Próximo da perfeição

O FC Porto de José Mourinho já atingiu o brilhantismo em várias ocasiões (vitória na Grécia por 2-0, goleada à Lazio de 4-1, vitória sobre o Manchester e mais umas tantas lições) mas o êxito de ontem, na Corunha, terá sido o melhor exemplo de como uma táctica bem escolhida é decisiva num combate tão equilibrado como foi esta meia-final entre Corunha e FC Porto.



A Grande Loja, que não perde estes grandes momentos futebolísticos, traça aqui um conjunto de três ou quatro explicações para mais uma epopeia portista:

1- Uma concentração extrema de todos, mas todos, os jogadores, sem passes falhados de forma disparatada, ou faltas evitáveis

2- Um estudo aprofundado, e muito bem preparado, do Depor: da sua forma tão original de abordar o jogo, das suas pedras mais influentes e das possíveis alterações que Javier Irureta pudesse fazer ao longo do jogo

3- O regresso de Derlei aos grandes jogos. Quem ainda tivesse dúvidas, tirou-as ontem: a desaceleração do FC Porto nos últimos jogos para o campeonato não foi só poupança para a Champions: faltava mesmo poder de fogo ao dragão, sobretudo com um McCarthy tão apagado... há tanto tempo

4- O dedo de José Mourinho. Ache-se o que se achar do (ainda) treinador do FC Porto, quem acompanha o futebol há alguns anos sabe que Mourinho é um fenómeno. Tacticamente, a leitura que fez do jogo foi perfeita. Mais importante do que isso, acertou em cheio na aposta em Derlei (apesar dos quatro meses de paragem e das dúvidas de Irureta), na preocupação em reforçar o meio-campo com Pedro Mendes (Alenitchev teria tido muitas dificuldades num jogo tão rápido e combativo a meio-campo como foi este), na previsão das apostas de Irureta.

Publicado por André 19:03:00  

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