"Meeting Point": Super Bock Super - Rock Day 1

Começou ontem no Parque Tejo, a 10ª edição do festival SuperBock SuperRock (SBSR), bem ao lado do Tejo e do Trancão. Com uma organização diferente, quer em orçamentos quer em experiência, daquela que vimos no Rock in Rio, Luís Montez responsável da Música no Coração, agência que organiza o SBSR, prometeu que esta edição iria ficar na memória de todos.

Com preços de bilhetes bem mais baratos (75 Euros para os 3 dias), e um cartaz rotulado de algumas das actuais estrelas do pop/rock internacional, o SBSR, conta ainda com uma paisagem fora do comum, ainda que longe da beleza que o Parque da Bela Vista nos mostrava.

Aqui ficam as impressões do primeiro dia...


  • Muse - Um grupo que arrasta alguns milhares de pessoas, capazes de com o seu pop, contagiarem a audiência. Foi conseguido. Começaram a tocar ainda era de dia, e deram um autêntico festival de sons e os exitos foram cantados pela audiência.

  • Linkin Park - A estrela da noite. Interacção com o público, ao ponto de chamarem um português desconhecido para o palco. As suas músicas constituem hoje referência no plano internacional, e os Linkin Park, deram no seu segundo concerto em Portugal, uma bela amostra de como a música é capaz de soltar a mente e o espiríto.

  • Korn - Não gosto de Korn. O seu metal pesado mas de primeira àgua internacional, trouxe certamente milhares de fãs, cujos pais esperavam cá fora algo preocupados com os decibéis de ruído que os Korn debitavam em cada música. Perceber uma letra para mim de uma música revelou-se um desafio que não superei. Mas a julgar pelos milhares que soletravam as letras, foi um sucesso.


Avaliação do Dia 1

  • Alimentação - Com melhor oferta do que o Rock in Rio, ainda assim insuficiente para satisfazer em tempo útil os comensais. Para comer, o costume entre cachorros e hamburguers. Os preços estão na média.

  • Palco - Um palco simples mas eficaz. Um conceito inovador, onde o palco secundário fica ao lado do principal, e assim que termina uma actuação começa logo outra no outro palco. Não há tempos mortos no SBSR.

  • Som - Uma verdadeira porcaria. Aliás do pior que tenho visto. Muito distorcido e com os graves a saírem arranhados. Se os Muse foram prejudicados pelo som, o que dizer dos Korn ?

  • Recinto - A imprensa falou em relvado. Mas o recinto é em asfalto, de um antigo parque de estacionamento da Expo. Com gravilha e tudo. Os meus pés estão num oito e ainda vou no dia 1.

  • Organização - Inadmissível. Numa época em que se tenta combater os acidentes rodoviários, não se compreende como um festival patrocinado por uma cervejeira, deixe esgotar a àgua e os refrigerantes. Apenas cerveja após as 22 horas. A rever já amanhã.


Uma nota final para a presença massiva da PSP e do Corpo de Intervenção no exterior do recinto esperando quem sabe um motim. Curioso foi que com duas cervejas bebidas durante as 6 horas que lá estive, percorri metade da cidade e nem uma única operação stop em marcha.

Porque será ?...

Amanhã há mais, e o cartaz promete.

Publicado por António Duarte 03:16:00  

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