A oportunidade única dos socialistas


António Guterres deu ontem o primeiro sinal claro de que quer candidatar-se à Presidência da República. No cenário ideal - 1º Congresso sobre a Democracia Portuguesa organizado pela Associação 25 de Abril -, rodeado pelas diversas esquerdas portuguesas e pelas diferentes facções socialistas, Guterres defendeu a construção de uma "alternativa" que terá como objectivo reconciliar os portugueses com a vida política democrática. Uma refundação, portanto. Esse será o lema do candidato presidencial da esquerda: António Guterres.

Mas a "alternativa" não se fica por aqui. A solução é global e passa por reconquistar o poder quase absoluto que já foi dos socialistas: um Presidente, uma maioria e as autarquias das 18 capitais distritais.



O lema é de Sá Carneiro, mas a conjuntura é propícia ao alcance do objectivo. Nem só a maioria PSD/CDS de Lopes e Portas não dá sinais de regeneração, como nunca até hoje a liderança do PS esteve tão identificada com o principal presidenciável da esquerda. Recordemo-nos dos conflitos entre Ramalho Eanes e Mário Soares, de Vitor Constâncio com o Presidente Soares e de Jorge Sampaio com o seu ex-rival Guterres para constatar que a união ideológica entre José Sócrates e António Guterres poderá levar a uma coesão política entre Belém e São Bento nunca antes vista em Portugal.

Os socialistas não brincam em serviço e já estão a trabalhar para isso.

A direita, cega, continua a apostar em Valentims, Isaltinos, Marcos Antónios e Antónios Pretos e não compreende que estes serão os principais responsáveis pela queda da maioria. Por muitos Albuquerques que tirem da cartola.

LR in O Insubmisso

Publicado por Manuel 14:37:00  

1 Comment:

  1. Lynx Pardinus said...
    Não gostando de Isaltinos, nem de Valentins e afins, a verdade é que o PS é em tudo igual quando aposta em Sócrates, ou em Edites Estrelas, ou Cravinhos. Enfim... vá lá a gente iludir-se!

    OMI

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