um (só) Homem ...
quarta-feira, dezembro 17, 2003
As declarações que se citam abaixo não apareceram em nenhum blog anónimo, são transcritas da edição do Público de hoje.
Manuel Queiró Diz Que Traçado do TGV Foi Decidido por "Grupo Exterior"
Manuel Queiró acredita que o traçado do TGV, anunciado na Cimeira Ibérica do mês passado, "não é um projecto do Governo", mas sim de "um grupo exterior". "Este não é um projecto de um Governo, é um projecto de um grupo exterior que se impôs sucessivamente aos dois [últimos] Governos", denunciou o dirigente do CDS/PP, anteontem à noite, em Coimbra, num debate onde foi discutido o impacte do transporte ferroviário de grande velocidade na região centro.
"É de um grupo exterior que não tem rosto, que não aparece ou só dá a cara fugazmente", reforçou o ex-deputado centrista, sem contudo nomear responsáveis. Intervindo na qualidade de membro da assistência, Manuel Queiró considerou que o projecto do TGV, "sendo o mais estruturante, será porventura o mais anti-nacionalista que poderíamos ter." Na sua opinião, "é o menos transparente do ponto de vista político, [uma vez que] não foi apresentado à opinião pública, ao Parlamento e nem sequer ao Conselho de Ministros."
Na opinião do antigo parlamentar do CDS/PP o conjunto de traçados dado a conhecer na Cimeira Ibérica realizada na Figueira da Foz (Porto-Vigo, Aveiro-Vilar Formoso, Lisboa-Porto, Lisboa-Badajoz e Évora-Faro-Huelva) "foi apresentado ao país como um facto consumado; três dias depois foram aprovados os fundos comunitários." Circunstâncias que o levaram a considerar: "Isto é uma 'blitzkrieg' [guerra relâmpago]."
Prevendo que "a história vai emitir um julgamento muito severo sobre isto", (...) acrescentando: "Os espanhóis já tiveram aquilo que queriam e nós escusamos de fazer mais asneiras do que aquelas que já fizemos." (...)
Passadas várias horas, não ocorreu nenhum desmentido, e parece até que ninguém ficou particularmente chocado...
Mas as declarações que abaixo se citam, de um barão do PP no activo, familiar de uma membro do Governo, e que não consta que sofra de qualquer perturbação mental - logo não ininuputável - são do mais grave que jamais alguém ousou afirmar nos últimos tempos em Portugal!
Em suma, Manuel Queiró afirmou preto no branco que os Governos, este e o anterior, não mandam no essencial e que outros, não eleitos, decidem por ele. A discussão à volta do TGV e do seu traçado, apesar de ser importante, passou a ser secundária, já que segundo o bem informado Queiró temos em Portugal uma espécie de P2, à italiana, eventual subsidiária de uma qualquer entidade espanhola, que decide em conclave, substantivamente, pelos sucessivos Governos.
Queiró afirmou categorica e inequivocamente que...
... não há democracia em Portugal !
Parece que ninguém se importa, ao director do Público, que só sonha com uma estátua no Iraque, isto não mereceu especial atenção, e nos partidos, do BE à ND, nem um pio.
Resta um homem: Souto Moura - Procurador Geral da República ...
Publicado por Manuel 19:22:00
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