Eu sei que não tem nada a ver mas em nome da transparência e da credibilidade do regime seria muito útil que PS, PSD, PP, BE e PC tornassem públicas, em tempo real, as suas contas de campanha assim como a identidade dos beneméritos...
Publicado por Manuel 23:39:00
2 Comments:
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Com o tema da regionalização na agenda política e com o vice-rei do norte a pôr-se já em bicos de pés e a querer mandar, pergunto: o que é que mudou no PS de José Socrates em relação ao de Guterres.
Mesmo assim, vale a pena ler e verificar as razões concretas que levam as pessoas a descrer neste sistema de financiamento. Está lá tudo, com a chancela autorizada do TC. Tudo, salvo seja. Está lá o verso de uma medalha. Faltará o reverso que é saber se efectivamente as contas correspondem à realidade e se os proveitos e custos assentam na fiabilidade de uma contabilidade rigorosa e transparente.
Assim:
PS:
-proveitos: 13 242 533 euros.
-custos: 13 698 562 "
resultado negativo: 456 029 euros. ( pobrinhos, coitados...)
PSD:
-proveitos: 7 166 962
-custos: 6 837 602
resultado negativo do Povo Livre: 50 585
Excedente : 278 775
COmo se vê, o PSD em 2002 conseguiu uma proeza: foi capaz de fazer camapanhas e gastar sensivelmente metado do que gastou o PS!! Fantásticos gestores devem ter lá pelo PSD!
O BE:
- proveitos: 670 922
-custos: 135 798
Excedente: 20 307 , tudo em euros.
O BE é um mistério...
Agora, vejamos aquele cuja contabilidade apesar de tudo, acredito que deve andar mais certinha ( et pour cause):
O PCP:
-proveitos: 11 039 864
-custos: 10 525 843
-custos financeiros: 8 494
-custos extraordinários: 604 845
resultado negativo: 99 328
Enfim, não sou economista nem gestor, mas nestas contas deve haver gato, como dantes se dizia. Aliás, foi esse gato que a Pricewaterhouse Coopers tentou detectar e parece que o terá conseguido. Porém, como estará encondido em números e isso torna muito difícil a sua descoberta, não havendo rabo de fora, não consigo apontar o dedo. Outros o façam! Há uma série de dados no acórdão que dariam um bom texto para quem saiba interpretar e mostrariam como falta moralidade para se exigir aos outros aquilo que os próprios não praticam.