Memória - 26 de Julho de 2003
segunda-feira, julho 26, 2004
Alberto João Jardim dá mais um sonoro arroto lá da Madeira, pelo país os foguetes das festas de Verão confundem-se com o exultar de vários autarcas que recebem novo folgo na contratação de crédito às portas do último ano de mandato.
Olho pela janela e espreito Sintra, com medo de vislumbrar um qualquer fumo branco ou negro. Falta-me pedalada para este país carnavalesco. E as férias que tardam.
Olho pela janela e espreito Sintra, com medo de vislumbrar um qualquer fumo branco ou negro. Falta-me pedalada para este país carnavalesco. E as férias que tardam.
Preciso de algo que me descanse um pouco do matraquear dos últimos dias. Espreito então uma memória dos bons velhos tempos. Como seria este país há um ano? De que se falava? Do que é que eu escrevia?
Ora se não há gasolina para os tanques invadirem os centros de poder e se estamos num regime democrático autêntico, o que é que temos mais parecido com um golpe de estado militar? Ou uma greve de zelo dos militares em peso, ou ter, por exemplo, o chefe do estado maior do exército a demitir-se afirmando "Perdi a confiança no senhor Ministro da Defesa"! E este não é propriamente o primeiro caso, lembram-se?
Pelo que ouvi hoje na TSF o ministro, ou alguém por ele, anda a contaminar as forças armadas com a política da intriga e do mexerico à boa maneira do "dividir para reinar". Entretanto o "a bem da nação" em termos de defesa fica para, talvez, quem sabe, o próximo governo?
Tenha vergonha caro Ministro. Arranje um pouca da elevação que demonstraram os seus antepassados e demita-se deixando o governo a quem sabe governar. A bem da nação...
Eis um comentário interessante do sempre estimulante General Loureiro dos Santos...Interferência do comando político no comando militar é «inaceitável»(..) Considerou ainda que o ministro da Defesa não pode ficar mais fragilizado do que já está com a demissão de Silva Viegas porque «a consideração que deveria ter pelos seus subordinados é diminuta se não inexistente.De facto, o poder militar está, e tem de estar, subordinado ao poder político mas o respeito pela lei vigente impõe que os militares exerçam as competências que têm. Estranha concepção de poder perpassa por alguns ministros deste governo. Preocupante...
Quem disse que o carnaval são três dias?
Publicado por Rui MCB 21:50:00
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