o sistema

Luis Delgado, cuja relação de absoluta dependência política de Nuno Morais Sarmento não carece de comentários adicionais, sendo que o Ministro da Presidência é o proclamado gestor politico do dossier GALP assina hoje no DN a seguinte prosa ...

A escolha do parceiro da Galp será feita com três requisitos básicos:

  • 1.º Solidez financeira, valor da oferta e composição accionista dos grupos.

  • 2.º Maturidade e conhecimento profundo da área e gestão de projectos idênticos em várias partes do mundo.

  • 3.º Garantias de que o Estado continua a manter capacidade decisória na composição da administração, e na venda de activos, no futuro, privilegiando capital nacional.
Se estes critérios forem preenchidos, não será difícil escolher o grupo que participará no capital da Galp, sem que factores políticos e fantasias jornalísticas condicionem o negócio. Verdadeiramente, o que interessa à Galp é a continuação de criação de valor, a injecção de capital, know-how para expandir o negócio, fora de Portugal, como é óbvio, e a certeza de que uma parte importante do novo accionista assenta em saber, dinheiro e grupos nacionais. É a ficha da Luso-Oil, sem tirar nem pôr. E cumprindo estes critérios, qual é o problema de os escolher? Em qualquer outro país, como acontece já em 55, a Carlyle não só é convidada - é este o caso - como os Governos e empresas até se congratulam por atrair um grupo desta dimensão, que pode, mais tarde, investir noutros sectores. Há a falácia do interesse nacional. Isso já não acontecia, nem a empresa pode crescer muito mais em Portugal, sendo que qualquer parceria internacional, no sector, é a sua grande mais-valia. Mas nada impede, e em nome de um negócio vasto, que outros concorrentes, como o Grupo Mello, por exemplo, façam tudo para integrar o consórcio multinacional que tem como motor a Carlyle. Porque não?


Para quem anda a dormir o que Luis Delgado propõe às claras, e com as letrinhas todas, é o silêncio do Grupo Mello, dos patriotas que se desfizeram da Soponata, caso este entre no bolo... Transparente q.b.

Dado que Martins da Cruz continua a negar um envolvimento profundo com a Carlyle/Luso-Oil, seria pertinente saber quanto lhe renderam as suas singelas "opiniões".

Entretanto...
Um largo consenso envolvendo PSD, PS, CDS e PCP vai permitir ao Parlamento aprovar amanhã em votação final global a oitava alteração ao Estatuto dos Eleitos Locais, que data de 1987. A nova lei obriga os autarcas em regime de permanência (presidente de câmara e vereadores a tempo inteiro ou meio tempo) com outros cargos externos remunerados, como em empresas municipais, a abdicar de metade do salário na câmara. Mas, em contrapartida, não há qualquer limite ao que podem receber da participação nos órgãos sociais dessas empresas. Seja em vencimentos ou em senhas de presença.


Publicado por Manuel 01:43:00  

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