No sábado passado, o Expresso afirmava peremptoriamente que Cavaco ia avançar enquanto candidato presidencial sabendo-se agora que a fonte anónima e íntima do Professor Anibal era, who else, o próprio Marcelo.
No domingo seguinte, enquanto era inaugurada uma biblioteca com o seu nome Marcelo Rebelo de Sousa afirmava que abandonaria a política em 2005 (não se recandidatando à Assembleia Municipal de Celorico de Basto).
No último Semanário era afirmado, em primeira página, que afinal Marcelo subiria a Ministro de Estado na próxima remodelação. Ainda no último Semanário era afirmado que Santana espera esclarecimentos de Durão acerca do hipotético apoio deste a uma candidatura de Cavaco (apoio em abstrato absolutamente equivalente ao de Santana que já tinha afirmado que apoiaria Cavaco caso este se candidatasse).
Hoje, em tudo quanto é sítio, ficamos a saber que afinal em entrevista ao programa «Conversa Afiada», na «SIC-Notícias», o ex-líder do PSD afirmou que «natural» seria Cavaco apresentar-se como candidato presidencial do PSD, mas admitindo que num «quadro totalmente imprevisível» ele próprio possa avançar.
Marcelo é infinitamente mais culto e inteligente que Santana mas, tal como ele próprio - ainda pregava na TSF - um dia afirmou sobre Lucas Pires, está condenado a não passar, nunca, de um mero entertainer. Às vezes com piada mas, já, não, nunca, mais, que isso. Marcelo tal como Santana é um jogador, e tal como a sua némesis mais ou menos amoral. Marcelo sabe que não tem qualquer hipótese de ser candidato a Belém como sabe, ao contrário do que outros possam julgar, que a candidatura de Cavaco depende apenas e só do próprio e é imparável.
Marcelo já percebeu que o verdadeiro alvo de Santana não é Belém mas sim São Bento. A jogada de Marcelo é ser a saída airosa de Barroso num eventual, mas cada vez mais certo, assalto ao PSD de Santana. No more, no less.
O objectivo de Marcelo é pois suceder a Barroso como PM e líder do PSD travando Santana e, como bónus, Portas ...
Manchetes como as do último Semanário apenas legitimam o gradual afastamento de Santana de Barroso, factor que Marcelo activamente promove ao convencer Barroso que ao este dar-lhe corda controla Santana.
O resto está escrito, como diz Santana, nas estrelas e algures, desde há muito, nos nossos arquivos...
Publicado por Manuel 22:28:00
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