"Amor é um livro/Sexo é esporte/Sexo é escolha/Amor é sorte"



A demissão do Procurador-Geral da República, Souto Moura, foi defendida segunda-feira à noite por Manuel Alegre e João Soares durante um debate em Lisboa entre os três candidatos à liderança do PS.

João Soares, José Sócrates e Manuel Alegre foram interrogados sobre a atitude que o seu partido deverá tomar em relação a Souto Moura, na sequência da actuação do Procurador-Geral da República no processo Casa Pia.

Manuel Alegre quase ia esquecendo a pergunta que fora formulada por um jornalista do Público, mas um militante deu um grito da plateia, que se encontrava repleta, para o lembrar: "não esqueça o gato constipado".

"Vou dar uma resposta estritamente pessoal. Se tivesse o poder na mão (como o Presidente da República, Jorge Sampaio, em relação ao Procurador-Geral da República), ele já não estaria nessas funções", referiu Alegre, recebendo uma salva de palmas.

Logo a seguir, João Soares lembrou que Souto Moura dissera publicamente que admitia que, por decisão de um juiz de primeira instância, pudesse ele próprio ser sujeito a ficar sob escuta telefónica.

"A partir desse momento, concluí que o Procurador-Geral da República deixara de ter condições para o exercício desse cargo", respondeu o ex-presidente da Câmara de Lisboa.

José Sócrates concordou com Soares e Alegre sobre a necessidade de se reverem os regimes legais das escutas telefónicas, do segredo de justiça e da prisão preventiva, mas demarcou-se dos seus dois adversários na corrida à liderança do PS no que respeita a uma eventual demissão de Souto Moura.

"Não esqueço as responsabilidades que tenho enquanto dirigente político. Confio no julgamento do Presidente da República (em relação ao Procurador-Geral da República) e confio na capacidade do Presidente da República em assegurar o regular funcionamento das instituições", sustentou.

Sobre esta questão, o ex-ministro do Ambiente deixou ainda um comentário que desagradou a uma parte das centenas de militantes socialistas que assistiam ao debate promovido pela Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, moderado pelo líder da estrutura, Joaquim Raposo.

"Mesmo quando não concordo com o Procurador-Geral da República, não defendo linchamentos públicos da sua actuação", observou.

(Lusa)

Publicado por Carlos 17:04:00  

4 Comments:

  1. Anónimo said...
    Só para chatear:

    !.Quando termina o mandato do PGR e quando são as eleições?
    2.Quem propôs ao PR o Dr.Souto Moura para PGR?
    Luís Bonifácio said...
    É preciso ter em linha de conta que, caso os acusados do caso "Casa Pia" fossem do PSD, a atitude dos candidatos a Secretário-Geral do PS, SERIA A MESMA.
    Anónimo said...
    Se o actual PGR tomou posse em 9 de Outubro de 2000 e o mandato é de 6 anos, só pergunto como e para quê estas "bojardas políticas", a menos que os candidatos a 1ºministro cheguem lá antes das eleições de 2006.
    Anónimo said...
    O PGR tomou posse em 9 de Outubro de 2000, o mandato é de 6 anos, como é que estes candidatos a 1º ministro o vão substituir ou propor a sua substituição?

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