"Uma Visão do Inferno"

O PSD está mesmo determinado em fazer tudo para perder as eleições europeias. Atente-se ao Público deste domingo...

O presidente do congresso nacional do PSD, Dias Loureiro, gostaria que Portugal "fosse, de norte a sul, uma imensa Madeira". "Emocionado" com tudo o que disse ter visto na região governada por Alberto João Jardim, o dirigente social-democrata aproveitou a intervenção na abertura do congresso regional para elogiar a sua "revolução dos factos, das obras e de quem quer sempre mais".

Loureiro, afirmando-se "um PSD da Madeira", declarou que nesta região está "o melhor que há da democracia" e que "é difícil encontrar no mundo outro lugar onde a mão de Deus e do homem tenham trabalhado em tanta sintonia".

Mas os elogios a Jardim não se quedaram por aqui. Incumbido de transmitir ao político madeirense a "solidariedade da direcção nacional do PSD", o secretário-geral do partido, José Luís Arnaut, apontou o governante madeirense como "exemplo de comportamento ético"

Compreende-se o interesse e o esforço em sossegar Jardim em vésperas de Congresso mas o que é demais, é demais. Não está em causa a obra, estão apenas em causa os meiosE Jardim, cujo modus operandi não é diferente do de um Narciso, de um Ferreira Torres ou do de um Valentim, representa o que de pior pode ter a Democracia.

Entretanto, para ainda não percebeu porque é que Barroso se vê à rasca para conseguir fazer uma remodelação é fundamental dar uma olhada à prosa de José Bourbom Ribeiro, chefe de gabinete de Paulo Portas, n' O Acidental. Aquele texto apenas nominalmente tem a ver com o Iraque ou com a demissão, ou não, de Rumsfeld. Aquele texto é a materialização da cartilha de Portas, do velho, e do novo, Portas, a estratégia do whatever it takes, ou, mais erudiramente, de como os fins justificam, ou desculpam, todos os meios. Afinal diz o rapaz...

"Não há grandes empreitadas sem pequenos erros. Grave é quando se fazem pequenas empreitadas com grandes erros. (...)  O deslize, incompetência ou a imbecilidade de alguns não podem, nem devem, ser confundidas com a coragem e a determinação da maioria(...)"

Sem Oposição digna desse nome, isto é uma Visão do Inferno, é o que é!

P.S. O Dr. Portas justifica a boleia aos seus confrades de heli nos Açores com o facto de no tempo de Guterres outros terem feito actos semelhantes. O relativismo moral, típico do personagem, e a imbecilidade inerente do raciocínio, que mais não é do que um insulto à inteligência, dispensam mais comentários.


Publicado por Manuel 17:07:00  

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