Limiano às Fatias
Ainda, e outra vez, a privatização da GALP
Mais tarde, fonte oficial da CGD negou que alguma vez tenha surgido a hipótese de pertencer ao núcleo accionista do consórcio, mas não recusou financiá-lo e aconselhá-lo; os outros concorrentes pediram a participação financeira da CGD, mas a Caixa recusou-se ou por "já ter sido contactada por" outro candidato, ou "por ter um contrato de exclusividade celebrado com o grupo Carlyle para ser financiadora e "adviser". A 30 de Abril, um comunicado já só referia que a CGD decidira, "há um mês atrás, consorciar-se com o BES no aconselhamento financeiro do grupo Carlyle (...), tendo vindo a recusar a sua participação nesses consórcios financeiros dados os compromissos já existentes" com a Carlyle.
Dois dias antes, em conferência de imprensa, o consórcio Luso-Oil divulgou um documento em que explicita contar com o "apoio financeiro ímpar" do BES/ Barclays, Citigroup, Royal Bank of Scotland e CGD. Um porta-voz do Ministério das Finanças confirmou, igualmente, a participação financeira da CGD no consórcio Carlyle. E recusou-se a comentar se a tutela da CGD fora ouvida ou tomara conhecimento da intenção da Caixa Geral de Depósitos de participar na operação (o regime jurídico do sector empresarial do Estado e das empresas públicas (decreto-lei 558/99), aponta para a necessidade de uma opinião da tutela. O decreto estabelece a obrigatoriedade de as entidades públicas responderem às orientações estratégicas traçadas pelo Governo e que compete ao ministro das Finanças "a verificação do cumprimento dessas orientações estratégicas". O Governo parece interpretar a lei no sentido de que não é estratégica a entrada da Caixa - principal instituição financeira nacional, detida pelo Estado - na operação de venda da Galpenergia, envolvendo a transferência de centros de decisão nacional de um sector estratégico nacional, nomeadamente quando a instituição pública escolheu um concorrente estrangeiro).
Ontem, Ângelo Correia veio dar uma novidade. A CGD não ia participar sequer como financiadora, mas apenas como "adviser", e o banco público ratificou esta opinião. A CGD remeteu para o comunicado em que se refere apenas ser "adviser". Mas, em resposta a questões do PÚBLICO, a Caixa deu o dito por não dito. E respondeu: "A CGD é 'adviser' e aceitou ser financiadora do consórcio Carlyle", mas que "desde o início que a CGD comunicou ao líder do sindicato bancário que não desejava entrar no capital", o que contraria o próprio António de Sousa. E que "desde o início que a administração da CGD admitiu ser financiadora das operação".
Ah, e ainda temos as declarações do responsável máximo da Carlyle na Europa ao último Expresso já aqui referenciadas e a entrevista de Mira Amaral ao Diário Económico esta segunda feira...
Tanta mentira e contradição já começa a feder, e a recusa da CGD em comunicar com os outros dois consórcios concorrentes só reforça uma de duas teses - ou o "concurso" é de facto uma palhaçada ou se é de facto um concurso o grupo Carlyle está numa posição de concorrência desleal com os outros concorrentes pois por artes mágicas bloqueou de facto o acesso destes à CGD...
porno chique
Piromanias
Falhas de Comunicação
O director clínico do Hospital de Santarém disse à TSF que desconhece o plano de contingência, apresentado pelo ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, que pretende fazer face a eventuais ondas de calor, já a partir de 15 de Maio.
António Pinto Correia, director do hospital de uma das cidades mais quentes no Verão, diz que só conhece o plano em causa pelos jornais.
No entanto, o Hospital de Santarém, já definiu algumas estratégias para enfrentar o calor do Verão de 2004, mas que não estão relacionadas com o plano apresentado por Luís Filipe Pereira...
informalidades
Com o refinado sentido de humor que se lhe reconhece o director dos Serviços de Informações Estratégicas de Defesa e Militares (SIEDM), Embaixador Caimoto Duarte, aceitou participar num debate moderado pelo porta-voz da Luso-Oil Ângelo Correia, onde aproveitou para dizer que defende uma única mega-secreta e que a cooperação existente entre os actuais serviços de informação é "apenas" informal. Tendo em conta que há não muito tempo foi criado um mecanismo para olear e institucionalizar a cooperação inter-serviços de informação estamos conversados...
já falta pouco ...
... para Santana Lopes incendiar o PSD e o Governo.
não digam a ninguém mas...
Desespero
Num editorial no jornal electrónico da Nova Democracia Carlos Abreu Amorim ensaia uma nova linha de ataque ao PSD/PP e pisa terrenos perigosos...
"A dita Direita que está no poder enche a boca com a família e os seus valores. Arvoram-se em paladinos da moral e da virtude cristã – no entanto, é graças a uma proposta sua e ao seu voto na recente revisão constitucional que os homossexuais, os “gay” como gostam de se autodenominar, vão poder casar-se legalmente, bem como adoptar crianças. Não foi a esquerda parlamentar que sugeriu essa modificação constitucional mas os partidos da actual coligação que a apresentaram e possibilitaram a sua consagração na lei fundamental."
Com tão pouca tolerância depois indignam-se quando há menções de que são de extrema-direita ou ultra-...
Publicado por Manuel 19:04:00