Aprender a viver com a América

Ser contra em vez de ser a favor não funcionou. E parece que muita da energia que se utilizou em torno de Kerry passou pela escolha do menor dos males.

Do outro lado terá havido poucos votos com esta lógica e parece ter existido uma mobilização muito expressiva a nível nacional pró-bush, a favor de algo.

Uns dizem que agora os democratas têm de virar à esquerda respondendo ao desvio para a direita dos republicanos que lhes deu duas eleições presidenciais, o senado e a câmara dos representantes.

Outros defendem que tem de se colocar mais ao centro
apostando na captação de novos eleitores entre abstencionistas.

Poucos democratas (em choque?) que ouço nos canais de TV americanos parecem preocupar-se – pelo menos nestes primeiros instantes – com a perspectiva mais global da coisa.

Evitam recorrer à história (uma re-eleição), às migrações demográficas internas, à conjuntura política mundial e específica dos EUA em pleno período de amadurecimento da nova ordem mundial.

O que é certo é que nas próximas eleições ambos os partidos terão de apostar no seu candidato. Terão de mobilizar-se a favor do valor intrínseco dos seus candidatos e das políticas que propõem. Façam o que fizerem, lá como cá, acho que há algo acima dos desvios conjunturais que a médio prazo dará votos às propostas: uma linha de rumo clara, uma acção política continuada em prol de um conjunto bem definido de políticas devidamente representadas por um político de excepção sem rabos-de-palha e, obviamente, com acesso a quantias astronómicas de dólares.

O caminho faz-se caminhando mesmo com spin.

(.)

Publicado por Rui MCB 13:44:00  

2 Comments:

  1. Anónimo said...
    Pois, na verdade hoje fui abalroado por uma... Revelação!! E deixei de ter dúvidas sobre a naturalidade inerente à vitória de W. Bush. Nada de excessivamente científico, embora o sobrenatural esteja igualmente à porta. Passa tudo pelos intestinos(ISTO NÃO É UMA BRINCADEIRA, POR ISSO É CHEGAR AO FIM DO TEXTO, sff...), que são naturalmente conservadores, são rudemente anti-liberal de esquerda ou de direita. Como cheguei a tal conclusão? Por empirimso puro! Por razões de ordem pessoal, nos últimos meses, viajei um bom pedaço. Deixei de ter o meu trânsito intestinal normal. Por isso , sei-o agora, a natureza humana evolui no sentido do conservadorismo, o homem deve estar quietinho no seu lugar, não se excitar demasiado com as eleições americanos(seja-se americano ou não!), não se importunar com nada que não seja comer, procriar e salvar a alma... Ora Kerry era o contrário de tudo isto! Bush a garantia de continuidade no acerto com a sanita!!! E quando se caga a hora, tudo está bem, tudo corre(escorre) bem!
    primo Sousa
    Anónimo said...
    Pois, na verdade hoje fui abalroado por uma... Revelação!! E deixei de ter dúvidas sobre a naturalidade inerente à vitória de W. Bush. Nada de excessivamente científico, embora o sobrenatural esteja igualmente à porta. Passa tudo pelos intestinos(ISTO NÃO É UMA BRINCADEIRA, POR ISSO É CHEGAR AO FIM DO TEXTO, sff...), que são naturalmente conservadores, são rudemente anti-liberal de esquerda ou de direita. Como cheguei a tal conclusão? Por empirimso puro! Por razões de ordem pessoal, nos últimos meses, viajei um bom pedaço. Deixei de ter o meu trânsito intestinal normal. Por isso , sei-o agora, a natureza humana evolui no sentido do conservadorismo, o homem deve estar quietinho no seu lugar, não se excitar demasiado com as eleições americanos(seja-se americano ou não!), não se importunar com nada que não seja comer, procriar e salvar a alma... Ora Kerry era o contrário de tudo isto! Bush a garantia de continuidade no acerto com a sanita!!! E quando se caga a hora, tudo está bem, tudo corre(escorre) bem!
    primo Sousa

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