"Meeting Point" - Super Bock Super Rock - Day 3

E ao último dia chegou a redenção.

Se os dois primeiros dias tinham sido marcados ora por bons concertos ora por concertos medianos, o 3º dia da 10ª edição do Festival SBSR, trouxe-nos 4 grandes espectáculos e uma grande desilusão.

Primeiro, o público. Durante o dia, foi possível constatar a olho nú que estaria no Parque Tejo muito mais gente que nos dias anteriores. No decorrer da noite chegou a confirmação, os bilhetes esgotaram e estariam no Parque Tejo entre 50.000 a 55.000 pessoas segundo números oficiais.

Como em tudo na vida existe um senão. Se as filas de aqui falamos no primeiro dia, eram grandes para se comer qualquer coisa. Hoje elas eram monstruosas. A cerveja pasme-se acabou várias vezes nas barracas ontem se vendiam, isto para além dos enormes aglomerados de pessoas que estavam a volta de cada stand, em busca do precioso néctar.

Os concertos...


  • Pixies - Uma certeza. N regresso a Portugal trouxeram uma legião de fãs com eles. Nos temas mais conhecidos, sobretudo do albúm "Supernova", o público ia ao rubro. Impressionante a legião de fãns. Distantes do público, foram profissionais ao máximo. Um belo concerto.

  • Lenny Kravitz - Um espectáculo dentro do espectáculo. Começou morno e com grandes paragens entre as músicas, o que parecia perder o público. Mas Lenny, a dada altura, começou a estabelecer um dialogo gestual interessante com o público, e este deixou-se conquistar. Os seus êxitos foram cantados solenamente por todo um público, e Lenny esteve 2 horas em Palco com dois encores, foi o único artista a fazê-lo.

  • Massive Attack - R. De Naja trouxe a Lisboa, uma música intimista e electrónica. Começou a tocar já passava das duas da manhã e o público mantinha-se fiel. Deambulando entre os álbuns "Blue Lines", "Mezzanine" e "100 Window", os Massive Attack, voltaram a encantar o público português. Ainda que possa ter ficado a ideia, que já tocaram melhor, e quem esteve no Festival Sudoeste há 4 anos saberá isso. A música "Karmacoma" e "Teardrop" foram os hinos dos Massive.

  • FatBoy Slim O melhor DJ do mundo desceu a Lisboa. Recebeu uma casa alugada e os bilhetes para ver o Euro-2004, e tocou no 10º SBSR, em troca de uns pequenos trocos. Brilhante, sublime, a forma como começando a tocar perto das três e meia da manhã, conseguiu por todo o público aos saltos. As suas músicas e as animações nos video-walls, davam a certeza de estarmos na presença de um grande. E de facto estivemos. O público já em menor número, apreciou e dançou ao som de Fat Boy Slim até as tantas.


Terminada, assim, a 10ª edição do SBSR, fica a nota preocupante, de nenhuma operação stop ser visível mais uma vez no regresso ao centro de Lisboa.

Para os amantes da música, Gilles Petterson, estará no Lux no próximo domingo para fazer um set para BBC Radio 1. Gilles, responsável pela label "Talkin Loud", estará em Lisboa, a não perder.

Publicado por António Duarte 05:30:00  

1 Comment:

  1. Bruno Martins said...
    Boa avaliação! Tenho pena de não ter participado no último dia.

    Apenas um comentário ao seu parecer: podia ter dado uma nota de destaque ao Palco Quinta dos Portugueses. Estive lá no primeiro dia, e, tirando Muse, os melhores concertos que vi foram mesmo o dos Blasted Mechanism (sublimes e geniais, como sempre), e Da Weasel (para ouvir Hip Hop, ouço os «tugas» Pac e Virgul).

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