sob supeita
segunda-feira, maio 03, 2004
Esta farsa à volta da privatização da Galp anda a gerar as mais estranhas convergências...
Mas antes uma nota prévia - de um ponto de vista estratégico e económico podem haver milhares de razões absolutamente pertinentes para o consórcio liderado pelo grupo Carlyle ser a melhor opção para a Galp e o que melhor defende os interesses nacionais (é dúbio mas é defensável).
Agora o que não há é moral, e politicamente, qualquer razão que justifique um "concurso" que na prática é uma autêntica palhaçada já que muito antes de ser anunciado já se sabia quem ia ser o vencedor. Se o Governo queria o Carlyle que fizesse um ajuste directo e ponto final!
José Pacheco Pereira abruptamente interroga-se retóricamente ...
Na mesmissima (!) linha de Pacheco também Paulo Portas...
Falando num jantar convívio dos populares açorianos, sábado à noite em Angra do Heroísmo, Paulo Portas, que garantiu a sua «solidariedade a Durão Barroso», sustentou ser «inaceitável que radicais extremistas queiram incendiar a governação sem terem provas das suas acusações».
O ministro de Estado e da Defesa Nacional desafiou mesmo o deputado bloquista a retirar a sua imunidade parlamentar e provar, de facto, as acusações que proferiu."
Este sábado no Expresso podia ler-se ipsis verbis...
Será que a CGD vai - agora - desmentir o próprio Grupo Carlyle ?
Nós, ao contrário de Franscisco Louçã não somos deputados, não temos qualquer tipo de imunidade, por isso gostavamos que alguém nos explicasse em primeiro lugar se é normal um banco 100% detido pelo Estado ter sequer admitido intervir numa privatização como comprador - facto confirmado pelo número um do grupo Carlyle para a Europa...
Mais, e isto não é nenhuma ameaça, sobre que é que Carlucci, Durão Barroso e António Mexia conversaram num certo dia em que estiveram todos ao mesmo tempo no mesmo local ? Sobre o sexo dos anjos ?
E ainda a procissão vai no adro...
Publicado por Manuel 00:10:00