breve constatação sobre a natureza humana...

É dos livros que o poder corrompe, é da história que a vaidade cega, parece ser da vida que (quase) toda a gente tem um preço. O mundo, e o país, está repleto de verdadeiros lutadores, autênticos reformistas, que abdicaram de tudo - princípios, causas, ideais - o que outrora defenderam ou para chegar ao poder, ou após a conquista do mesmo.

Mesmo assim não deixa de ser absolutamente deprimente ver sistematicamente gente que se respeitou, que se apoiou, em quem se confiou e por quem se lutou tornar-se na antítese absoluta daquilo que combateram, serem clones autênticos daqueles que combateram e tudo por uma mão cheia de nada - (efémera) Fama, (momentânea) Glória, (hipotético) Poder. A coerência que se lixe e a Honra também porque o que passa a interessar é aparecer na fotografia, e nos entretantos tratar da vidinha que ala se faz tarde... Eufemisticamente chamam-lhe "realismo".



A brincar, a brincar acaba-se a respeitar bem mais os Menezes, os Valentins, os Avelinos, os Narcisos ou os Santanas deste mundo que esses proclamados (ex-)defensores do templo que acabam por se transfigurar mal passam dos quarenta.

Ao menos os personagens citados nunca tiveram a pretensão de enganar ninguém ou passar pelo que afinal não eram, alguma vez...

Publicado por Manuel 02:44:00  

1 Comment:

  1. António Balbino Caldeira said...
    De quem falas Manuel? Desabafa, homem!

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