Limiano às Fatias

edição extra

Ainda
, e outra vez, a privatização da GALP

Na telenovela que rodeia a privatização da GALP o Público informa que no dia 25 de Abril, no programa "Contas de Cabeça", o presidente do grupo CGD, António de Sousa, afirmou à TSF que a participação da Caixa no caso GALP era de efectuar "a montagem financeira" e que a hipótese de ser accionista "não estava completamente esgotada"

Mais tarde, fonte oficial da CGD negou que alguma vez tenha surgido a hipótese de pertencer ao núcleo accionista do consórcio, mas não recusou financiá-lo e aconselhá-lo; os outros concorrentes pediram a participação financeira da CGD, mas a Caixa recusou-se ou por "já ter sido contactada por" outro candidato, ou "por ter um contrato de exclusividade celebrado com o grupo Carlyle para ser financiadora e "adviser". A 30 de Abril, um comunicado já só referia que a CGD decidira, "há um mês atrás, consorciar-se com o BES no aconselhamento financeiro do grupo Carlyle (...), tendo vindo a recusar a sua participação nesses consórcios financeiros dados os compromissos já existentes" com a Carlyle.

Dois dias antes, em conferência de imprensa, o consórcio Luso-Oil divulgou um documento em que explicita contar com o "apoio financeiro ímpar" do BES/ Barclays, Citigroup, Royal Bank of Scotland e CGD. Um porta-voz do Ministério das Finanças confirmou, igualmente, a participação financeira da CGD no consórcio Carlyle. E recusou-se a comentar se a tutela da CGD fora ouvida ou tomara conhecimento da intenção da Caixa Geral de Depósitos de participar na operação (o regime jurídico do sector empresarial do Estado e das empresas públicas (decreto-lei 558/99), aponta para a necessidade de uma opinião da tutela. O decreto estabelece a obrigatoriedade de as entidades públicas responderem às orientações estratégicas traçadas pelo Governo e que compete ao ministro das Finanças "a verificação do cumprimento dessas orientações estratégicas". O Governo parece interpretar a lei no sentido de que não é estratégica a entrada da Caixa - principal instituição financeira nacional, detida pelo Estado - na operação de venda da Galpenergia, envolvendo a transferência de centros de decisão nacional de um sector estratégico nacional, nomeadamente quando a instituição pública escolheu um concorrente estrangeiro).

Ontem, Ângelo Correia veio dar uma novidade. A CGD não ia participar sequer como financiadora, mas apenas como "adviser", e o banco público ratificou esta opinião. A CGD remeteu para o comunicado em que se refere apenas ser "adviser". Mas, em resposta a questões do PÚBLICO, a Caixa deu o dito por não dito. E respondeu: "A CGD é 'adviser' e aceitou ser financiadora do consórcio Carlyle", mas que "desde o início que a CGD comunicou ao líder do sindicato bancário que não desejava entrar no capital", o que contraria o próprio António de Sousa. E que "desde o início que a administração da CGD admitiu ser financiadora das operação".

Ah, e ainda temos as declarações do responsável máximo da Carlyle na Europa ao último Expresso já aqui referenciadas e a entrevista de Mira Amaral ao Diário Económico esta segunda feira...

Tanta mentira e contradição já começa a feder, e a recusa da CGD em comunicar com os outros dois consórcios concorrentes reforça uma de duas teses - ou o "concurso" é de facto uma palhaçada ou se é de facto um concurso o grupo Carlyle está numa posição de concorrência desleal com os outros concorrentes pois por artes mágicas bloqueou de facto o acesso destes à CGD...


porno chique




Piromanias

O ministro da Administração Interna mostrou-se hoje receoso quanto às capacidades do país para evitar situações gravosas na próxima época de fogos florestais, caso se combinem factores tão adversos como os que ocorreram no último Verão. Em suma vai continuar a descoordenação no SNB, a má gestão e distribuição de meios, etc, etc, etc. Os inquéritos e livros brancos não serviram para nada e agora, em Maio, é que Figueiredo Lopes garantiu que o Governo vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance no sentido de melhorar e prevenir... No mínimo, o homem tem muita lata.

Falhas de Comunicação

O director clínico do Hospital de Santarém disse à TSF que desconhece o plano de contingência, apresentado pelo ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, que pretende fazer face a eventuais ondas de calor, já a partir de 15 de Maio

António Pinto Correia, director do hospital de uma das cidades mais quentes no Verão, diz que só conhece o plano em causa pelos jornais.

No entanto, o Hospital de Santarém, já definiu algumas estratégias para enfrentar o calor do Verão de 2004, mas que não estão relacionadas com o plano apresentado por Luís Filipe Pereira...

informalidades

Com o refinado sentido de humor que se lhe reconhece o director dos Serviços de Informações Estratégicas de Defesa e Militares (SIEDM), Embaixador Caimoto Duarte, aceitou participar num debate moderado pelo porta-voz da Luso-Oil Ângelo Correia, onde aproveitou para dizer que defende uma única mega-secreta e que a cooperação existente entre os actuais serviços de informação é "apenas" informal. Tendo em conta que há não muito tempo foi criado um mecanismo para olear e institucionalizar a cooperação inter-serviços de informação estamos conversados...

já falta pouco ...

... para Santana Lopes incendiar o PSD e o Governo.

não digam a ninguém mas...

... as investigações sobre aquelas histórias que metiam tráfico de armas, Maçonaria, Casa do Sino, Jaguares e a Universiade Moderna no mesmo filme  ainda  não acabaram, longe disso. Quanto à Lusíada, a chave é africana.

Desespero

Num editorial no jornal electrónico da Nova Democracia Carlos Abreu Amorim ensaia uma nova linha de ataque ao PSD/PP e pisa terrenos perigosos...

"A dita Direita que está no poder enche a boca com a família e os seus valores. Arvoram-se em paladinos da moral e da virtude cristã – no entanto, é graças a uma proposta sua e ao seu voto na recente revisão constitucional que os homossexuais, os “gay” como gostam de se autodenominar, vão poder casar-se legalmente, bem como adoptar crianças. Não foi a esquerda parlamentar que sugeriu essa modificação constitucional mas os partidos da actual coligação que a apresentaram e possibilitaram a sua consagração na lei fundamental."

Com tão pouca tolerância depois indignam-se quando há menções de que são de extrema-direita ou ultra-...

Publicado por Manuel 19:04:00  

0 Comments:

Post a Comment