O idiota

Num tempo em que os índices de produtividade são um factor essencial para avaliar o desempenho de um trabalhador, a pergunta impõe-se: Por que é que Scolari ainda continua como seleccionador nacional? A carreira «portuguesa» do homem resume-se a vitórias com as selecções da Albânia, Koweit, Bolívia e Noruega.

Quando confrontado com selecções que irão participar no Euro 2004, o senhor Scolari apresentou uma folha de resultados semelhante a outros seleccionadores nacionais, António Oliveira e Humberto Coelho - perdeu duas vezes com a Itália, empatou com a Inglaterra, Holanda e Grécia.

Muito pouco para quem pretende levar a selecção portuguesa à final do Euro. O que, de facto, se perspectiva é que a campanha irá resumir-se ao seguinte -  Portugal irá passar - «porque tem que passar» - o grupo e depois ficará pelos quartos-de-final. Nada mais.



E isso terá como único responsável o senhor Scolari, que desde que chegou ainda não revelou a mestria suficiente para transformar um grupo de excelentes executantes numa equipa. Quem vê um jogo de Portugal fica com a clara impressão de que a selecção apenas consegue jogar uns 40m como uma equipa. A partir daí volta-se ao velho sistema de uma banda de coreto, em que cada um toca para si.

Depois, Scolari faz questão em demonstrar que padece do síndroma da pseudo-temosice saloia. No fundo, o homem não é teimoso, é ignorante, porque só um ignorante é que acha que Vítor Baía não deve ser chamado à selecção (disse «chamado» e não «titular») e que a melhor dupla de centrais passa por Ricardo Carvalho e Jorge Andrade.

Perante tais factos, sentimo-nos impotentes para fazer o que quer que seja. O senhor Scolari é inimputável.

No final da péssima campanha do Euro irá embora sem que tenha que prestar contas a ninguém. É assim o futebol. O senhor Madaíl irá pedir desculpa aos portugueses, em seguida coloca o lugar de presidente da FPF à disposição, no dia seguinte candidata-se, três dias depois ganha e anuncia a contratação de Eriksson para o grande objectivo, o Mundial de 2006.

E assim, cá se vai andando...

Publicado por Carlos 12:54:00  

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