percepção da própria realidade económica, como demonstra o gráfico publicado pelo INE. E isso é fatal no mundo dos investimentos. Dedique-se antes a outras actividades, pois análise económica não é para si.

    Cada qual é para o que nasce, não é?

    Tenha uma boa tarde, caro dr. António.
    António Duarte said...
    Caros Anónimos...

    Em primeiro lugar um pouco de sentido de humor, não deve levar ninguem a tomar atitude tão drastica como a vossa.

    Por ter escrito aqui que a economia crescia em portugal à custa do consumo privado em vez de o fazer à custa das exportações, e concluindo que tal não era a melhor forma de escrever, levou-vos a que criticassem a minha escrita.

    Certo ou errado ?

    Obviamente que a descida no consumo privado é saudável para a nossa economia, sobretudo porque indicia uma contenção no consumo e no endidividamento também.

    Tenho no entanto sérias dúvidas quanto ao comportamento expectável das exportações, exactamente pelos argumentos que referem, apesar do euro perder terreno e do petroleo estar a retomar a valores "normais", não creio que portugal que vem registando niveis de produção industrial constantemente negativos, consiga acrescentar competitividade.

    De qualquer forma, ao menos na crítica que fiz a politica do Engº Socrates , reparo que da vossa parte nem uma critica....é um bom sinal.
    António Duarte said...
    De qualquer forma estou disponivel para nos sentarmos à mesa de um qualquer estabelecimento comercial e sem qualquer tipo de mediatismos associados, para discutirmos para onde caminha a economia portuguesa.
    Anónimo said...
    O dr. António que nos perdoe, mas há brincadeiras e brincadeiras.

    Quanto a nos sentarmos para beber um copo e discutirmos o Quo Vadis da nossa economia, não é por termos algo contra si, ou contra alguém em especial, mas não o fazemos, porque preservamos o nosso "low profile". Portanto, não julgue que é por o desmerecer. Até o merece, mas essa não é nossa forma de estar e preservamos o máximo possível a nossa discrição e recato.

    Quanto á sua crítica ao que pensa o sr. eng. Sócrates, como compreende, não nos interessa análise política, nesta discussão. Até porque, retirando o tal "choque tecnológico", que o considero um profundo disparate, o que sobra ao pensamento económico do eng. Sócrates? Portanto, não podemos criticar o que não existe, não é?

    No tocante à nossa retoma, reafirmo o seguinte. Portugal necessita de mais profundas reformas estrturais. Quer do lado macro, quer do lado micro. Mas esta retoma segue o seu ritmo. Poderia ser melhor, este padrão de comportamento? Podia. Mas como o dr. reconhece, foram anos e anos que o sector produtivo e empresarial foi votado ao abandono, por parte das autoridades públicas. Escusado será dizer que PM foi responsável, não é?

    E não é em 2 anos, muito menos numa conjuntura de tal ordem adversa, que mudamos o nosso modelo de senvolvimento. Reafirmamos o que já dissemos. O dr. Carlos Tavares teve uma actividade meritória, mas que necessita de ser aprofundada e estendida para todos os sectores económicos e outros mercados mais exigentes.

    Agora se o próximo governo que aí vem o fará, ou não, não o sabemos. O actual titular, o eng. Alvaro Barreto, parece apostado em aprofundar o trabalho do dr. Carlos Tavares. Mas tudo é uma incógnita, pois nem sequer sabemos se o actual PM manterá o actual ministro.

    Esperemos ter esclarecido o dr. António sobre as nossas posições.
    Anónimo said...
    O dr. António que nos perdoe, mas há brincadeiras e brincadeiras.

    Quanto a nos sentarmos para beber um copo e discutirmos o Quo Vadis da nossa economia, não é por termos algo contra si, ou contra alguém em especial, mas não o fazemos, porque preservamos o nosso "low profile". Portanto, não julgue que é por o desmerecer. Até o merece, mas essa não é nossa forma de estar e preservamos o máximo possível a nossa discrição e recato.

    Quanto á sua crítica ao que pensa o sr. eng. Sócrates, como compreende, não nos interessa análise política, nesta discussão. Até porque, retirando o tal "choque tecnológico", que o considero um profundo disparate, o que sobra ao pensamento económico do eng. Sócrates? Portanto, não podemos criticar o que não existe, não é?

    No tocante à nossa retoma, reafirmo o seguinte. Portugal necessita de mais profundas reformas estrturais. Quer do lado macro, quer do lado micro. Mas esta retoma segue o seu ritmo. Poderia ser melhor, este padrão de comportamento? Podia. Mas como o dr. reconhece, foram anos e anos que o sector produtivo e empresarial foi votado ao abandono, por parte das autoridades públicas. Escusado será dizer que PM foi responsável, não é?

    E não é em 2 anos, muito menos numa conjuntura de tal ordem adversa, que mudamos o nosso modelo de senvolvimento. Reafirmamos o que já dissemos. O dr. Carlos Tavares teve uma actividade meritória, mas que necessita de ser aprofundada e estendida para todos os sectores económicos e outros mercados mais exigentes.

    Agora se o próximo governo que aí vem o fará, ou não, não o sabemos. O actual titular, o eng. Alvaro Barreto, parece apostado em aprofundar o trabalho do dr. Carlos Tavares. Mas tudo é uma incógnita, pois nem sequer sabemos se o actual PM manterá o actual ministro.

    Esperemos ter esclarecido o dr. António sobre as nossas posições.
    Anónimo said...
    O dr. António que nos perdoe, mas há brincadeiras e brincadeiras.

    Quanto a nos sentarmos para beber um copo e discutirmos o Quo Vadis da nossa economia, não é por termos algo contra si, ou contra alguém em especial, mas não o fazemos, porque preservamos o nosso "low profile". Portanto, não julgue que é por o desmerecer. Até o merece, mas essa não é nossa forma de estar e preservamos o máximo possível a nossa discrição e recato.

    Quanto á sua crítica ao que pensa o sr. eng. Sócrates, como compreende, não nos interessa análise política, nesta discussão. Até porque, retirando o tal "choque tecnológico", que o considero um profundo disparate, o que sobra ao pensamento económico do eng. Sócrates? Portanto, não podemos criticar o que não existe, não é?

    No tocante à nossa retoma, reafirmo o seguinte. Portugal necessita de mais profundas reformas estrturais. Quer do lado macro, quer do lado micro. Mas esta retoma segue o seu ritmo. Poderia ser melhor, este padrão de comportamento? Podia. Mas como o dr. reconhece, foram anos e anos que o sector produtivo e empresarial foi votado ao abandono, por parte das autoridades públicas. Escusado será dizer que PM foi responsável, não é?

    E não é em 2 anos, muito menos numa conjuntura de tal ordem adversa, que mudamos o nosso modelo de senvolvimento. Reafirmamos o que já dissemos. O dr. Carlos Tavares teve uma actividade meritória, mas que necessita de ser aprofundada e estendida para todos os sectores económicos e outros mercados mais exigentes.

    Agora se o próximo governo que aí vem o fará, ou não, não o sabemos. O actual titular, o eng. Alvaro Barreto, parece apostado em aprofundar o trabalho do dr. Carlos Tavares. Mas tudo é uma incógnita, pois nem sequer sabemos se o actual PM manterá o actual ministro.

    Esperemos ter esclarecido o dr. António sobre as nossas posições.

    PS Esperemos que a mensagem não esteja a ser repetida, pois estamos a ter dificuldades em meter a mensagem. Pelo sucedido, pedimos as nossas humildes desculpas, aos responsáveis do blogue e aos nossos leitores.
    Anónimo said...
    O dr. António que nos perdoe, mas há brincadeiras e brincadeiras.

    Quanto a nos sentarmos para beber um copo e discutirmos o Quo Vadis da nossa economia, não é por termos algo contra si, ou contra alguém em especial, mas não o fazemos, porque preservamos o nosso "low profile". Portanto, não julgue que é por o desmerecer. Até o merece, mas essa não é nossa forma de estar e preservamos o máximo possível a nossa discrição e recato.

    Quanto á sua crítica ao que pensa o sr. eng. Sócrates, como compreende, não nos interessa análise política, nesta discussão. Até porque, retirando o tal "choque tecnológico", que o considero um profundo disparate, o que sobra ao pensamento económico do eng. Sócrates? Portanto, não podemos criticar o que não existe, não é?

    No tocante à nossa retoma, reafirmo o seguinte. Portugal necessita de mais profundas reformas estrturais. Quer do lado macro, quer do lado micro. Mas esta retoma segue o seu ritmo. Poderia ser melhor, este padrão de comportamento? Podia. Mas como o dr. reconhece, foram anos e anos que o sector produtivo e empresarial foi votado ao abandono, por parte das autoridades públicas. Escusado será dizer que PM foi responsável, não é?

    E não é em 2 anos, muito menos numa conjuntura de tal ordem adversa, que mudamos o nosso modelo de senvolvimento. Reafirmamos o que já dissemos. O dr. Carlos Tavares teve uma actividade meritória, mas que necessita de ser aprofundada e estendida para todos os sectores económicos e outros mercados mais exigentes.

    Agora se o próximo governo que aí vem o fará, ou não, não o sabemos. O actual titular, o eng. Alvaro Barreto, parece apostado em aprofundar o trabalho do dr. Carlos Tavares. Mas tudo é uma incógnita, pois nem sequer sabemos se o actual PM manterá o actual ministro.

    Esperemos ter esclarecido o dr. António sobre as nossas posições.

    PS Esperemos que a mensagem não esteja a ser repetida, pois estamos a ter dificuldades em meter a mensagem. Pelo sucedido, pedimos as nossas humildes desculpas, aos responsáveis do blogue e aos nossos leitores.
    Rui MCB said...
    Estas voltas e reviravoltas... É sempre muito interessante espreitar os comentários destes resumos das sínteses económicas. Cumprimentos!

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