And the winner is...
... o Bastonário da Ordem dos Sete Advogados
quarta-feira, janeiro 21, 2004
Todos os anos, por alturas do Natal, os jornais e revistas dedicam-se a escolher a «personalidade do ano». Um assunto tudo menos trivial, já que, salvo erro, há dois anos a direcção do «Expresso» vetou a escolha feita pela redacção do jornal que recaiu na Procuradora-adjunta Maria José Morgado.
Portanto, é um assunto sério.
As figuras eleitas de 2003 andaram à volta do poder judicial. A mais cativante e surpreendente foi a escolha do Correio da Manhã, o juiz Rui Teixeira, o super-herói dos nossos dias, que em pequeno não tinha medo do escuro, que costuma cantar no duche e que a melhor nota que teve no curso foi a Direito Internacional Privado. Enfim, singularidades de um rapaz novo....
Os elementos desta Grande Loja chegaram a equacionar uma escolha, mas não houve consenso (refira-se que o Venerável Irmão José ainda não integrava a loja). Estivemos a um passo de eleger o procurador João Guerra, mas duas questões detiveram-nos, primeiro, ninguém sabe quem ele é. Apenas temos a imagem de um homem a apertar a camisa e ainda por cima é sempre a mesma.
Ora eleger um homem invisível é estranho, depois, e se o magistrado concede uma entrevista à Grande Loja e diz que, entre outras considerações pertinentes, que também canta no duche, não tem medo do escuro, and so on ? Pois...
Por isso, considero que o homem que mais se destacou em 2003 foi José Miguel Júdice. Sim, esse mesmo, o Bastonário da Ordem dos sete advogados.
O homem esteve, honra lhe seja feita!, em todas, ora tão depressa diz que é preciso «pôr termo» a Souto Moura, ora lá vem dizer que não disse, ora pede respeito pelo «segredo de justiça», ora lê um documento que esteve em segredo de justiça, ora pede aos advogados para se calarem, ora assiste a declarações diárias e à apresentação pública de uma escuta telefónica feita por um advogado.
O orgasmo participativo de Júdice aconteceu na cerimónia de abertura do ano judicial, na qual enalteceu as qualidades pessoais de Souto.
«Ó minha senhora, já disse que não presto declarações». Para manter o ritmo, José Miguel Júdice, através do silêncio, envia mensagens subliminares para os advogados dos Açores que cumprem escrupulosamente o Código Deontológico.
Por tudo isto, e com certeza por muito mais, José Miguel Júdice merece o prémio de «Homem do Ano.
Publicado por Carlos 18:04:00
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