no se pasa nada

Ontem na sua homília dominical na TVI o Professor Marcelo dissertou longa e languidamente sobre a operação  "Apito Dourado", e que nos disse Marcelo ? tentou passar uma esponja no assunto afirmando que os "métodos" detectados, e tornados públicos  pela investigação, são raridades, resquícios do passado, de uma velha geração - presume-se que em vias de extinção. É óbvio que esta visão contextualizante das evidências é de uma inocência brutal já que tenta acantonar as coisas a um grupo restrito de personagens da era glaciar como Valentim, Ferreira Torres e outros. Marcelo sabe, toda a gente sabe, que o problema não é, nem nunca foi, geracional, é antes endémico e cultural e resulta de uma amoralidade cada vez mais reinante da qual ele - Marcelo, o sofista - é um dos expoentes.

Entretanto Durão Barroso irá manter a tutela "técnica" do dossier de privatização da Galp Energia nos ministros da Economia e das Finanças e a gestão política em Morais Sarmento. Ficamos a saber que a análise das propostas a concurso (e não a definição das regras do mesmo) além de uma componente técnica tem uma de "gestão política"... Não estratégica, política. Mas e pondo de parte, por momentos, a CGD (de onde ninguém corre nem Mira Amaral nem António de Sousa já que um dos dois, pelo menos, mentiu descaradamente ao longo deste processo) é normal o CEO da GALP, onde está com a anuência - e por indicação - do Estado, tomar descaradamente partido por um dos concorrentes ? Isto não seria uma violação das regras básicas de transparência se isto fosse de facto um concurso ?

Ah, o PCP, o PS e a Nova Democracia continuam calados que nem ratos e o Bloco parece ter ficado sem pilhas...

Enquanto que em Portugal para tentar abafar a coisa António Mexia continua a usar e abusar do enorme budget publicitário de que dispõe, no resto do mundo, a GALP International Trading Corp. (GITE) é motivo das mais graves acusações. A última aparece num, note-se, editorial do insuspeito e conceituado Washington Times onde se pode ler ...

"Among Saddam's oil customers after 1997 was a Liechenstein-based company called Galp International Trading Establishment. Galp chose as its legal representative in Liechenstein a company called Asat Trust — designated by the United States and the United Nations itself as a financier of al Qaeda through its ties with Al Taqwa — a multinational web of financial entities controlled by members of the Muslim Brotherhood (a parent organization of the terrorist group Hamas)."

Por cá, o assunto é tabú... resta saber até quando.

Publicado por Manuel 16:24:00  

0 Comments:

Post a Comment