"Consultor fiscal todo-o-terreno"


A fortuna bateu-lhe à porta quando Oliveira e Costa, o voluntarioso secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, entrou de supetão, fora de horas, nas instalações do IVA e ele ainda por lá andava. Logo ali Amaral Tomás foi feito dirigente e incumbido de vender a reforma fiscal pelas secções do PSD. Fê-lo com tanto ardor que, em breve, seria nomeado assessor de Oliveira e Costa, trampolim para se alçar à Reper. A travessia do guterrismo fê-la como pôde, mostrando que não é pessoa para desânimos. Quando parecia abrigado das tempestades, eis que Martins da Cruz o recambia da embaixada em Londres, quando acabou com a «diplomacia do croquete». De regresso à pátria, Amaral Tomás pediu sucessivamente emprego a Barroso e a Santana Lopes: no governo de Barroso, foi adjunto do secretário de Estado da Economia; no governo de Santana, adjunto do secretário de Estado dos Assuntos Europeus. Subitamente, Sampaio dissolve a Assembleia da República e Amaral Tomás aparece nas Novas Fronteiras: é o rosto na área fiscalOs pactos de regime fazem-se com camaleõesnão com palavras ocas. Já estou a começar a entender o que o Filipe Nunes, um dos bloggers que mais gosto de ler, quis dizer quando falava na necessidade de cativar «os sectores mais dinâmicos da sociedade». Só não foi preciso cativá-los... Pela sua própria natureza, os Valadares Tavares, os Carlos Pinto Coelho, até os Amaral Tomás são gente sempre disposta a aceitar novos desafios

in Pula Pula Pulga

Publicado por Manuel 16:38:00  

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