Tempos únicos aqueles em que vivemos, parece quer viraram moda as confissões jornalísticas.
Primeiro foi Anabela Mota Ribeiro, ou alguém por ela (consultar este expert em conspirações para mais pormenores) e agora são Inês Serra Lopes, directora do Indy, num editorial a guardar para mais tarde recordar, que ensaia as primeiras linhas da sua autobiografia, explicando como funciona O Independente, e não só, assim como o tráfico de informação nesta república de brandos costumes (esperamos num próximo capítulo explicações sobre a parte dos clones) e no Jornal de Notícias, António José Teixeira, que explica numa prosa eufemisticamente intitulada "O despudor da aritmética política" as regras por que se rege o duo dinâmico lá do sítio...
No PSD as peças começam a posicionar-se para um Congresso, que promete muito... Se Santana não se antecipar deixando cair Durão, é já certo que Pacheco ou subscreverá uma moção alternativa à de Durão, que não obviamente a do Chopin de Lisboa, ou terá de escrever uma. Ao escrever ...
Pretendendo escrever sobre a questão da liberdade de voto (ou não) dos deputados do PSD na Assembleia, quis consultar o Programa do PSD, de cuja última versão fui um dos co-autores. O texto é relevante para essa questão, assim como o dos Estatutos. Com surpresa, verifiquei que o Portal Social Democrata, que abunda de informação sobre o Governo, não tem em linha o documento mais importante para qualquer partido político. Estão lá uns “Princípios Programáticos” e os programas eleitorais e de Governo. Ainda procurei para ver se estava em qualquer remoto lugar do Portal. Nada.
A não ser que esteja tão escondido que nem o motor de busca o encontra, este é um exemplo de degradação ideológica da actividade partidária. Depois não adianta jurar por Sá Carneiro.
... Pacheco não se limita a recordar que está vivo, coloca a parada no campo ideológico e pragmático, clamando implicitamente alto e bom som contra a submissão ideológica do PSD a um PP absolutamente liliputeano nas pessoas e nas ideias.
Quanto à revelação dos novos números das contas públicas seria fácil crucificar Manuela Ferreira Leite, não que tanto voluntarismo não o esteja a pedir, mas o facto, o facto incontornável é que o País não tem Primeiro-Ministro, e sem isso, e sem uma ditadura de Ministro das Finanças, não há milagres ...
Onde há milagres é em Guimarães, onde Pimenta Machado, quer, pode e rouba descarada e impunemente os contribuintes. Obviamente ninguém se demite.
e é esta a ditosa Pátria minha amada.
N.A. Há gente que quando não gosta das críticas em vez de as rebater prefere transformar o tema do debate numa espécie de plataforma móvel, mas muito gelatinosa, na esperança que lhes dêem corda, a esses a melhor resposta que se pode dar é deixá-los a falar sozinhos. Vozes dessas não chegam ao Céu.
Publicado por Manuel 02:15:00