um pósfácio sobre as Europeias...


  • Ainda que ninguém o queira admitir, Anibal Cavaco Silva é, do centro prá direita, o grande vencedor destas Europeias. Foi ele e mais ninguém que deu alguma chama a uma campanha onde o PSD profundo se inibiu de vir a terreiro defender Portas.

    Cavaco demonstrou, mais uma vez, não só que não precisa do PSD para nada como que o inverso não é necessariamente verdade. Mas o impacto de Cavaco (falou-se das reformas deste por oposição às reformas ausentes deste Governo) demonstrou ainda outra evidência à exaustão - a mediocridade de Durão Barroso, um líder que se tolera, e engole, mas que não se respeita...

  • Vai por aí uma grande algazarra devido à alegada deslealdade de sectores do PSD para com o PP por haver agora haver - sempre houve aliás - quem queira distâncias do PP.

    Tivesse o PSD um líder forte e o PSD governaria a solo e em minoria e caberia a Portas o ónus de demonstrar a sua responsabilidade de mostrar à Pátria o seu amor ao País e não a pratos de lentilhas... Quanto à questão da deslealdade propriamente dita, por muito contorcionista que seja, Portas é a última pessoa na Via Láctea com autoridade para acusar terceiros de deslealdade, e por aqui me fico - hoje.

  • Há quem se espante por o PS ter conseguido 38% nas últimas legislativas e veja nisso uma maior complacência do eleitorado para com a esquerda assim como outras extrapolações mais ou menos dúbias. Recorda-se que o adversário de Ferro foi o "entusiasmante" Durão Barroso...

  • No microscópico PND a farra promete. Os dias de Monteiro já foram e agora a luta é entre o blogosférico Carlos Abreu Amorim e os catequizados pelo enigmático Adelino Maltez. A autópsia promete...

    ... À distância Adriano Moreira não pode deixar de sorrir.


P.S. 1. Agora que já passaram as eleições quando é que PSD e PP vão encarar de frente um problema chamado Avelino Ferreira Torres?...
P.S. 2. Paulo Pedroso, pelos mesmos dias em que entram no Tribunal da Relação de Lisboa dois recursos (um do Ministério Público e outro da defesa das vítimas) contrariando a sua despronunciação no âmbito do Processo Casa Pia, achou por bem - e a Comissão de Ética nada viu de errado - retomar o seu lugar no Parlamento. Acto inocente dirão uns, pressão insustentável sobre o poder judicial ao tentar transformar a decisão (extraordinariamente fundamentada...) da juíza num facto absolutamente consumado dirão os mais lúcidos... A desfaçatez absoluta como habitualmente...

Publicado por Manuel 01:45:00  

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